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Estado de Minas

Farpas, alfinetadas e afagos marcam primeiro debate entre presidenci�veis

Se por um lado os estilos de cada candidato ficaram claro para os eleitores, as propostas de governo foram pouco exploradas ao longo das tr�s horas de discuss�o


postado em 10/08/2018 02:10

Logo nos primeiros minutos do debate, quando os candidatos foram questionados sobre as medidas que pretendiam tomar para gerar empregos, houve troca de farpas(foto: Kelly Fuzaro/Band)
Logo nos primeiros minutos do debate, quando os candidatos foram questionados sobre as medidas que pretendiam tomar para gerar empregos, houve troca de farpas (foto: Kelly Fuzaro/Band)
No primeiro encontro para debater propostas para o Brasil, os candidatos � Presid�ncia da Rep�blica n�o perderam oportunidades de alfinetar relembrar pol�micas dos advers�rios. Mas em alguns momentos houve afagos entre eles. A viol�ncia p�blica e o alto �ndice de desemprego foram os temas mais discutidos pelos presidenci�veis no debate de ontem, na Rede Bandeirantes. Se por um lado os estilos de cada candidato ficaram claro para os eleitores, as propostas de governo foram pouco exploradas ao longo das tr�s horas de discuss�o.
 
Logo nos primeiros minutos do debate, quando os candidatos foram questionados sobre as medidas que pretendiam tomar para gerar empregos, houve troca de farpas. O candidato do Patriota, deputado Cabo Daciolo, come�ou criticando os advers�rios, que segundo ele s�o “todos representantes da velha pol�tica”. O militar criticou �lvaro Dias, que se apresentou falando do seu passado, mas n�o entrou na pergunta proposta sobre a cria��o de empregos.
 
“O candidato falou, falou e falou, mas n�o falou nada. Essa turma aqui do meu lado representa a velha pol�tica do Brasil. Chega dessa velha pol�tica. Ela engana o povo. Falam tudo mas n�o resolvem nada”, disparou Daciolo, que apesar de n�o aparecer com pontua��o nas pesquisas de inten��o de voto, teve seu nome entre os principais trend topics das redes sociais. Ele citou os sete mandatos de Jair Bolsonaro como deputado como exemplo da velha pol�tica.
 
A candidata da Rede Marina Silva tamb�m criticou os partidos que governaram o pa�s nos �ltimos anos – em refer�ncia ao PT, PSDB e ao MDB – e citou a repeti��o de promessas n�o cumpridas por governantes. “Aqueles que criaram o problema n�o ser�o aqueles que v�o resolver o problema”, disse Marina. Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Henrique Meirelles n�o entraram nas pol�micas logo de cara e ressaltaram a experi�ncia em outros cargos da administra��o p�blica. Coube ao deputado Jair Bolsonaro, do PSL, rebater a cr�tica de Daciolo: “Olha Cabo Daciolo, na verdade, eu tenho 46 anos de servi�o p�bico, com muita honra”.
 
Quando fizeram perguntas diretas para seus advers�rios, os candidatos aproveitaram para provocar e levantar temas pol�micos. “O Brasil sabe que voc� � racista, machista e homof�bico Bolsonaro. Mas voc� tamb�m recebeu aux�lio-moradia e fez da pol�tica um neg�cio familiar. Poderia explicar para o pa�s quem � a senhora Val?”, perguntou Guilherme Boulos, candidato do PSOL, ao capit�o reformado do Ex�rcito, citando o caso de uma funcion�ria do gabinete do parlamentar.
 
“Val � uma funcion�ria que trabalha em Angra dos Reis. Pessoa humilde e trabalhadora, que prestou um servi�o �timo. Meus filhos nunca estiveram envolvido com nada de errado na pol�tica. Me orgulho da minha honestidade e n�o de invadir propriedade privada dos outros. Mas n�o vou bater boca com um desqualificado como voc�”, respondeu Bolsonaro, alfinetando Boulo, l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
 
Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva fizeram perguntas ao candidato do PSDB Geraldo Alckmin, questionando o apoio dos tucanos ao governo do presidente Michel Temer (MDB) e � coliga��o do centr�o que declarou apoio ao candidato do PSDB. O ex-governador paulista defendeu a reforma trabalhista e citou a necessidade de se construir uma base parlamentar para conseguir aprovar reformas no Congresso Nacional.
 
Em alguns momentos, a troca de farpas entre os presidenci�veis deu lugar a brincadeiras, ironias e at� troca de afagos entre os candidatos. Bolsonaro elogiou a proposta de �lvaro Dias (Podemos) para que o BNDES n�o fa�a empr�stimos a governos que seriam, segundo ele, “ditaduras autorit�rias”. “Grandes empreiteiras realizaram obras em Cuba, Venezuela e Mo�ambique em vez de investir em nossa infraestrutura. No nosso governo n�o vamos permitir parcerias com ditaduras que esmagam seus povos”, afirmou Dias.
 
At� mesmo Boulos e Daciolo se uniram para criticar as desonera��es para o setor financeiro e a taxa��o de grandes fortunas. “Essa crise � mentirosa. Vamos entrar com uma auditoria da d�vida p�blica e pegar os sonegadores de impostos. Dinheiro � o que mais tem nesse pa�s”, afirmou Daciolo. O candidato do PSOL replicou no mesmo tom: “N�o somos um pa�s pobre. O dinheiro existe, mas est� mal distribu�do”.


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