
Tamb�m est�o nessa situa��o Guilherme Boulos (PSOL), Cabo Daciolo (Patriota), Jos� Maria Eymael (DC), Vera L�cia (PSTU), Jo�o Goulart Filho (PPL) e Jo�o Amo�do (Novo).
Na campanha presidencial de 1989, o ent�o candidato En�as Carneiro (Prona) se notabilizou como o mais caricato dos chamados "nanicos" por falar de forma r�pida na TV e concluir sempre seus discursos, aos gritos, com o bord�o "Meu nome � En�as!".
As regras de distribui��o destinaram aos candidatos do PSDB, do PT e do MDB cerca de 85% do tempo de propaganda. O tucano Geraldo Alckmin, por formar a coliga��o que elegeu mais deputados na elei��o anterior, ter� a maior fatia: cerca de 5 minutos e meio em cada bloco de 12 minutos e 30 segundos. A seguir v�m Lula (2 minutos e 20 segundos) e o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), com quase 2 minutos.
At� 2014, os partidos pequenos tinham acesso privilegiado � propaganda na TV - desproporcional a seu n�mero de votos - por causa de uma regra na legisla��o que determinava que um ter�o do hor�rio eleitoral fosse dividido igualmente entre todos os candidatos a cargos executivos. Os outros dois ter�os eram rateados de acordo com o tamanho das bancadas dos partidos ou coliga��es na C�mara dos Deputados.
Pelas regras atuais, por�m, apenas 10% do tempo � dividido igualmente entre os candidatos, em vez de 33%. Os outros 90% s�o rateados proporcionalmente ao n�mero de deputados eleitos. Apenas os seis maiores partidos de uma coliga��o s�o considerados nos c�lculos.
Bolsonaro deve ter 9 segundos no hor�rio fixo, 40% a menos que En�as em 1989. O tempo � suficiente para dizer o total de palavras deste par�grafo - sem pausa para respirar.
Inser��es
A desvantagem do candidato do PSL ao Pal�cio do Planalto tamb�m salta aos olhos quando se avalia a distribui��o das inser��es - pe�as publicit�rias de 30 segundos que s�o divulgadas ao longo de todo o dia, em meio � propaganda comercial exibida pelas emissoras. Enquanto Alckmin poder� exibir 364 inser��es nos 35 dias de propaganda, Bolsonaro ter� apenas 10 � sua disposi��o - menos de uma inser��o a cada tr�s dias.
Embora n�o estejam no bloco dos "En�as", as coliga��es encabe�adas pelo senador Alvaro Dias (Podemos), pelo ex-ministro e ex-governador Ciro Gomes (PDT) e pela ex-senadora Marina Silva (Rede) n�o est�o em posi��o muito confort�vel no chamado palanque eletr�nico. Os dois primeiros ter�o cerca de um d�cimo do tempo de Alckmin, e a terceira, menos ainda.