�s v�speras de suas conven��es partid�rias, Geraldo Alckmin, do PSDB, e Marina Silva, da Rede, definiram seus candidatos a vice na disputa presidencial. Alckmin escolheu a senadora ga�cha Ana Am�lia (PP), que aceitou o convite e deve ser oficializada pela coaliz�o em torno do tucano at� Domingo (5). J� o ex-deputado federal Eduardo Jorge (PV) foi anunciado nesta quinta-feira, 2, como o candidato a vice na chapa de Marina.
Ana Am�lia aceitou o convite para ser vice na chapa do pr�-candidato do PSDB - informa��o antecipada pelo blog da Coluna do Estad�o. O convite foi feito diretamente pelo ex-governador de S�o Paulo � senadora, que condicionou a resposta definitiva a arranjos entre PSDB e PP em �mbito nacional e, principalmente, no Rio Grande do Sul, seu Estado natal e onde as duas legendas t�m candidatos pr�prios ao Executivo.
O deputado Luiz Carlos Heinze (PP), que havia fechado uma composi��o com DEM, PSC, PROS e PSL, deve desistir da disputa, apoiar o tucano Eduardo Leite (PSDB), ex-prefeito de Pelotas, e ocupar a vaga de Ana Am�lia na disputa pelo Senado.
� noite, em entrevista � GloboNews, Alckmin definiu sua vice como "s�ria, competente e dedicada". "Ela abriu m�o de concorrer � reelei��o ao Senado para estar conosco nesta caminhada", afirmou o tucano, acrescentando que recebeu dos partidos que o apoiam "a delega��o" para fazer a escolha.
Ap�s o empres�rio Josu� Gomes, filiado ao PR, declinar do convite para ser vice de Alckmin, o tucano consultou aliados do Centr�o e chegou a uma lista de sete nomes. A prioridade era compor chapa com uma mulher de um Estado que n�o fosse S�o Paulo. "A vice dos sonhos � Ana Am�lia, e eu consegui", disse Alckmin.
O nome de Ana Am�lia ganhou for�a porque Alckmin precisa reconquistar eleitores do Sul que, historicamente, votaram no PSDB, mas se afastaram da sigla nos �ltimos anos.
A senadora ga�cha, contudo, evitou ser assertiva quando questionada sobre a composi��o da chapa. "A decis�o caber� a Alckmin e ao presidente do partido (PP)", disse mais cedo, citando o senador Ciro Nogueira (PI). "Se os acertos (entre PP e PSDB ga�chos) n�o forem conclu�dos satisfatoriamente, eu tenho que ver como vai ficar", completou. Ela afirmou que o an�ncio oficial deve ser feito at� esta sexta-feira, 3, v�spera da conven��o nacional do PSDB. Tucanos confirmaram ao Estad�o/Broadcast que a senadora ligou para Alckmin e informou sobre sua decis�o no fim da tarde desta quinta.
Ela lembrou que nas �ltimas d�cadas ao menos tr�s vice-presidentes assumiram o cargo. "Vice n�o � mais uma figura decorativa no Brasil", afirmou.
Dirigentes do PP alertaram o tucano e os demais partidos do Centr�o - bloco formado por PP, PRB, PR, DEM e Solidariedade - que a decis�o pelo nome da senadora deve ser encarada como uma op��o "pessoal" da campanha do PSDB e n�o pode entrar na "cota" do Partido Progressista. O motivo � que Ana Am�lia n�o possui a confian�a de Ciro Nogueira e outros caciques do PP. Ela tem um hist�rico de diverg�ncias internas e � avaliada como algu�m com um estilo "independente", o que faz com que n�o seja unanimidade na dire��o da sigla.
'Program�tica'
Candidato � Presid�ncia em 2014 pelo PV, o ex-deputado Eduardo Jorge foi correligion�rio de Marina. "Precisamos sobreviver. O movimento contra os partidos ideol�gicos pequenos � muito contundente. Como temos essa proximidade program�tica, o PV fez a op��o de apoiar Marina, com Eduardo Jorge de vice", disse o presidente nacional do PV, Jos� Luiz Penna.
O acordo Rede-PV foi selado nesta quinta-feira, ap�s reuni�o em S�o Paulo com os principais dirigentes das siglas e envolve a atua��o conjunta no Congresso. Ex-secret�rio de Meio Ambiente na gest�o do PSDB no governo paulista, Penna integrava a ala do partido que defendia apoio a Alckmin. Na semana passada, por�m, o PV votou em conven��o uma resolu��o determinando a neutralidade na disputa, mas foi surpreendido pelo convite da Rede para Eduardo Jorge ser vice de Marina.
A presidenci�vel da Rede comemorou a confirma��o de seu companheiro de chapa. "Habemus vice", brincou. "Ele � uma das melhores autoridades em sa�de p�blica, um dos assuntos mais dif�ceis para a popula��o", disse Marina. Eduardo Jorge � m�dico sanitarista.