O candidato � Presid�ncia pelo Podemos, Alvaro Dias, disse que rejeita o modelo de presidencialismo de coaliza��o nos moldes atuais, e prometeu convocar apenas ministros com base em compet�ncia t�cnica em vez de indica��es partid�rias. Dias disse que os ministros seriam indicados apenas pelo presidente, e que aceitaria quadros partid�rios apenas se tivessem curr�culo relacionado � �rea ministerial. O tema dominou os primeiros 30 minutos da primeira sabatina Estad�o-Faap com os Presidenci�veis, na manh� desta segunda-feira, 27.
"Ter�amos que celebrar um pacto nacional de governabilidade. A mudan�a no sistema se desenha quando convoca os ministros. Que ministros? Indicados pelas siglas que se juntam numa Arca de No�? Ou os ministros escolhidos pela capacidade t�cnica?", questionou Dias. Ele enquadrou essa proposta como uma "refunda��o da Rep�blica", em que funcionaria um "governo suprapartid�rio" em vez de uma coaliza��o com partidos aliados ao presidente. "A popula��o aprova o modelo da qualifica��o t�cnica, do saneamento financeiro, das reformas para que recursos sejam aplicados em benef�cio da popula��o."
A promessa encontrou ceticismo entre os jornalistas que comp�em a bancada encarregada de entrevistar o candidato. Marcelo de Moraes, do BR18, questionou se � poss�vel evitar o toma-l�-d�-c� com um governo que tem apenas 17 deputados e 5 senadores. Andreza Matais, da Coluna do Estad�o, perguntou como Dias faria para manter a governabilidade e aprovar reformas sem ceder ao Congresso quando pressionado por cargos no governo. "Acredito que o Congresso vai dan�ar a m�sica que toca a Presid�ncia", afirma o candidato. "Se eu n�o acreditasse, eu n�o estaria aqui."
Cr�tica
O senador Alvaro Dias abriu a sabatina pedindo licen�a para um protesto, e disse que as elei��es 2018 s�o a "campanha mais desonesta, injusta e antidemocr�tica da nossa hist�ria". Segundo ele, a legisla��o eleitoral serve aos interesses "do status quo, do establishment". Dias criticava a competi��o desigual entre candidatos de partidos maiores e menores. Ele diz que uma reforma pol�tica deve servir de "matriz" para outras reformas de um eventual governo seu.
"H� um grande sistema operando nas sombras. Quando digo que � desonesta, injusta e antidemocr�tica, me refiro a uma competi��o desigual entre tubar�es do fundo eleitoral, do tempo do r�dio e da TV. Tubar�es de recursos pr�prios aplicados na campanha eleitoral por permiss�o legislativa contra lambaris sem tempo de r�dio e TV, com escassos recursos do fundo eleitoral e evidentemente sem recursos pr�prios para aplica��o no processo eleitoral."
POL�TICA