O Twitter divulgou nesta semana um comunicado com as medidas para as elei��es deste ano. A plataforma, assim como Facebook, Google, Instagram e Whatsapp, vem buscando respostas em raz�o de preocupa��es com poss�veis problemas e influ�ncias negativas no debate p�blico, como a dissemina��o das chamadas not�cias falsas ou de mensagens de �dio.
Na nota, a empresa afirmou que tem como objetivo “promover um ambiente cada vez mais saud�vel na plataforma”. Um dos focos ser� a verifica��o de contas de candidatos e partidos, de modo a coibir perfis falsos que possam divulgar informa��es e causar confus�o nos eleitores.
Al�m dessa verifica��o, a pr�pria rede social ir� organizar sess�es de perguntas e respostas com os candidatos, com o intuito de “facilitar o contato direto entre os candidatos e seus eleitores”. A companhia anunciou que firmou parceria com alguns ve�culos de m�dia – como Band, RedeTV, Estad�o, R�dio Jovem Pan, Revista Isto� e Catraca Livre – para a transmiss�o pela plataforma dos debates com os concorrentes � Presid�ncia da Rep�blica e aos governos de S�o Paulo e do Rio de Janeiro.
Contas automatizadas
Uma das medidas destacadas pela empresa � o combate ao que a empresa chama de “contas automatizadas mal-intencionadas e/ou que disseminam spam”, perfis falsos ou os chamados rob�s (ou bots, no termo em ingl�s popularizado). Os rob�s s�o vistos como um dos meios de dissemina��o de not�cias falsas e um dos problemas na rede social, embora estudo recente do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em ingl�s) tenha apontado o grau de difus�o de fake news por essas contas semelhante ao de humanos
Segundo a assessoria de empresa, tamb�m foram realizadas a��es como o aprimoramento do processo de abertura de contas, auditorias em contas j� existentes e a expans�o de detec��o de “comportamento mal-intencionado”. O n�mero de contas contestadas mensalmente subiu de 2,5 milh�es em setembro de 2017 para 10 milh�es em maio de 2018. A m�dia de den�ncias de spam recebidas pela plataforma diminuiu de aproximadamente 25 mil por dia em mar�o para cerca de 17 mil por dia em maio.
Levantamento
Segundo levantamento realizado pela empresa com seus usu�rios, 70% dos mais de dois mil entrevistados disseram usar a plataforma para se informar sobre pol�tica nessas elei��es. Deste universo, 47% afirmaram faz�-lo frequentemente e 22% de vez em quando.
Mais de 60% avaliaram que a divulga��o de mensagens pelos candidatos em seus perfis ser� importante para a decis�o do voto. Entre os indecisos, 79% comentaram que v�o conhecer as ideias dos concorrentes por suas contas para definir sua escolha.
Propagandas vetadas
Diferentemente do Facebook e do Google, o Twitter n�o ir� veicular an�ncio eleitoral. Este ser� o primeiro ano em que este tipo de propaganda eleitoral ser� permitida. A empresa anunciou a decis�o em maio e justificou-a pelo fato de n�o ter os meios tecnol�gicos para atender �s exig�ncias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Em sua resolu��o sobre as elei��es, o TSE estabeleceu que os an�ncios s� podem ser veiculados por candidatos ou partidos e que devem trazer a identifica��o de seus patrocinadores, bem como o CPF (no caso do concorrente) ou CNPJ (no caso da legenda).