
"As sabatinas, em geral, foram muito pobres no sentido de mostrar programas de governo ou proposi��es para o futuro do Pa�s. No fundo foi uma luta dos candidatos de escapar da agenda negativa e assuntos do passado. S� refor�ou os temas do debate que j� estavam a�. Nenhum deles conseguiu dar um choque de imagem, uma desconstru��o de narrativa", afirmou Cortez. Mesmo diante de um jornal de forte audi�ncia, os candidatos n�o conseguiram aproveitar o espa�o para tornar a participa��o, de alguma forma, definitiva na corrida, acredita o cientista pol�tico.
O nome do PSL na disputa, Jair Bolsonaro, pode ter tido uma avalia��o positiva no programa por parte de seu eleitorado, mas sua inser��o no JN n�o foi suficiente para ampliar seu universo de eleitores, disse Cortez. Enquanto isso, Geraldo Alckmin (PSDB), "segue sendo o 'segundo candidato de todos', mas n�o despertou interesse mais intenso por parte do eleitorado".
Com o caminhar da corrida eleitoral e a aproxima��o de um outro degrau, a propaganda eleitoral, tr�s nomes estar�o mais prejudicados, segundo Cortez: Bolsonaro, Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). "Essa fase de campanha � complicada para eles, com pouco tempo de TV", disse.
O especialista apontou que, neste cen�rio, Marina deve ser a que mais vai sofrer. Ela atualmente est� em segundo nas inten��es de voto em pesquisas sem a participa��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, cabe�a de chapa do PT, mas cuja participa��o est� em xeque por causa da lei da Ficha Limpa (o petista est� preso em Curitiba por causa da Opera��o Lava-Jato).
"Num certo sentido ela vai ficar vendo os candidatos se mobilizarem na TV. Ela conseguiu, por meio da quest�o feminina, tirar um pouco da imagem de fragilidade que ficou das �ltimas campanhas. Mas dificilmente ela vai ser o voto �til do eleitor n�o petista e que n�o quer ir no Bolsonaro", avalia Cortez.
