Pesquisa refor�a o absurdo que � a tentativa de retirada de Lula, diz Boulos

O candidato ao Planalto pelo PSOL, Guilherme Boulos, aproveitou os resultados da pesquisa MDA/CNT e saiu novamente em defesa da candidatura do ex-presidente petista Luiz In�cio Lula da Silva de participar do pleito. "Essa pesquisa refor�a o absurdo que � a tentativa de retirada de Lula da campanha. Seguimos defendendo por uma quest�o de princ�pios a candidatura de Lula e sua liberdade", disse, durante evento da Associa��o Brasileira da Infraestrutura e Ind�stria de Base (Abdib), nesta segunda-feira, 20, em S�o Paulo.

Segundo apurou o instituto MDA, em parceria com a Confedera��o Nacional do Transporte (CNT), o ex-presidente Lula alcan�ou 37,3% das inten��es de voto. Mesmo condenado no �mbito da Opera��o Lava Jato e preso, o petista continua crescendo na prefer�ncia eleitoral e saltou de 32,4%, em maio, para 37,3% neste momento. Atr�s do petista aparecem Jair Bolsonaro (PSL), com 18,8%, e Marina Silva (Rede), com 5,6%. Na pesquisa, Guilherme Boulos aparece com 0,9%.

Boulos destacou o car�ter extraordin�rio desta corrida presidencial. "Estamos a 50 dias das elei��es e ainda temos as elei��es mais imprevis�veis desde 1989", ponderou. Sobre seu pr�prio desempenho, argumentou que ainda � desconhecido de boa parte da popula��o. "Essa campanha ir� crescer, n�o temos a menor d�vida. A partir do momento que as pessoas nos conhecerem", argumentou.

Assim como Boulos, v�rios candidatos de esquerda largaram na corrida presidencial apostando no Nordeste. Questionado se a regi�o � mais receptiva aos candidatos de esquerda, retrucou: "quem defende o Temer (Michel Temer, presidente), aberto ou veladamente, � que tem de fugir do povo. S� conseguem ficar confort�veis dentro da Febraban ou da Findes, como (Henrique) Meirelles (candidato do MDB). Ele � o oficial, mas n�o o oficioso. Geraldo Alckmin (candidato do PSDB) � o favorito", provocou, em refer�ncia a reportagem da Folha em que Temer disse que Alckmin parece candidato do governo.

Na ocasi�o, Boulos defendeu mudan�as no Judici�rio. Segundo ele, o Conselho Nacional de Justi�a (CNJ), em seu governo, ter� mais participa��o popular. Al�m disso, defendeu a cria��o de mandatos para ju�zes de tribunais superiores. Entretanto, negou inten��o de mudar o n�mero de ju�zes, proposta de seu advers�rio do PSL, Jair Bolsonaro.

"Queremos democratizar o Judici�rio. Qual o tipo de fiscaliza��o do Judici�rio? Tem desembargador que acha que � Deus, n�o �. N�o d� para ficar essa farra de hoje no judici�rio", defendeu. Boulos tamb�m criticou o aux�lio-moradia de magistrados com resid�ncia pr�pria e criticou o juiz S�rgio Moro por isso.