'Tudo foi feito antes do per�odo eleitoral', afirma deputado

S�cio da Follow, empresa suspeita de fazer o recrutamento e pagamento de influenciadores por publica��es a favor de petistas durante as elei��es, o deputado federal e candidato ao Senado por Minas Gerais, Miguel Corr�a (PT), negou ao jornal "O Estado de S. Paulo" irregularidades e disse que tudo ocorreu antes do per�odo eleitoral como uma forma de teste para verificar tend�ncias para viraliza��o de conte�do nas redes. Abaixo os principais trechos da entrevista:

Houve um esquema de propaganda irregular na internet envolvendo sua empresa?

N�o tenho qualquer d�vida da minha atitude ou postura. Em se tratando de pol�tica, de uma candidatura ao Senado e de parte da imprensa que sempre est� disposta a caluniar, eu n�o tinha d�vida que isto poderia acontecer. E se pensarmos que se tratava de um movimento que permitia a esquerda construir e compartilhar ideais e informa��es, tudo dentro da legalidade, construindo o processo democr�tico, n�o existe surpresa nestas acusa��es. Sigo absolutamente tranquilo, tenho firmeza da legalidade das a��es. N�o houve irregularidade eleitoral.

Foi feito algum tipo de sele��o de influenciadores no aplicativo?

A sele��o foi feita por uma ag�ncia (Lajoy) e tinha o objetivo de entend�-los, ouvi-los, desenhar a melhor t�tica e identificar as bandeiras e o que elas representam. A ideia era entender o melhor gif, o melhor tag, o melhor lead para quando surgisse um cliente, pud�ssemos apresentar estas an�lises. Reafirmando que isto aconteceu fora do per�odo eleitoral e sem nenhum pedido de voto. Tratava-se de um laborat�rio de compreens�o da web sociedade. E nada melhor que os influenciadores de esquerda que representam as pautas das minorias para test�-lo.

A Justi�a Eleitoral pediu dados dos usu�rios dos aplicativos. O sr. vai colaborar?

Somos cumpridores da lei. Na �ltima segunda-feira fiz uma live e convidei o Minist�rio P�blico Federal e a Pol�cia Federal a assistirem. Nela, refutei uma a uma das acusa��es. Todos os esclarecimentos ser�o prestados. Com rela��o aos usu�rios, o aplicativo � aberto, os usu�rios t�m liberdade.

Sua equipe foi procurada pela Justi�a Eleitoral sobre o assunto?

A empresa parceira (Lajoy) recebeu uma notifica��o que trata do tema da publicidade eleitoral irregular, tema que prev� multa. Vamos provar que tal publicidade nunca ocorreu porque nunca existiu um pedido de voto sequer. Principalmente no per�odo eleitoral. � importante ressaltar tamb�m que nunca houve, nas nossas empresas, contrata��es ou pagamentos de nenhum tipo de influenciador.

Como foi a conversa com a Executiva Nacional do partido?

Eu tenho uma rela��o muito s�lida com meu partido e naturalmente ele n�o abre m�o do meu direito de me fazer compreendido e de esclarecer toda e qualquer acusa��o. Sou um especialista dos novos empregos do s�culo 21 e eu quero fazer com que isto seja minha bandeira ao Senado.

Fala-se numa poss�vel retirada da sua candidatura ao Senado...

Em hip�tese alguma. Esta quest�o nunca me foi apresentada. Ela partiu indevidamente de um integrante do partido que naturalmente n�o representa sua totalidade. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.