Desses nove, h� filiados ao MDB, PSD, PTB, PR e Rede. Outros quatro s�o do PSB, partido que em 2016 orientou voto favor�vel ao afastamento da presidente cassada. Agora, por�m, o PSB - que sempre foi um aliado hist�rico dos petistas - fechou acordo nacional com o PT para n�o apoiar formalmente nenhum candidato � Presid�ncia.
A neutralidade do PSB isolou outro postulante ao Pal�cio do Planalto que disputaria votos no campo de esquerda, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). Na pr�tica, o PT espera uma ades�o � candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, ou a seu poss�vel substituto, o ex-prefeito Fernando Haddad, por parte da maioria dos diret�rios do PSB.
A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), negou que haja contradi��o entre as conveni�ncias eleitorais do partido e o discurso da dire��o. "N�o h� (contradi��o) porque estamos deixando claro que eles t�m de apoiar Lula. Em todos esses casos, tem apoio a Lula e uma autocr�tica inclusive."
O PT ter� seis candidatos pr�prios a governador com chapas amplas, integradas por partidos que foram ou ainda permanecem aliados a Temer: Marcus Alexandre (Acre), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Cear�), Wellington Dias (Piau�), Fernando Pimentel (Minas Gerais) e F�tima Bezerra (Rio Grande do Norte).
O caso do Cear� � emblem�tico. A contragosto da c�pula, o PT local rifou a candidatura � reelei��o do senador Jos� Pimentel para n�o atrapalhar os planos do presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (MDB), candidato � reelei��o. Os partidos v�o se aliar informalmente, num acordo que tamb�m envolve palanque para Ciro Gomes, ex-governador do Estado, e seu irm�o Cid Gomes, o outro candidato ao Senado na chapa.
Pimentel

Em Sergipe, o governador Belivaldo Chagas (PSD) disputar� a reelei��o com Eliane Aquino (PT) como candidata a vice. O partido do ministro Gilberto Kassab (Ci�ncia e Tecnologia) abandonou Dilma na v�spera do impeachment e logo aderiu a Temer, mantendo uma representa��o ministerial - Kassab era ministro das Cidades de Dilma. � �poca, Chagas era filiado ao MDB e vice do ex-governador Jackson Barreto, candidato a senador. Eles foram contr�rios ao impeachment, quando a oposi��o se articulava no Congresso.
O PT tamb�m faz parte da coliga��o do governador de Alagoas, Renan Filho (MDB). O posicionamento do MDB pelo afastamento de Dilma teve o voto do pai dele, o ent�o presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL). O senador, por�m, articulou a manuten��o dos direitos pol�ticos de Dilma na sess�o que sacramentou a cassa��o de seu mandato. O PT chegou a romper com Renan Filho, mas a postura do senador em oposi��o a Temer e os votos de ambos declarados a Lula selou uma reaproxima��o. Os Calheiros recha�am apoiar o candidato do MDB a presidente, Henrique Meirelles. "O Renan teve um reposicionamento nessas quest�es que interessam ao campo progressista e popular", disse Gleisi.
Em Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PR), que votou favoravelmente ao impeachment, mas contra a suspens�o dos direitos pol�ticos de Dilma, conseguiu uma alian�a com o PT para disputar o governo do Estado. A coliga��o inclui tamb�m, entre outros, PMN, PROS e PRB.
Segundo o presidente do PT estadual, deputado Valdir Barranco, como n�o foi poss�vel fechar um acordo que reunisse siglas de centro-esquerda, o partido teve de pensar em "suas prioridades". "A pol�tica est� em permanente mudan�a. Neste momento, a melhor t�tica � essa. Sem o 'chap�o', n�o ter�amos cociente eleitoral para eleger deputados."