"N�o deixa de ser golpe por n�o ser militar", diz Dilma na UFMG

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado por Minas Gerais, afirmou nesta ter�a-feira, 7, que o processo de impeachment da qual foi alvo em 2016 "n�o deixa de ser golpe por n�o ser militar". Dilma ministrou uma palestra na aula inaugural do curso "O impeachment de Dilma Rousseff como golpe de Estado: perspectivas jur�dicas, filos�ficas, pol�ticas e hist�ricas", ministrado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), local onde ela estudou Economia.

"Diferente do que vivemos no passado, o golpe de 2016 come�a a se instituir com o uso da legisla��o e do processo judicial como mecanismo para aplicar o golpe", afirmou a presidente cassada para cerca de 500 pessoas no audit�rio da Faculdade de Educa��o da UFMG. "No meu caso foi a for�a��o do crime de responsabilidade."

Dilma tamb�m afirmou que o "golpe" segue um processo de tr�s atos, onde o impeachment foi o primeiro. "O golpe n�o � um momento, � um processo. O impeachment � o ato inaugural do golpe. O segundo ato foi a aprova��o da lei do teto de gastos". O "terceiro ato", para Dilma, seria a pris�o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado em segunda inst�ncia na Opera��o Lava Jato.

Ao justificar o processo de impedimento que sofreu, Dilma defendeu programas sociais, como o Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Fam�lia. "Subs�dio est� voltando a ser crime. � uma coisa antimercado. O Estado tem a obriga��o de subsidiar os mais pobres", afirmou, aplaudida pela plateia.