'Comunidades n�o t�m dono', diz Marina sobre campanha em zonas petistas

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, se defendeu de forma enf�tica ao ser questionada sobre seus primeiros eventos de campanha estarem ocupando espa�os tradicionais do PT. "Todas as minhas campanhas eu fiz visitando comunidades. Comunidades n�o t�m dono, t�m cidad�os", disparou, durante visita � Cooperativa Agroecol�gica de Produtores Rurais de �gua Limpa da Regi�o Sul de S�o Paulo (Cooperapas), em Parelheiros, nesta quarta-feira, 22.

Marina apareceu nas �ltimas pesquisas como uma das herdeira dos votos do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, cabe�a de chapa do PT nestas elei��es, mas preso na Opera��o Lava Jato, o que deve impedir a participa��o do ex-presidente por causa da Lei Ficha Limpa. Na pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira, a primeira ap�s o registro oficial das campanhas, Lula aparece com 39% das inten��es de voto, seguido por Jair Bolsonaro (PSL, 19%) e Marina Silva (8%). Sem Lula, Marina � a mais favorecida e dobra para 16% - tecnicamente empatada com Bolsonaro, com 22%. O poss�vel nome petista para a corrida diante da aus�ncia de Lula, o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad teve apenas 4%.

Na esteira dessa transfer�ncia favor�vel, Marina tem apostado em zonas tradicionalmente petistas na corrida presidencial. O lan�amento oficial da campanha, na quinta-feira passada, ocupou o ambulat�rio M�dico Volunt�rio do Canga�ba, zona leste de S�o Paulo. J� Parelheiros, que recebeu Marina nesta quarta-feira, foi uma das duas �nicas zonas eleitorais em que o ex-prefeito de S�o Paulo, Jo�o Doria, n�o ganhou em 2016 - o tucano perdeu para Marta Suplicy, ent�o no MDB, mas cujo nome est� fortemente atrelado ao legado de sua era petista.

Questionada se a estrat�gia seria garantir o eleitor de Lula nestas regi�es, Marina disse que "n�o � pelo fato deles terem prefer�ncias pol�ticas diferentes das minhas que eles devam ser privados de dialogar com a minha candidatura e com o programa de governo que estou defendendo".