
Impedido por quest�es legais de batizar a chapa � reelei��o de “Lula Livre”, o governador Fernando Pimentel (PT) tem dado mostras de que a campanha pelo governo de Minas Gerais ter� um tom nacional, pautada pela defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) – preso na Superintend�ncia da Pol�cia Federal, em Curitiba, desde abril, em raz�o da condena��o por corrup��o e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guaruj�. No primeiro debate entre os candidatos a governador, realizado na noite de ontem, o petista n�o perdeu a oportunidade de defender a candidatura do colega de partido e criticar a gest�o do presidente Michel Temer (MDB).
O advers�rio questionou a relev�ncia da pergunta para um debate envolvendo candidatos de Minas Gerais, mas respondeu: “A quest�o do presidente Lula n�o � neste momento uma quest�o que serve diretamente a este debate. Mas vou responder assim mesmo. Eu acho que o presidente Lula deve ser sim candidato se tiver o seu pedido de registro de candidatura deferido pela Justi�a, se ele tiver esgotado todas as esferas judiciais e se colocar na condi��o de um candidato, assim como n�s todos que estamos aqui”, disse Dulim.
Ao falar sobre a crise financeira vivida no estado – que decretou o estado de calamidade financeira em dezembro de 2016 –, Pimentel creditou os n�meros negativos � gest�o dos tucanos A�cio Neves e Antonio Anastasia e ao presidente Michel Temer. “N�s precisamos de uma parceria com o governo federal, n�o com esse governo que est� a�, ileg�timo, patrocinado por um golpe de Estado, inclusive por um dis candidato que est� aqui. Esse n�o, Temer n�o. N�s precisamos eleger um governo do campo democr�tico popular. � por isso que sou partid�rio do presidente Lula”, continuou.
Fernando Pimentel reclamou ainda do pacote fiscal proposto pelo governo federal, assinado pelos governos do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, voltando a afirmar que o estado n�o aceitou as regras do Pal�cio do Planaldo porque era um texto perverso, que implicaria sacrif�cios para os servidores e abrir m�o de patrim�nio p�blico. Segundo ele, um segundo mandato ser� para “consertar o estrago” e ser parceiro do presidente Lula, para o Brasil ser “feliz de novo”.
Nas considera��es finais, quando cada candidato teve dois minutos para expor suas ideias, Pimentel encerrou o discurso com a defesa de “Lula livre”. A escolha da express�o para batizar a coliga��o veio do pr�prio Pimentel, como forma de politizar a campanha da chapa que tem ainda o PT, PCdoB, PR e DC. No entanto, a partir de orienta��o dos advogados do partido em raz�o de restri��es na legisla��o eleitoral e a��o ajuizada por integrantes do PR que discordaram com o nome, o grupo foi renomeado de “Do Lado do Povo”.