O candidato � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou em painel realizado na tarde desta quarta-feira, 29, que n�o ter� como estrat�gia se chegar ao segundo turno ser "Jairzinho paz e amor". O candidato tamb�m disse que o Pa�s est� "cansado do politicamente correto". Bolsonaro rebateu as cr�ticas � sua participa��o no Jornal Nacional, na noite de ter�a, e criticou Marina Silva e a chapa Alckmin/Ana Am�lia.
O candidato esteve no painel "Brasil de Ideias", promovido pela revista Voto, com a presen�a de empres�rios e pol�ticos, na capital ga�cha. � imprensa, Bolsonaro comentou sua entrevista ao JN e afirmou que ela "quase que garantiu sua presen�a no segundo turno". "A entrevista me deu uma exposi��o enorme, j� que n�o vou ter tempo de TV", disse.
Perguntado pela organiza��o do evento sobre qual seria sua estrat�gia para o segundo turno "quase garantido", ele criticou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "N�o vou ser o Jairzinho paz e amor. As cartas est�o na mesa. O FHC reiterou que num poss�vel segundo turno, se aliaria ao PT", criticou.
O candidato do PSL cobrou "posi��o" de Marina Silva (Rede) acerca de assuntos pol�micos, como o aborto e o porte de armas. "Ela deu uma entrevista em mar�o e foi perguntada se j� tinha sofrido alguma viol�ncia sexual na inf�ncia. Ela falou que n�o, porque 'eu e minhas irm�s menores t�nhamos uma espingarda'. Ela mudou de ideia, ela � evang�lica, ela tem que ter posi��o em alguns assuntos", afirmou.
Perguntado sobre fala de Geraldo Alckmin (PSDB), que chamou a candidatura de Bolsonaro de "invi�vel" e disse que o deputado federal "perderia para qualquer um no segundo turno", o candidato do PSL ironizou. "Ele podia ficar tranquilo j� que n�o vou chegar a lugar nenhum". Bolsonaro tamb�m afirmou que "tem respeito" por Ana Am�lia (PP), candidata a vice na chapa de Alckmin, mas que ela se "desgastou ao ir ao Centr�o". "Parece que ela perdeu muito aqui no RS, que ela foi na contram�o do que ela pregou", disse.
Sobre a pol�mica acerca do livro "Aparelho sexual e cia", o candidato afirmou que o MEC "mente". "S�o uns canalhas. Esses livros peguei em bibliotecas no Vale do Ribeira", disse mostrando o livro aos presentes.
Bolsonaro tamb�m criticou quem afirma que ele defende sal�rios distintos entre homens e mulheres e sugeriu que uma suposta diferen�a salarial entre William Bonner e Renata Vasconcellos fosse apurada pelo Minist�rio P�blico do Trabalho. "Pelo que sei, a Renata recebe R$ 200 mil e o Bonner, R$ 800 mil. Tinham que procurar o MPT para denunciar essa quest�o", disse.
Perguntado sobre sua rejei��o, Bolsonaro afirmou que "deveria ter assaltado uma estatal". "Tenho mais rejei��o do que o Lula? Eu deveria ter metido a m�o em fundo de pens�o, ofendido as mulheres, como o caso do grampo. N�o acredito em pesquisa. N�o tenho tanta rejei��o assim", afirmou.
Chegada
�s 10h, o candidato chegou ao Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, sendo recebido por centenas de apoiadores. De um carro de som, Bolsonaro agradeceu os presentes e afirmou que, se eleito, ir� "varrer a corrup��o do Brasil". "Eles podem me chamar de tudo, menos de corrupto", disse.
POL�TICA