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Estado de Minas POL�TICA

Capacidade do PT de fazer campanha deve levar Haddad ao 2� turno, diz economista


postado em 13/08/2018 15:13

Dentre as siglas de esquerda, a experi�ncia e a capacidade do Partido dos Trabalhadores (PT) em fazer campanha dever� levar o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad (vice na chapa de Luiz In�cio Lula da Silva, que deve ser impedido de concorrer em raz�o da Lei da Ficha Limpa) ao segundo turno da elei��o presidencial deste ano. A avalia��o foi feita nesta segunda-feira, 13, pela economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif, depois de ter feito palestra para um grupo de cerca de 60 investidores da EU Investimentos.

"A dificuldade que vejo com a esquerda de uma maneira geral � a falta de diagn�sticos t�o claros. Eu acho muito improv�vel o PT conseguir fazer a repeti��o do primeiro mandato de Lula", disse.

De acordo com a economista da XP Investimentos, Lula ganhou a elei��o com muito apoio popular, se afastou da agenda petista e implementou uma agenda ortodoxa na pol�tica macro e liberal e na pol�tica p�blica de modo geral.

Sobre Jair Bolsonaro, candidato do PSL, Zeina chamou a aten��o para o fato de ele ainda n�o ter um plano econ�mico concreto. De acordo com ela, s�o apenas afirma��es vagas. Sobre o apre�o que parte do mercado tem para com o economista Paulo Guedes, respons�vel pelo cap�tulo econ�mico de Bolsonaro, Zeina disse que qualquer um que fale que � preciso deixar a economia respirar com menos intervencionismo ter� a simpatia de uma parcela do setor produtivo e do mercado financeiro.

Mas isso, de acordo com ela, n�o � suficiente. Dilma, lembrou Zeina, ganhou a elei��o e colocou o Joaquim Levy, um economista ortodoxo da escola de Chicago, como ministro e deu no que deu. "N�o est� claro o que � a convic��o do Bolsonaro e n�s estamos com medo de uma repeti��o do Dilma 2", afirmou, reiterando que � preciso ter a convic��o do presidente j� que se trata de uma agenda de governo e n�o do ministro da Fazenda.

Al�m disso, a economista ressalta que tem a quest�o pol�tica: "E o Bolsonaro n�o parece ter habilidade. Ele n�o conseguiu ser candidato de uma sigla importante, n�o conseguiu aglutinar uma base consistente, est� muito isolado politicamente e isso, obviamente, traz uma grande preocupa��o."

O investidor, de acordo com Zeina, � pragm�tico. Para ele n�o importa o nome do candidato, se ele � de esquerda ou direita. "Qualquer um que venha com uma agenda consistente, que condiz com as urg�ncias do Pa�s, mostre senso de urg�ncia e capacidade pol�tica, � isso que o investidor vai olhar", afirmou. "� reformista ou n�o �, tem plano e capacidade de entrega? � isso que importa no final do dia", avaliou.

Experi�ncia do candidato

De acordo com Zeina, o lado emocional do eleitor que, por ora domina o debate pol�tico e eleitoral, tender� a ceder espa�o no debate eleitoral a uma melhor an�lise dos candidatos, na medida em que for se aproximando o dia da elei��o. "O eleitor vai analisar bem os candidatos e o emocional vai diminuir", disse ela.

Citando uma pesquisa do Instituto Ipsos, Zeina disse que come�a a aumentar a preocupa��o do eleitor com a experi�ncia do candidato. Neste sentido, por mais ir�nico que possa parecer, a figura de um candidato "outsider" n�o � exatamente o que o eleitor, no fundo, parece querer.

Do ponto de vista dos agentes econ�micos, de acordo com economista da XP, que s�o pragm�ticos, o candidato com maior chance de vencer a elei��o � o que melhor sinalizar que aproveitar� o peso das urnas para promover de cara as reformas estruturantes, com destaque para a previdenci�ria. "O poder aglutina no in�cio do mandato", disse a economista.

Para a economista, todos os candidatos bem avaliados nas pesquisas reconhecem a necessidade de se promover as reformas, mas alerta para o fato de que o pr�ximo presidente vai precisar de muita capacidade de articula��o no Congresso, que n�o deve passar por uma grande renova��o.

O baixo �ndice de renova��o do Congresso, diante da prem�ncia das reformas, segundo Zeina ser� at� positivo, j� que neste cen�rio o parlamentar n�o ter� muito tempo para aprender antes como funciona o Congresso e nem exigir� do Executivo que o recomece do zero as explica��es sobre a necessidade das reformas.


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