
A entrevista foi mediada pela jornalista Roseann Kennedy, com a participa��o dos jornalistas Renata Giraldi, da Ag�ncia Brasil, Pedro Pontes, da TV Brasil e Priscilla Mazenotti, da R�dio Nacional.
Economia
Al�m de defender a discuss�o da reforma da Previd�ncia - mas n�o a proposta enviada pelo governo ao Congresso, que classificou como "draconiana" - , Marina detalhou suas propostas econ�micas. Ela afirmou que o "Plano Real deu certo, mas foi desvirtuado". Assegurou que manter� o trip� econ�mico em vigor: c�mbio flutuante, com mecanismos de prote��o, controle da infla��o e super�vit prim�rio, sinalizando tamb�m ser favor�vel � pol�tica de juros baixos para a retomada do cr�dito.
Ao ser questionada sobre a influ�ncia das elei��es no mercado financeiro, especificamente sobre a alta do d�lar que ocorre nesta semana, a candidata reagiu: "Sempre que se tem elei��o, aparece esta hist�ria de varia��o do d�lar. A democracia n�o pode estar sujeita a este tipo de coisa; a gente tem de debater ideias". Marina Silva afirmou ainda que h� estrangeiros querendo investir no Brasil, mas que para isso acontecer o pa�s precisa ter credibilidade, combater a corrup��o e oferecer seguran�a jur�dica para as empresas.
Emprego
Ela defendeu a volta dos empregos sobretudo por meio da dinamiza��o da constru��o civil, das obras de infraestrutura, do turismo e energia limpa, citando investimentos em placas solares. A candidata tamb�m garantiu o reajuste do sal�rio m�nimo pela infla��o e defendeu que o pa�s volte a crescer para que se tenha prosperidade e melhor remunera��o para os trabalhadores. Ela se mostrou contr�ria ao aumento dos sal�rios do Poder Judici�rio, aprovado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF). "N�o se pode pedir sacrif�cio da popula��o se o exemplo n�o vem de cima".
Minorias
Na sua fala final, a candidata disse ser capaz de unir os brasileiros, mas, durante a entrevista, acabou dividindo evang�licos e cat�licos. Ao ser perguntada sobre que tratamento daria na rede de sa�de ao p�blico LGBTQI +, ela respondeu que trataria todos como cidad�os, sem qualquer discrimina��o e de acordo com suas necessidades de sa�de. Em seguida, reclamou do questionamento: "Eu acho engra�ado que esta pergunta � sempre feita a mim talvez pelo fato de eu ser crist� e evang�lica. Sempre tem um certo enviesamento comigo. Mas eu n�o vejo esta pergunta sendo feita por exemplo ao candidato [Geraldo] Alckmin [do PSDB], que � cat�lico praticante e que com certeza tamb�m tem posi��es referentes ao aborto e outros temas".
Aborto
Sobre o aborto, a candidata voltou a defender a realiza��o de um plebiscito que envolva toda a popula��o - e n�o apenas as mulheres. Marina Silva, que se disse pessoalmente contr�ria ao aborto, afirmou que nem o Judici�rio nem o Congresso est�o aptos a decidir sobre a descriminaliza��o, quest�o que chamou de "dif�cil e complexa". A candidata disse ainda que o aborto n�o pode ser visto como m�todo contraceptivo e prefere trabalhar com planejamento familiar para evitar a gravidez indesejada, principalmente na adolesc�ncia.
Sa�de e educa��o
Ela defendeu a manuten��o do SUS e o seu aprimoramento, bem como a valoriza��o dos m�dicos. Igualmente, fez a defesa da educa��o p�blica e dos professores. Sua proposta foi investimento equ�nime nos tr�s n�veis de ensino: b�sico, m�dio e superior. Ela prometeu, entretanto, prioridade para educa��o infantil. Ainda na �rea social, prometeu, caso ven�a as elei��es, manter o programa Bolsa Fam�lia.
Seguran�a p�blica e crise dos venezuelanos
Em seguran�a p�blica, Marina Silva defendeu tamb�m o sistema penitenci�rio p�blico, sem privatiza��o das cadeias, e com valoriza��o e integra��o das pol�cias. Se eleita, pretende implementar o Susp (Sistema �nico de Seguran�a P�blica), rec�m-criado. Por fim, criticou a atua��o dos governos federal e estadual em Roraima, na crise da imigra��o venezuelana.
Interven��o no Rio de Janeiro
Tamb�m criticou a interven��o federal no Rio de Janeiro, dizendo que foi necess�ria porque "n�o havia mais governo no Rio e a popula��o n�o poderia ficar entregue � propria sorte." Marina Silva disse que a viol�ncia precisa ser combatida de forma estruturada e estruturante. A candidata defende que o Ex�rcito n�o atue em seguran�a p�blica.