Bras�lia - Apadrinhado pelo presidente Michel Temer, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles ser� oficializado nesta quinta-feira, 2, candidato � Presid�ncia da Rep�blica na conven��o nacional do MDB, preveem caciques do partido, embora sua candidatura n�o seja unanimidade na legenda, e ele tente se associar � imagem do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), condenado e preso na Lava Jato.
O senador Romero Juc� (RR), presidente nacional do partido, afirmou ontem que ainda existem esfor�os finais para atrair a Meirelles siglas nanicas, mas descartou chances de ceder vaga na chapa. "Tem conversas, mas n�o para indicar vice", disse Juc�.
O ex-ministro se apresentar� como homem de sucesso no setor privado e respons�vel por pol�ticas econ�micas nos governos Temer e Lula, em busca do esp�lio eleitoral do petista. Ele divulgou nas redes sociais um v�deo no qual o petista o elogia. "Sou um homem que tenho muito respeito pelo Meirelles e devo a esse companheiro a estabilidade econ�mica e o respeito que o Brasil tem hoje no mundo", afirma Lula na grava��o.
Temer
Embora Temer v� aparecer nesta quinta-feira ao lado do ex-ministro, toda a campanha est� sendo montada para que ele fique distante do palanque. Pesquisas eleitorais indicam que a alta impopularidade do presidente (82% de reprova��o) contamina n�o apenas a candidatura de Meirelles como quem dele se aproximar. Nas �ltimas semanas, Meirelles e a ala pol�tica do Planalto repetiram que a candidatura tem como pilar o hist�rico do ex-ministro e suas a��es na Fazenda, uma tentativa de descolar o candidato da imagem de Temer.
O ex-ministro vai se apresentar aos correligion�rios como um gestor de resultados, um homem capaz de promover a "transforma��o" do Pa�s. Em uma conven��o com ares de superprodu��o, Meirelles chegar� ao lado de Temer e ocupar� um palco que lembra uma arena. Ele dir� que n�o se omitiu quando foi chamado para enfrentar a crise econ�mica tanto no governo Temer como nos dois mandatos de Lula, �poca em que comandou o Banco Central.
Extremos
Com a estrat�gia apoiada no slogan "Chama o Meirelles", o ex-comandante da economia dar� uma estocada nos advers�rios, a quem classifica ironicamente como "salvadores da p�tria". Em seu discurso, Meirelles atacar� os "extremos", repetindo o bord�o contido na Carta Aberta � Na��o divulgada pelo MDB.
A c�pula do MDB entende que a candidatura ser� ben�fica para o partido, mesmo que hoje o cen�rio mostre poucas chances de vit�ria. "O que est� em jogo nessa elei��o n�o � o resultado eleitoral, � a postura pol�tica de partidos que ter�o que se recolocar. Estamos recolocando o MDB no lugar certo", disse Juc�.
