
Logo nos primeiros minutos do debate, quando os candidatos foram questionados sobre as medidas que pretendiam tomar para gerar empregos, houve troca de farpas. O candidato do Patriota, deputado Cabo Daciolo, come�ou criticando os advers�rios, que segundo ele s�o “todos representantes da velha pol�tica”. O militar criticou �lvaro Dias, que se apresentou falando do seu passado, mas n�o entrou na pergunta proposta sobre a cria��o de empregos.
“O candidato falou, falou e falou, mas n�o falou nada. Essa turma aqui do meu lado representa a velha pol�tica do Brasil. Chega dessa velha pol�tica. Ela engana o povo. Falam tudo mas n�o resolvem nada”, disparou Daciolo, que apesar de n�o aparecer com pontua��o nas pesquisas de inten��o de voto, teve seu nome entre os principais trend topics das redes sociais. Ele citou os sete mandatos de Jair Bolsonaro como deputado como exemplo da velha pol�tica.
A candidata da Rede Marina Silva tamb�m criticou os partidos que governaram o pa�s nos �ltimos anos – em refer�ncia ao PT, PSDB e ao MDB – e citou a repeti��o de promessas n�o cumpridas por governantes. “Aqueles que criaram o problema n�o ser�o aqueles que v�o resolver o problema”, disse Marina. Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Henrique Meirelles n�o entraram nas pol�micas logo de cara e ressaltaram a experi�ncia em outros cargos da administra��o p�blica. Coube ao deputado Jair Bolsonaro, do PSL, rebater a cr�tica de Daciolo: “Olha Cabo Daciolo, na verdade, eu tenho 46 anos de servi�o p�bico, com muita honra”.
Quando fizeram perguntas diretas para seus advers�rios, os candidatos aproveitaram para provocar e levantar temas pol�micos. “O Brasil sabe que voc� � racista, machista e homof�bico Bolsonaro. Mas voc� tamb�m recebeu aux�lio-moradia e fez da pol�tica um neg�cio familiar. Poderia explicar para o pa�s quem � a senhora Val?”, perguntou Guilherme Boulos, candidato do PSOL, ao capit�o reformado do Ex�rcito, citando o caso de uma funcion�ria do gabinete do parlamentar.
“Val � uma funcion�ria que trabalha em Angra dos Reis. Pessoa humilde e trabalhadora, que prestou um servi�o �timo. Meus filhos nunca estiveram envolvido com nada de errado na pol�tica. Me orgulho da minha honestidade e n�o de invadir propriedade privada dos outros. Mas n�o vou bater boca com um desqualificado como voc�”, respondeu Bolsonaro, alfinetando Boulo, l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva fizeram perguntas ao candidato do PSDB Geraldo Alckmin, questionando o apoio dos tucanos ao governo do presidente Michel Temer (MDB) e � coliga��o do centr�o que declarou apoio ao candidato do PSDB. O ex-governador paulista defendeu a reforma trabalhista e citou a necessidade de se construir uma base parlamentar para conseguir aprovar reformas no Congresso Nacional.
Em alguns momentos, a troca de farpas entre os presidenci�veis deu lugar a brincadeiras, ironias e at� troca de afagos entre os candidatos. Bolsonaro elogiou a proposta de �lvaro Dias (Podemos) para que o BNDES n�o fa�a empr�stimos a governos que seriam, segundo ele, “ditaduras autorit�rias”. “Grandes empreiteiras realizaram obras em Cuba, Venezuela e Mo�ambique em vez de investir em nossa infraestrutura. No nosso governo n�o vamos permitir parcerias com ditaduras que esmagam seus povos”, afirmou Dias.
At� mesmo Boulos e Daciolo se uniram para criticar as desonera��es para o setor financeiro e a taxa��o de grandes fortunas. “Essa crise � mentirosa. Vamos entrar com uma auditoria da d�vida p�blica e pegar os sonegadores de impostos. Dinheiro � o que mais tem nesse pa�s”, afirmou Daciolo. O candidato do PSOL replicou no mesmo tom: “N�o somos um pa�s pobre. O dinheiro existe, mas est� mal distribu�do”.
