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Estado de Minas POL�TICA

'Fiz uso de caixa 2, mas n�o agi como corrupto', diz Cabral � Justi�a

Ele tamb�m procurou se desvincular de atos nos quais secret�rios de seu governo s�o investigados por suposto recebimento de propina


postado em 14/08/2018 08:02 / atualizado em 14/08/2018 11:36

(foto: Reprodução/Wikipédia)
(foto: Reprodu��o/Wikip�dia)
O ex-governador do Rio S�rgio Cabral Filho (MDB) voltou a admitir que recebeu recursos de caixa 2 em suas campanhas eleitorais, mas negou que "tenha agido como corrupto". Segundo Cabral, que dep�s ontem por uma hora ao juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, os recursos de campanha n�o contabilizados nunca foram acompanhados de promessas ou garantias de contratos durante seus governos.
O depoimento fez parte do processo decorrente da Opera��o Unfair Play, que investiga suposta compra de votos para o Rio sediar a Olimp�ada de 2016. A oitiva de ontem tinha foco na participa��o do empres�rio Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, que est� foragido.

Diante de Bretas, o ex-governador voltou a admitir que fez uso de recursos n�o contabilizados, e que utilizou pelo menos parte do dinheiro da campanha para uso pessoal.

"Fiz uso de caixa 2. N�o estou dizendo que � um mal menor. N�o � estrat�gia de defesa", disse Cabral. "O que n�o fiz foi pedir propina, agir como corrupto. Eu nunca cheguei ao Arthur Soares para pedir isto ou aquilo."

Segundo Cabral, o empres�rio - que tinha alguns dos principais contratos com o governo do Rio - colaborou com sua campanha nas elei��es de 2002 (o emedebista, na ocasi�o, concorreu ao Senado), 2006 e 2010 (governo do Estado). Tamb�m doou, a pedido de Cabral, recursos a aliados do ex-governador nos pleitos municipais de 2004, 2008 e "talvez" 2012. "Recebi em torno de R$ 5 milh�es", calculou.

Sergio Cabral procurou tamb�m se desvincular de atos nos quais secret�rios de seu governo s�o investigados por suposto recebimento de propina, caso, por exemplo, do ex-chefe da pasta da Sa�de, S�rgio C�rtes. "Eu descentralizava tudo", afirmou. "N�o posso responder por terceiros."

C�rtes dep�s logo na sequ�ncia. Ele � suspeito de ter feito reformas na cobertura onde mora custeadas pelo empres�rio Rei Arthur. O ex-secret�rio de Sa�de negou a propina e prometeu apresentar as notas fiscais que comprovariam que ele pr�prio fez o pagamento.

S�rgio C�rtes, por�m, admitiu que alguns contratos firmados por sua pasta durante a gest�o Cabral eram viciados. Tinham cl�usulas restritivas, que direcionavam a vit�ria nos processos de licita��o para empresas de Arthur Soares, afirmou.
O ex-secret�rio tamb�m foi questionado por Bretas sobre a declara��o de Cabral, de que nunca pediu nada em troca por doa��es de campanha. C�rtes foi direto: "Eu n�o consigo absolutamente distinguir propina de doa��o de campanha".

O terceiro e �ltimo depoimento de ontem foi da empres�ria Eliane Pereira Cavalcanti, s�cia de Arthur Soares. Apesar da proximidade, Eliane negou ter conhecimento de qualquer irregularidade praticada pelo s�cio. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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