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Estado de Minas POL�TICA

'O PT tem esse sentido exclusivista de partido', diz presidente do PSB


postado em 05/08/2018 08:23

Na conven��o marcada para este s�bado, 5, em Bras�lia, o PSB vai referendar o acordo de neutralidade na elei��o presidencial proposto pelo PT. Mas o termo n�o dever� aparecer no of�cio que ser� apresentado pelo presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

Em vez de neutralidade, Siqueira deve dizer que o PSB optar� pela "n�o coliga��o". "Penso que o ideal seria ter um candidato de outro partido com apoio de toda a esquerda, mas isso n�o foi poss�vel. Temos de trabalhar isso para o futuro", disse ele, em entrevista ao jornal O Estado de S�o Paulo.

Ao afirmar que foi voto vencido nessa quest�o, o dirigente criticou o "sentido exclusivista" do PT e defendeu uma "reciclagem" no campo da esquerda.

Como o sr. avaliou a estrat�gia do PT de trabalhar contra o apoio do PSB ao PDT?

N�o � de hoje que o PT tem esse sentido exclusivista de partido, o que � um aspecto negativo. Seria o momento agora, como poderia ter sido em 2014 com o PSB, de apoiarem uma candidatura fora do �mbito do PT. Vejo o PT como o partido que sempre vai querer manter a hegemonia na esquerda. Ocorre, entretanto, que pol�tica � for�a. Ou voc� tem ou n�o tem. Quem n�o tem o suficiente vai ter de estar junto dos que demonstram maior for�a. Mesmo com o candidato do PT preso, o ex-presidente Lula tem a maior inten��o de voto do Pa�s. Goste ou n�o do Lula, ele � a �nica lideran�a popular do Pa�s.

O sr. rejeitava a ideia do PSB se manter neutro na disputa presidencial. O que mudou?

N�o ser� neutralidade, mas uma posi��o pol�tica de apoio (nos Estados) a candidatos que tenham a ver, programaticamente, politicamente e ideologicamente com o Partido Socialista Brasileiro. Temos dez candidatos a governador em Estados importantes, sendo dois deles � reelei��o. Precisamos facilitar as coliga��es nos Estados. Pessoalmente, gostaria mais que f�ssemos com o PDT ou com o PT, mas tenho de acolher as manifesta��es majorit�rias do partido. Mesmo aqueles que queriam apoiar Ciro e o PT est�o entendendo isso, com raras exce��es. Espero que no futuro pr�ximo, n�o nessa elei��o ainda, a esquerda possa ter uma reciclagem.

Ao definir a neutralidade na elei��o presidencial, o PSB n�o est� impedindo essa altern�ncia?

Eu lamento profundamente que isso aconte�a, mas � o que vai acontecer se os nossos delegados congressistas assim aprovarem. Penso que o ideal seria ter um candidato de outro partido com apoio de toda a esquerda, mas isso n�o foi poss�vel.

Esse perfil exclusivista do PT pode aprofundar a crise na esquerda brasileira?

Pol�tica � for�a. Se n�s, o PDT ou PCdoB conseguirmos avan�ar ao ponto de ter uma candidatura suficientemente densa, ent�o isso se resolve. Porque, se depender da vontade do PT, nunca vai acontecer.

O que faltou a Ciro Gomes para que liderasse a esquerda?

O problema n�o est� no Ciro, mas no PT e nessa vis�o exclusivista deles. � uma lideran�a preparada. Tem seu destempero, que � um dos defeitos, mas isso nunca o levou a tomar uma atitude irrespons�vel.

Por que o PSB n�o colocou Marina Silva, da Rede, no radar?

Ela veio aqui pedir apoio para a Presid�ncia da Rep�blica. Conversamos em v�rias ocasi�es, mas da �ltima vez que Marina veio aqui, a Rede havia rompido com o governador (do DF, Rodrigo) Rollemberg. Veio aqui pedir apoio e anunciou que estava rompendo com o governador Paulo C�mara em Pernambuco e lan�ando um candidato de oposi��o.

N�o foi ruim participar de acordo com o PT em Pernambuco que sepultou a candidatura de Mar�lia Arraes, neta de Miguel Arraes?

S�o circunst�ncias dif�ceis. �s vezes na pol�tica a gente n�o faz o que quer, mas o que � necess�rio. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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