Uma nova viagem do presidente da Rep�blica, que deve acontecer na semana que vem, vai atrapalhar o esfor�o concentrado no Congresso. Temer avalia a possibilidade de ir ao Paraguai para participar da posse do presidente eleito, Mario Abdo Ben�tez, na pr�xima quarta-feira, 15. Com isso, os presidentes do Senado e da C�mara, Eun�cio Oliveira (MDB-CE) e Rodrigo Maia (DEM-RJ) respectivamente, devem automaticamente deixar o Pa�s para n�o se tornarem ineleg�veis, j� que ambos est�o na corrida eleitoral deste ano.
Mais cedo, o presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (MDB-CE), deu a entender que a viagem de Temer deve adiar o esfor�o concentrado previsto pela Casa para a semana que vem. Como consequ�ncia, o pr�ximo esfor�o concentrado do Senado aconteceria apenas entre os dias 28, 29 e 30 de agosto. "Queria (outra semana de esfor�o concentrado) no dia 15 de agosto, mas o presidente Michel me comunicou hoje que vai viajar (na semana que vem). Ent�o eu e Rodrigo Maia necessitamos mais uma vez sair do Pa�s para n�o ficar ineleg�veis", explicou.
O esfor�o concentrado na C�mara para votar projetos importantes deve acontecer na segunda e ter�a-feira. Maia decidiu adotar a medida devido ao per�odo de campanhas eleitorais, quando o Congresso historicamente reduz suas atividades nesta �poca. At� a conclus�o dos trabalhos deste ano, em dezembro, os deputados ainda t�m quest�es importantes para discutir. Entre elas, a vota��o do cadastro positivo - registro que tem o objetivo de baratear o cr�dito - e a situa��o do deputado Paulo Maluf (PP-SP), que teve sua pris�o decretada em dezembro do ano passado e hoje cumpre pris�o domiciliar.
O vice-presidente da C�mara, F�bio Ramalho (DEM-MG), negou que a viagem de Temer possa atrapalhar o esfor�o concentrado da Casa, j� que deve durar apenas um dia. Para ele, os parlamentares devem a partir de agora, neste clima de elei��es, votarem apenas projetos que t�m acordo, para n�o travar a pauta. "N�o se pode privar as pessoas de fazerem campanha", disse.
J� no Senado, o vice-presidente da Casa, C�ssio Cunha Lima (PSDB-PB), descartou a possibilidade de aprecia��o, em um esfor�o concentrado, de pautas pol�micas, como � o caso da cess�o onerosa e do PLC 77/2018, que permite a privatiza��o de distribuidoras de energia. "N�s temos tr�s fatores que n�o recomendam qualquer tema que n�o seja consensual. O qu�rum ainda est� baixo, estamos a dois meses de uma elei��o e o atual governo tem baix�ssima legitimidade ou quase nenhuma para tocar temas que interessam ao Brasil. Ent�o recomenda o bom senso que possamos esperar a vontade soberana do povo brasileiro para que a� sim, com um novo presidente eleito, n�s possamos ter a pauta desse novo governo j� que estamos com um governo moribundo, fraco e sem credibilidade para discutir qualquer tema mais pol�mico no Congresso Nacional", disse.
O governo reconheceu a dificuldade em aprovar mat�rias priorit�rias antes da elei��o, como � o caso da cess�o onerosa e do projeto que permite a privatiza��o de seis distribuidoras da Eletrobras. Na semana passada, Temer havia desistido da viagem justamente por causa das vota��es.
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