Lacerda admite que vacilou sobre candidatura ao governo mineiro

Em entrevista coletiva realizada ap�s o congresso nacional eleitoral do PSB, o ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda admitiu que cogitou desistir da sua candidatura ao governo de Minas Gerais em abril quando o senador Ant�nio Anastasia (PSDB) lan�ou seu nome na disputa eleitoral.

"A verdade � que tive uma vacila��o no in�cio de abril, quando Anastasia resolveu ser candidato. Toda a estrutura de apoio e coliga��es partid�rias que eu tinha constru�do ao longo de oito meses desmoronou", disse a jornalistas.

Lacerda, no entanto, disse que, ao levar a sua d�vida ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, foi aconselhado a manter sua candidatura e, eventualmente, tomar a decis�o depois. "Nunca mais voltamos a falar sobre isso, no sentido de negociar uma desist�ncia em fun��o de um acordo nacional", disse.

Questionado sobre a declara��o que Siqueira deu ao jornal O Estado de S. Paulo, de que Lacerda sempre considerou sua candidatura como "faz de conta", o mineiro disse lamentar a vers�o. "Acho que foi no calor da emo��o em fun��o da rea��o que eu tive sobre a retirada da minha candidatura. Eu relevo isso", afirmou.

A candidatura de Lacerda em Minas Gerais abriu uma disputa entre ele e a dire��o nacional do partido que reverberou na conven��o nacional da sigla realizada neste domingo, 5, em Bras�lia.

Lacerda se re�ne neste domingo com a dire��o nacional do PSB para tentar evitar que o impasse termine com a exclus�o da sigla da disputa para qualquer cargo eletivo em Minas. O partido, no entanto, manteve a lista de deputados apresentados na conven��o regional realizada neste s�bado, 4.

Lacerda, por�m, disse que n�o pretende judicializar o processo. "Isso criaria um caos no sentido de n�o ter candidato nenhum, a nada em Minas, nem a deputado. N�o � essa nossa inten��o", afirmou.

Advers�rio pol�tico de Lacerda no PSB de Minas, o deputado federal J�lio Delgado disse que a candidatura pr�pria no Estado poderia implodir a chapa de deputados pessebistas.

"Se ele fizesse a coliga��o com o MDB e outros partidos, n�s n�o ter�amos votos para alcan�ar os candidatos deles. O pessoal � mais pesado de votos", disse.