
Enquanto Anastasia e Pimentel se enfrentavam em questionamentos sobre as finan�as do estado, os demais candidatos aproveitaram o debate e se apresentaram como terceira via na disputa pelo governo.
Jo�o Batista Mares Guia confrontou as administra��es de PSDB e PT em Minas. Dirlene Marques criticou o atual governo e se colocou como representante das mulheres. Marcio Lacerda evitou confrontos diretos com Anastasia e Pimentel e tentou refor�ar sua candidatura como terceira for�a nas elei��es. Claudiney Dulim quis se aproximar dos telespectadores e chegou a se emocionar nas considera��es finais.
J� no primeiro bloco, com perguntas e respostas entre os candidatos, houve polariza��o na disputa entre PT e PSDB. Anastasia deu in�cio ao debate com questionamento direto ao petista sobre a situa��o do atual governo e citou aumento de impostos, afirmando ser o contr�rio do proposto por Pimentel durante campanha.
Fernando Pimentel negou que tenha aumentado os tributos na propor��o apontada e se defendeu afirmando que o PT herdou o governo com um ‘rombo’ causado pela gest�o do PSDB � frente do estado. “Situa��o de Minas � grave. N�s precisamos consertar o estrago feito em 12 anos de governo tucano”, disse.
Na tr�plica, Anastasia lembrou que o governo pagava os servidores em dia na gest�o tucana em Minas e fez pedido aos eleitores: “Perguntem a qualquer servidor p�blico como era na minha �poca e como era agora.”
Na sequ�ncia de questionamentos, os candidatos Marcio Lacerda (PSB), Claudiney Dulim (Avante), Dirlene Marques (Psol) e Jo�o Batista Mares Guia (Rede) apontaram que PT e PSDB dividir�o holofotes e trocar�o acusa��es na tentativa de se manter � frente na disputa e que o eleitor deve analisar melhor o futuro do estado.
“S�o duas pessoas de bem, mas infelizmente n�o entregaram bons resultados em suas administra��es”, afirmou Lacerda. Assim como o ex-prefeito de Belo Horizonte, Claudiney Dulim, Dirlene Marques e Jo�o Batista Mares Guia ainda tentaram usar o primeiro bloco para expor seus principais projetos de campanha.
Anastasia aproveitou a �ltima pergunta do bloco, feita por Dirlene Marques, para voltar a culpar o atual governo pelo atraso em pagamentos aos servidores. “N�o h� credibilidade e transpar�ncia nos n�meros do governo. H� um descr�dito generalizado”, disse o senador, afirmando que ir� retomar a confian�a de Minas e gerar mais empregos.
Segundo bloco
No segundo bloco do debate, os candidatos responderam perguntas enviadas � Band por eleitores que acompanham os ve�culos do grupo de comunica��o.
Fernando Pimentel aproveitou questionamento sobre como os eleitores poderiam acreditar em promessas de campanha para atacar Antonio Anastasia e a gest�o do PSDB � frente de Minas Gerais.
De acordo com o petista, quatro anos n�o s�o suficientes para ‘consertar o estrago’ no estado, contestando dados apontados pelo tucano. Pimentel afirmou que a crise � estrutural e que tentar� formar for�a juntamente com o pr�ximo governo federal, j� que, para ele, o atual � ‘ileg�timo’.
Marcio Lacerda aproveitou sua fala para expor os problemas entre a polariza��o e que a disputa entre os governos Estadual e Federal se reflete nas tratativas e no atraso de obras como a BR-381 e o metr� de Belo Horizonte.
Terceiro bloco
Na terceira parte do programa, os candidatos responderam perguntas de jornalistas do Grupo Band. Entre as indaga��es, estavam propostas para diminuir a diferen�a entre os �ndices de desenvolvimento em Minas, melhorar infraestrutura no sistema de sa�de estadual e como administrar o d�ficit causado pela previd�ncia at� se propor e realizar uma reforma.
Mais uma vez, o governador Fernando Pimentel procurou confrontar o governo federal, atrelando o PSDB ao processo de impeachment e criticando as gest�es tucanas em Minas. “Pegamos um estado quebrado, ainda com crise econ�mica. Isso n�o tem a ver com compet�ncia ou incompet�ncia, mas com a heran�a maldita que nos foi deixada.”
Antonio Anastasia teve a palavra em r�plica e reafirmou compromisso com o que diz aos telespectadores, criticando a postura de Pimentel e a administra��o petista em Minas desde 2015. “O governador diz que a culpa n�o � dele e n�o enfrenta a sua responsabilidade. Tem que enfrentar a crise com responsabilidade e transpar�ncia. Enfrentamos crise em 2003 e em um ano em meio colocamos o estado nos trilho”, apontou.
Jo�o Batista Mares Guia e Marcio Lacerda relembraram a situa��o prec�ria em que se encontra o estado com a crise econ�mica nacional e pediram confian�a aos eleitores para trabalharem de forma participativa em todas as regi�es de Minas em busca de crescimento.
Quarto Bloco
No quarto bloco foi repetida a din�mica da parte inicial, com os candidatos formulando perguntas, respondendo e debatendo uns com os outros. Assim como anteriormente, a ordem dos questionamentos foram definidos previamente em sorteio realizado com os representantes de cada campanha.
Pimentel foi questionado pela candidata Dirlene Marques sobre os atrasos no pagamento aos servidores p�blicos. O petista enumerou pontos em que sua administra��o teria avan�ado na educa��o, sempre atacando o PSDB e o governo federal. Ele criticou tamb�m o senador A�cio Neves que "apoiou o golpe e, agora, se esconde", sem saber ao que concorre.
A�cio Neves termina seu mandato como senador e concorrer� ao cargo de deputado federal nas pr�ximas elei��es.
Dirlene Marques usou sua tr�plica para apontar a precariedade no ensino superior no estado e que comandar� avan�os mais eficazes se eleita. “A infraestrutura de ensino est� sucateada. Vamos fazer investimentos reais em reparos na educa��o”, afirmou.
Entre as perguntas e respostas, Jo�o Batista Mares Guia e Marcio Lacerda tomaram lideran�as nos discursos. O primeiro foi mais incisivo e chegou a atacar as administra��es de Anastasia e Pimentel, questionando ambos em epis�dios nacionais como o impeachment de Dilma Rousseff. J� o ex-prefeito de Belo Horizonte tentou ser mais neutro, aproveitando a disputa para se colocar como a terceira via entre esquerda e direita em Minas.
No �ltimo questionamento do bloco, Dirlene Marques voltou a questionar o governo de Fernando Pimentel. A candidata do Psol criticou a administra��o petista em a��es participativas, como o Conselho Estadual da Mulher. De acordo com ela, o projeto chegou a ser suspenso.
"Isso para mim � uma grande decep��o (falta de programas participativos). Isso n�o tem acontecido aqui e nem nacionalmente. Temos que repensar e ver a origem desses problemas, construir uma alternativa. Est� na hora de apresentar um proposta para se acreditar nesses mudan�as. Nem PT, nem PSDB e nem Lacerda. Vamos tentar um novo projeto", disse.
Quinto bloco - considera��es finais
O primeiro a fazer suas considera��es finais, Claudiney Dulim pediu que os eleitores esque�am o que chamou de ‘pol�tica atrasada’ e a polariza��o apresentada. O candidato do Avante disse que vai ouvir os anseios de todos os mineiros e se emocionou ao relembrar sua hist�ria de vida. “Vou devolver a esperan�a, o desejo de lutar e sua dignidade.”
Pela diversidade, Dirlene Marques se disse triste por n�o ter todos os candidatos ao pleito no debate, mas reafirmou felicidade por apresentar suas propostas. A candidata do Psol ressaltou que foi a �nica mulher no programa desta quinta-feira e a representatividade das mulheres. “N�s acreditamos que � poss�vel mudar. Vamos construir isso juntos.”
O senador Antonio Anastasia afirmou ser solid�rio “�s pessoas que est�o sofrendo com esse governo reclam�o de hoje”. O candidato do PSDB voltou a pedir que os eleitores perguntem aos servidores como era a situa��o do estado � �poca em que governava e que comparem com a atual administra��o. “Vamos trabalhar firme para colocar Minas de novo nos trilhos. Vamos reconstruir Minas.”
Jo�o Batista Mares Guia foi outro a destacar sua experi�ncia em cargos p�blicos e ressaltar a profiss�o. Professor h� 30 anos, o candidato da Rede lamentou a crise vivida por Minas e afirmou que combater� privil�gios no estado. “N�o sou l�der de gabinete, nem de pal�cio. Vou governar Minas em todas as regi�es, para todos.”
Fernando Pimentel afirmou que assume a responsabilidade por seu governo e pediu sequ�ncia no cargo e a manuten��o de uma administra��o participativa. “N�o tem sido f�cil governar Minas, mas o barco mineiro n�o vai naufragar. Tenho muito orgulho de ser governador. Minas est� se saindo muito melhor que outros estados. Vamos nos livrar dessa crise, do (Michel) Temer e ter anos felizes pela frente.”
Por fim, Marcio Lacerda pediu serenidade e reflex�o aos eleitores no momento de eleger um novo governo. O candidato do PSB afirmou que “a situa��o � muito dif�cil e n�o � hora de pedir voto.” O ex-prefeito de Belo Horizonte disse querer colocar a experi�ncia p�blica para resolver os problemas na administra��o do estado. “� poss�vel salvar minas, restaurar nossa dignidade, nosso respeito e a admira��o que sempre tivemos nacionalmente.”