A ju�za Maria Isabel do Prado, da 5.� Vara Federal, em S�o Paulo, v� ind�cios de oculta��o do ex-presidente da Desenvolvimento Rodovi�rio S/A (Dersa) Thomaz de Aquino Nogueira Neto e mandou intim�-lo por hora certa. O executivo foi chamado para testemunhar em a��o na qual s�o r�us os ex-dirigentes da estatal paulista Paulo Vieira de Souza e Jos� Geraldo Casas Vilella e outros tr�s investigados por supostos desvios de R$ 7,7 milh�es em recursos e im�veis destinados ao reassentamento de desalojados por obras da Dersa na regi�o metropolitana de S�o Paulo - o Trecho Sul do Rodoanel, o prolongamento da avenida Jacu P�ssego e a Nova Marginal Tiet�.
A intima��o por hora certa ocorre quando o oficial de justi�a tiver procurado o r�u ou uma testemunha em sua resid�ncia, sem �xito. Havendo suspeita de oculta��o, o oficial poder� intimar qualquer pessoa da fam�lia, ou em sua falta a qualquer vizinho. No dia imediato, o oficial voltar�, a fim de efetuar a cita��o, na hora que designar.
"Diante das dificuldades de localiza��o da testemunha Thomaz de Aquino Nogueira Neto, em raz�o das constantes viagens, embora ciente do interesse da Justi�a em sua inquiri��o, levantando ind�cios de oculta��o, determino a sua intima��o por hora certa atrav�s de sua esposa ou qualquer pessoa pr�xima no ambiente domiciliar ou profissional, para comparecimento nas datas acima, sob pena de condu��o coercitiva policial e multa", ordenou a ju�za.
Segundo a den�ncia, o ex-diretor de engenharia da Dersa Paulo Vieira de Souza comandava o esquema, que envolvia tamb�m dois ex-ocupantes de cargo em comiss�o na empresa, Jos� Geraldo Casas Vilella, chefe do departamento de assentamento da Dersa, e uma funcion�ria do setor na �poca dos fatos. Tamb�m � acusada de integrar o esquema uma irm� desta funcion�ria, e a psicanalista Tatiana Arana Souza Cremonini, filha de Paulo Vieira.
Os cinco s�o acusados pelos crimes de forma��o de quadrilha, peculato e inser��o de dados falsos em sistema p�blico de informa��o.
Ao todo, segundo a den�ncia, quase 1.800 pessoas foram inseridas indevidamente nos programas de reassentamento das tr�s grandes obras pela quadrilha liderada por Paulo Vieira.
Algumas dessas pessoas receberam indevidamente aux�lios, indeniza��es ou apartamentos da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de S�o Paulo), parceira da Dersa nos reassentamentos.
Defesas
A reportagem n�o localizou Thomaz de Aquino Nogueira Neto. O espa�o est� aberto para manifesta��o.
Quando o Minist�rio P�blico Federal ofereceu a den�ncia, a Dersa se manifestou desta forma:
"A DERSA - Desenvolvimento Rodovi�rio S/A e o Governo do Estado de S�o Paulo s�o os grandes interessados quanto ao andamento das investiga��es. A Companhia esclarece ainda que em 2011 organizou seu Departamento de Auditoria Interna, instituiu um C�digo de Conduta �tica, cuja ades�o � obrigat�ria para todos os funcion�rios e contratados, e tamb�m abriu canais para o recebimento de den�ncias que garantem o completo anonimato da fonte. Parte relevante das informa��es que embasam a den�ncia do Minist�rio P�blico foi obtida internamente como fruto deste trabalho. A Empresa refor�a seu compromisso com a transpar�ncia e permanece � disposi��o dos �rg�os de controle para colaborar com o avan�o das apura��es".
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POL�TICA
Ju�za v� 'oculta��o' e intima por hora certa ex-presidente da Dersa
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