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Estado de Minas ENTREVISTA

Lacerda: 'N�o pretendo mais disputar elei��o'

Em entrevista ao EM, o ex-prefeito disse que Pimentel pregou o �ltimo prego no caix�o de sua candidatura


postado em 24/08/2018 15:26 / atualizado em 24/08/2018 16:05

Lacerda disse ser vítima de um golpe articulado pelo PSB e pelo PT(foto: Edésio Ferreira / EM / D.A.Press)
Lacerda disse ser v�tima de um golpe articulado pelo PSB e pelo PT (foto: Ed�sio Ferreira / EM / D.A.Press)

Dizendo-se v�tima de um golpe que impediu sua candidatura ao governo de Minas, o ex-prefeito Marcio Lacerda (sem partido) afirmou que n�o pretende disputar mais nenhuma elei��o ou ocupar cargos pol�ticos.

Tr�s dias depois de renunciar ao pleito diante de uma batalha judicial, ele afirmou em entrevista ao Estado de Minas que o governador Fernando Pimentel (PT), um dos respons�veis por sua entrada na pol�tica, fincou o �ltimo prego no caix�o de sua candidatura no in�cio deste m�s.

Ao outro padrinho, o senador A�cio Neves, creditou o insucesso de sua �ltima investida pol�tica na elei��o para a Prefeitura de Belo Horizonte, em 2016.

A �ntegra da entrevista ser� publicada na edi��o de amanh� do Estado de Minas

O sr. disse ser v�tima de um golpe que retirou sua candidatura ao governo. De quem foi o golpe?


Esse golpe foi da dire��o nacional do PSB fazendo um acordo com o PT, que considero nocivo aos interesses do partido, evitando um poss�vel apoio a Ciro Gomes, e priorizando a reelei��o do governador Paulo C�mara (PSB), em Pernambuco, com a retirada da candidatura da Mar�lia Arraes (PT) ao governo. Sacrificou-se a possibilidade da vit�ria do partido em um estado muito importante, o partido se apequenou, perdeu uma oportunidade de crescer eleitoralmente e no respeito da opini�o p�blica.


A decis�o do PSB foi em um acordo com o PT. Que participa��o o sr. acredita que o governador Fernando Pimentel teve nesse processo?


Ele nos convidou para ser o candidato ao Senado meses antes e n�o concordei. Mantiveram esse convite quando houve a interven��o e nunca aceitei essa hip�tese, porque estava h� mais de um ano criticando o desgoverno que temos, seria uma incoer�ncia muito grande de repente passar a ser candidato ao Senado dessa coliga��o dirigida pelo PT. Ele (Pimentel) ent�o passou a trabalhar fortemente na desconstru��o da minha candidatura, usou todo o peso da influ�ncia do PT sobre o PSB para isso. Foi um ator muito importante em reuni�es que ocorreram em Bras�lia, com a presidente do PT, Gleisi Hoffman, e o Carlos Siqueira. Pimentel viajou tamb�m a SP para conversar com M�rcio Fran�a (governador de S�o Paulo, do PSB) e tenho uma testemunha que trouxe a informa��o de que ele iria para pregar o �ltimo prego no caix�o da minha candidatura. Essas palavras tr�s dias antes da vinda do presidente Siqueira a BH demonstram que tinha fundamento a informa��o.


Quando o sr. disse que a velha pol�tica o tirou da disputa, o Carlos Siqueira o chamou de inseguro e vacilante. Como o responde?


Esse pequeno document�rio (cronologia do golpe) que fizemos foi em resposta a essa deseleg�ncia e a essas mentiras que ele falou. Quem esteve o tempo todo inseguro e vacilante foi ele, em rela��o � sua prioridade de salvar a reelei��o do seu conterr�neo Paulo C�mara, em Pernambuco. Ele inclusive me disse por telefone, quando a crise come�ou, aos gritos, completamente hist�rico, que n�o queria ser responsabilizado no futuro pela derrota de Paulo C�mara. Foi uma decis�o paroquial no sentido de atender a um interesse paroquial e � continuidade de subordina��o ao PT em n�vel nacional.


Quando o PSB retirou sua candidatura, o sr. disse que lutaria at� o fim para mant�-la. Na ter�a-feira desistiu. O que aconteceu?


Ao fazer esse an�ncio t�nhamos uma avalia��o jur�dica que nos dava muita seguran�a em rela��o a uma vit�ria nos tribunais. Na segunda tivemos o parecer do procurador eleitoral determinando que nossa conven��o do dia 4 n�o tinha validade. Isso vai a julgamento na segunda-feira no TRE e, naquele exato momento, precisaria bater o martelo sobre a campanha. Tomei a decis�o baseado no conflito entre a necessidade de assumir tantos compromissos, inclusive financeiros, e a instabilidade em que estar�amos em rela��o continuidade candidatura. Essa instabilidade se refletia nas pequisa, porque est�vamos estacionados entre 9% e 10% h� algum tempo e os advers�rios crescendo, porque os pr�prios eleitores perguntavam se eu seria candidato mesmo e os mobilizadores n�o teriam argumentos para pedir votos para os eleitores. Ao mesmo tempo, raciocinei que se tivesse que mudar o candidato mais na frente a possibilidade de vit�ria de um substituto seria muito pequena. A substitui��o ocorrendo agora temos chance, como terceira via, de chegar ao segundo turno, ou na pior das hip�teses impedir que a disputa se resolva no primeiro turno em uma disputa de muito baixo n�vel entre os dois principais candidatos.


O sr. era empres�rio e entrou na pol�tica pelas m�os de A�cio Neves e Fernando Pimentel. Depois que rompeu com os dois seus projetos pol�ticos n�o deram certo. Foi pela falta de apoio deles?

L�gico que tive mais sucesso como administrador do que como dirigente partid�rio, mas esse aparente insucesso est� mostrando �s pessoas que a pol�tica � necess�ria � sociedade, mas o modo de fazer pol�tica precisa mudar. O fato de eu n�o ter aceitado ir ao Senado na chapa do PT e, agora, na desist�ncia n�o ter negociado apoio aos candidatos que est�o na lideran�a, mostra que � preciso ter coer�ncia e transpar�ncia no comportamento pol�tico. Acho que tenho sucesso como pol�tico na medida em que estou mostrando para a sociedade que � poss�vel ser um pol�tico s�rio, eu me considero um. E muitos outros s�o e at� injusti�ados, como o Adalclever, para quem estou pedindo voto.


Se seu grupo n�o for para o segundo turno o sr. apoia PT ou PSDB?

Vou debater como pessoa f�sica dentro do grupo de partidos que me apoiaram e tentar uma decis�o de consenso. Se acontecer ser� uma decis�o de consenso. Espero que o Adalclever esteja no segundo turno e acho que tem muitas condi��es de estar.


O sr est� sem mandato desde 2016 e agora se desfiliou. Vai continuar na pol�tica? J� sabe para qual partido vai?

Vou at� o programa eleitoral pedir voto para o Adalclever se ele quiser e, depois da elei��o, tenho dito para os companheiros que vou ver que pa�s vamos ter, que Minas vamos ter. N�o pretendo disputar cargo p�blico nem aceitar convite de nomea��o para cargo. Quero continuar sendo um agente de mudan�a como volunt�rio. N�o pretendo mais disputar elei��o.


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