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Estado de Minas POL�TICA

Doleiro da Lava Jato revela no inqu�rito do Rodoanel entrega de valores da OAS

Preso pela Pol�cia Federal em 2014, ele deixou a cadeia ap�s 2 anos e oito meses de cust�dia


postado em 13/08/2018 10:20 / atualizado em 13/08/2018 11:15

(foto: Wikipedia)
(foto: Wikipedia)
Emblem�tico personagem e um dos primeiros delatores da Opera��o Lava Jato, no Paran�, o doleiro Alberto Youssef foi chamado para prestar depoimento aos investigadores da Opera��o Pedra no Caminho, investiga��o sobre desvios e fraudes no Rodoanel Norte, em S�o Paulo. H� pouco mais de um m�s, Youssef esteve na Superintend�ncia da Pol�cia Federal, na capital paulista, e contou que entregou dinheiro, a pedido do chefe da propina da OAS, Jos� Ricardo Breghirolli, em endere�os de S�o Paulo. O delator n�o citou nomes de destinat�rios.

O doleiro relatou que "o dinheiro era entregue nos endere�os indicados" por Jos� Ricardo por ele pr�prio e por seu funcion�rio Rafael �ngulo Lopes - tamb�m delator da Lava Jato.

Alberto Youssef foi preso pela Pol�cia Federal em 17 de mar�o de 2014 e deixou a cadeia ap�s 2 anos e oito meses de cust�dia, em 17 de novembro de 2016.

"Talvez Rafael �ngulo se recorde de algum endere�o ou nome do destinat�rio final do dinheiro; que no dia em que foi preso na 1ª fase da Opera��o Lava Jato, em mar�o de 2014, havia no cofre de seu escrit�rio uma determinada quantia de dinheiro em esp�cie que seria usada em algumas entregas a pedido da OAS, por meio de Jos� Ricardo, com as respectivas anota��es de endere�o e o nome do destinat�rio nesta cidade de S�o Paulo/SP", contou ele. "Tanto o dinheiro quanto as anota��es de nomes e endere�o foram apreendidas por ocasi�o do cumprimento do mandado de busca e apreens�o em seu escrit�rio; que se tratava da quantia aproximada de R$ 1,6 milh�o; que eram tr�s endere�os nesta cidade de S�o Paulo/SP; que as quantias que Jos� Ricardo lhe entregava variavam muito, aproximadamente de R$ 150 mil a R$ 2 milh�es."

� Pol�cia Federal, Alberto Youssef detalhou a maneira como operava o caixa dois da OAS. O doleiro disse que come�ou a atuar para a empreiteira em 2012. "Aproximadamente em meados do ano de 2012, o declarante estreitou suas rela��es com Jos� Ricardo Breghiroli, � �poca funcion�rio da OAS", afirmou. "Se colocou � disposi��o de Jos� Ricardo para a presta��o de servi�os para a OAS e, ent�o, naquela �poca de 2012, passou a prestar servi�os de opera��o de 'caixa dois' tamb�m para a OAS, sempre por interm�dio de Jos� Ricardo."

Youssef declarou que "em uma periodicidade de uma duas vezes por semana, encontrava-se com Jos� Ricardo, ao longo dos anos de 2012, 2013 e in�cio de 2014, quando ent�o Jos� Ricardo lhe entregava altas quantias de dinheiro em esp�cie, bem como apontava endere�os e respectivos valores em que os montantes deveriam ser entregues".

"Guardava o dinheiro em esp�cie para Jos� Ricardo em um cofre que mantinha em seu escrit�rio e, � medida que ele o demandava, entregava o dinheiro em esp�cie nos endere�os que Jos� Ricardo lhe passava; que al�m de entregar dinheiro em esp�cie nos endere�os que Jos� Ricardo lhe indicava, tamb�m acontecida de devolver parte desses valores em esp�cie para Jos� Ricardo, sempre a pedido dele", relatou o doleiro. "A fun��o do declarante nas negocia��es com Jos� Ricardo era receber o dinheiro em esp�cie que ele lhe entregava e fazer os respectivos pagamentos, a partir das orienta��es que dele recebia."

O doleiro disse que "funcionava como uma esp�cie de 'conta-corrente' da OAS, de modo que, uma vez por m�s, batia com Jos� Ricardo em uma planilha os 'd�bitos/cr�ditos' e, em seguida, destru�am o documento".

"Talvez, uma ou duas planilhas desse controle que fazia com Jos� Ricardo tenham sido apreendidas ou entregues por ocasi�o da celebra��o de seu acordo de colabora��o premiada; que est� anotado nesses controles que se trata da 'conta-corrente' da OAS; para gerenciar essa 'conta-corrente', a OAS n�o fez uso das empresas de fachada controladas pelo declarante, de modo que todas as transa��es ocorreram por meio de dinheiro em esp�cie", contou Alberto Youssef.

Outro lado

A Desenvolvimento Rodovi�rio S/A (Dersa) disse que ela e o Governo do Estado de S�o Paulo s�o os "grandes interessados acerca do andamento das investiga��es". "Todas as obras realizadas pela Companhia foram licitadas obedecendo-se � legisla��o em vigor. Al�m disso, a obra foi iniciada somente com o projeto b�sico. Portanto, ap�s a elabora��o do projeto executivo, quando as medi��es s�o ajustadas, � poss�vel que haja acertos."

A empresa ressaltou ainda que, "se houve conduta il�cita com preju�zo aos cofres p�blicos, o Estado ir� cobrar as devidas responsabilidades, como j� agiu em outras ocasi�es". "A Companhia refor�a seu compromisso com a transpar�ncia e se mant�m, como sempre o faz, � disposi��o dos �rg�os de controle para colaborar com o avan�o das investiga��es."


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