O ex-governador do Rio Sergio Cabral (MDB) voltou a admitir nesta segunda-feira, 13, que recebeu recursos de caixa 2 durante suas campanhas eleitorais, mas negou que "tenha agido como corrupto". Segundo ele, os recursos de campanha que recebeu e n�o foram contabilizados nunca foram acompanhados de promessas ou garantias de contratos durante seus governos.
Cabral foi ouvido durante uma hora pelo juiz Marcelo Bretas em audi�ncia realizada na 7.� Vara Federal Criminal no Rio. O depoimento faz parte do processo decorrente da Opera��o Unfair Play, que investiga suposta compra de votos para o Rio sediar os Jogos Ol�mpicos de 2016. Na quinta-feira, 9, Cabral j� havia participado de audi�ncia sobre esse caso.
Nesta segunda-feira, o ex-governador voltou a admitir o uso de recursos n�o contabilizados. "Fiz uso de caixa 2. N�o estou dizendo que � um mal menor. N�o � estrat�gia de defesa", disse. "O que eu n�o fiz foi pedir propina, agir como corrupto. Eu nunca cheguei ao Arthur Soares para pedir isto ou aquilo."
Segundo Cabral, o empres�rio Arthur Soares, conhecido como "Rei Arthur" e que tinha alguns dos principais contratos com o governo do Estado do Rio, colaborou com sua campanha nas elei��es de 2002 (o emedebista, na ocasi�o, concorreu ao Senado), 2006 e 2010 (governo do Estado), al�m de doar tamb�m, a pedido de Cabral, a aliados nos pleitos municipais de 2004, 2008 e "talvez" 2012. "Recebi em torno de R$ 5 milh�es", calcula.
Cabral procurou tamb�m se desvincular de atos nos quais secret�rios de seu governo s�o investigados por suposto recebimento de propina, caso, por exemplo, do ex-chefe da Pasta da Sa�de S�rgio C�rtes. "Eu descentralizava tudo", afirmou. "N�o posso responder por terceiros."
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POL�TICA
'N�o agi como corrupto', diz S�rgio Cabral em audi�ncia
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