O candidato do PDT � Presid�ncia da Rep�blica, Ciro Gomes, disse que seu primeiro compromisso, caso eleito, ser� a reestrutura��o das d�vidas dos estados com prioridade aos mais combalidos: Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em r�pida visita ao Mercado Central, na manh� desta quarta-feira, em Belo Horizonte, acompanhado de correligion�rios, com bandeiras e camisetas, onde foi recebido com vaias e aplausos e por algumas pessoas que gritavam nomes de outros candidatos � Presid�ncia, ele disse que a crise no estado humilha todo o pa�s. Afirmou que, se eleito, os mineiros v�o retornar � centralidade da pol�tica nacional: “Serei o presidente que devolver� a autonomia a Minas Gerais.”
Para restaurar as finan�as estaduais, Ciro Gomes prometeu uma equa��o patrimonial para superar os efeitos do que denominou “calote” da Lei Kandir (que modificou a cobran�a de ICMS isentando do tributo os produtos e servi�os destinados � exporta��o). Disse ainda que vai estruturar um fundo previdenci�rio baseado em riquezas potenciais que possam ser precificadas. “S� a Codemig (Companhia de Desenvolvimento de Econ�mico de Minas Gerais) – exemplificou – tem autoriza��o de direitos de explora��o de recursos minerais que chegam a centenas de bilh�es de reais. Se fizer um receb�vel lastreado pelo governo federal pode resolver o problema estrutural de Minas, que � a quest�o previdenci�ria”.
SPC
O candidato lembrou que foi ministro da Fazenda (governo Itamar Franco 1994-98) para justificar sua proposta de retirada do nome de 63 milh�es de brasileiros do Servi�o de Prote��o ao Cr�dito (SPC) e criticou os juros “abusivos” pagos pelos cidad�os brasileiros. “N�o h� atividade econ�mica se o consumo das fam�lias n�o for restaurado”. Ele disse que h� mais de um ano vem estudando essa possibilidade e, diante de pesquisas junto �s entidades de prote��o ao cr�dito, concluiu que “a d�vida m�dia � de R$ 4.200,” sendo que 80% dela est� relacionada a “juros abusivos, taxas, corre��o monet�ria, taxa de perman�ncia e outros abusos”. Ciro disse que reunir� bancos e crediaristas em um leil�o. “Quem oferecer maior desconto financio primeiro”. Sua proposta � que o Banco do Brasil e a Caixa Econ�mica Federal ofereceriam “cr�dito e em que troca a institui��o financeira privada baixaria os juros de 500% por de 10 a 12%. O banco n�o perde nada e divido o restante (da d�vida) em 12 meses”.
O candidato do PDT chamou de “est�pidas” as pol�ticas econ�micas adotadas durante o �ltimo governo de Dilma Roussef, na gest�o do ministro Joaquim Levy, e do governo Temer. “A ind�stria brasileira est� definhando por essa pol�tica est�pida do MDB e do PSDB replicada no governo de Dilma com Levy. O Brasil fechou 13 mil ind�strias do �ltimo governo da Dilma pra c�, 4 mil s� em S�o Paulo e 1.300 em Minas Gerais”. Ele atribuiu as causas � taxa de c�mbio manipulada de forma errada, taxa de juros “criminosa e imoral” e estrangulamento da renda do povo.
Viol�ncia
Caso eleito, o ex-governador do Cear� disse que chamar� para o governo federal a responsabilidade do combate ao narcotr�fico, contrabando de armas, fac��es criminosas, crimes do colarinho branco, do sistema financeiro e contra administra��o p�blica. Ele prop�e a cria��o do Sistema �nico de Seguran�a P�blica que cuidar� desde a investiga��o desses crimes at� o sistema prisional, refor�ando o or�amento da Secretaria Nacional de Seguran�a P�blica (Senasp) que ser� disponibilizado para os estados e munic�pios na propor��o que aderirem ao sistema.
“O Brasil tem 13,7 milh�es de desempregados e 32 milh�es de pessoas vivendo de subemprego, empurradas para informalidade, sofrendo todo tipo de humilha��o, a consequ�ncia �bvia dese quadro � a viol�ncia: 63.880 pessoas assassinadas, 60 mil mulheres estupradas e nem justi�a acontece porque o estado brasileiro est� desmoralizado”.
Palanque
Perguntado se com a sa�da da disputa do candidato do PSB, M�rcio Lacerda, ficaria sem palanque em Minas e se contaria com o apoio do prefeito da Capital, Alexandre Kalil, disse que, apesar da afinidade entre ambos e consider�-lo (Kalil)“o melhor prefeito entre as capitais de estados brasileiros”, ainda n�o poderia falar de apoio. Mas que vem conversando com ele e outros pol�ticos mineiros para garantir seu espa�o em palanques no estado.