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Estado de Minas

Em MG, candidatos ao Senado tentam ganhar espa�o em disputa contra Dilma

Com a ex-presidente na lideran�a das pesquisas, os outros 14 candidatos tra�am estrat�gias para neutralizar a superexposi��o da petista


postado em 03/09/2018 06:00 / atualizado em 03/09/2018 07:51



A disputa para as duas vagas para o Senado destinadas a Minas Gerais este ano conta com uma candidata, Dilma Rousseff (PT), que, por sua condi��o de ex-presidente da Rep�blica, � “familiarizada” do eleitorado e, por isso, disparou nas primeiras pesquisas.

Por outro lado, entre os demais concorrentes, n�o existe nenhum que j� tenha ocupado cargo executivo ou outra fun��o de maior visibilidade. � como se numa corrida de F�rmula 1, a petista arrancasse sozinha na lideran�a, deixando os outros carros l� atr�s, sem saber, por enquanto, qual deles atingir� primeiro na linha de chegada.

As primeiras pesquisas  para o Senado em Minas mostraram que se a petista tem maiores chances de ser eleita, o preenchimento da segunda vaga est� aberto. 

A �ltima pesquisa Ibope, divulgada na quarta-feira passada, coloca a ex-presidente com 22%, o dobro do segundo colocado, o jornalista Carlos Viana (PHS), que tem 11%. Em seguida v�m: Coronel Lacerda (PPL) e Professor T�lio Lopes (PCB) empatados com 7%; Dinis Pinheiro (SD) e Rodrigo Pacheco (DEM), cada um com 6%; Bispo Damasceno (PPL), 5%; Ana Paula Alves (PCO) e Vanessa Portugal (PSTU), ambas com 4%; Edson Andr� dos Reis (Avante), Jaime Martins (Pros) e Rodrigo Paiva (Novo), com 3% cada; e Duda Salabert (Psol); Kak� Menezes (Rede) e Miguel Correa (PT), com 2%.

Ao contr�rio de Dilma, o grande desafio dos componentes do “segundo pelot�o” � se esfor�ar para se tornar conhecidos dos eleitores em todo o estado, intensificando o corpo a corpo e turbinando as redes sociais, al�m de contar com a propaganda eleitoral gratuita no r�dio e na TV.

O professor Carlos Horta, do Departamento de Ci�ncia Pol�tica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), considera que Dilma Rousseff lidera com folga as pesquisas n�o somente por ser conhecida como ex-presidente.

“Mas tamb�m existe um sentimento coletivo de que ela foi tirada do poder sem ter culpa. � uma esp�cie de sensa��o de uma decis�o equivocada que precisa ser reparada”, argumenta Horta, referindo-se ao processo de impeachment sofrido por Dilma em abril de 2016.

Para o professor, os demais candidatos ao Senado, al�m da miss�o de se mostrarem mais conhecidos para conquistar os votos, precisam convencer o eleitor sobre a import�ncia e o papel da Casa legislativa. “O Senado � a c�mara alta, que re�ne os representantes das unidades federadas”, destaca Horta.

Nesse aspecto, ele lembra que os candidatos ao Senado n�o podem fazer promessas para determinadas regi�es ou grupos, mas para o pa�s e para todo o estado. “Os candidatos ao Senado precisam se apresentar aos eleitores com uma vis�o mais abrangente, e n�o tratar apena de quest�es locais”, observa o cientista pol�tico da UFMG.

ESTRAT�GIAS

 

Embora tenha nascido em Belo Horizonte, a ex-presidente fez carreira profissional e pol�tica no Rio Grande Sul. Em abril, ela mudou o domic�lio eleitoral para Minas em abril. Na propaganda na TV, ela busca identidade com os eleitores da terra natal, dando �nfase � “Dilma mineira”.

J� Carlos Viana aposta todas as fichas no prefeito de BH, Alexandre Kalil, seu correligion�rio no PHS, na divulga��o de sua candidatura. Kalil declarou que s� iria pedir votos para Viana para senador e gravou propaganda eleitoral com o candidato para o r�dio e para a televis�o. A reportagem tentou, mas n�o conseguiu contato com Viana.

Em tempos de redes sociais, o corpo a corpo e a ida nos chamados “grot�es” (como dizia Tancredo Neves) continuam fazendo a diferen�a no trabalho eleitoral. A “cartilha” � seguida pelo deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM).

“Hoje, todas as campanhas s�o mais curtas e mais baratas. Ent�o, o neg�cio � saliva e sola de sapato”, afirma Pacheco. Durante o seu mandato de deputado federal, ele nunca parou de viajar pelo interior do estado e disse que at� a elei��o de 7 de outubro vai “percorrer o n�mero m�ximo poss�vel de munic�pios”  em todas as regi�es mineiras. Da mesma forma, vai otimizar o uso das redes sociais e as apari��es na propaganda eleitoral no r�dio e na TV para divulgar o seu nome e suas propostas.

O democrata disse que, reconhece, no atual momento, a ex- presidente tem uma situa��o mais confort�vel do que a dos demais concorrentes. “Ela � uma ex-presidente da Rep�blica, conhecida por 100% da popula��o. � evidente que ela tenha melhores condi��es neste instante”, declarou.

Outro candidato ao Senado que aposta no corpo a corpo e nas viagens ao interior para melhorar o seu desempenho nas pesquisas � o ex-presidente da Assembleia Legislativa Dinis Pinheiro (SD).

“Nos �ltimos tr�s anos e meio, visitei mais de 500 munic�pios de Minas, sempre com o objetivo de vivenciar de perto o dia a dia dos mineiros em cada cidade e compreender as diversas particularidades de cada lugar do estado. A campanha eleitoral deste ano est� sendo assim, de muitas andan�as por Minas Gerais e tamb�m conversando com os mineiros nos diversos canais na internet e agora na TV e no r�dio”, observa Dinis.

PRESTES

T�lio Lopes � outro que ressalta a import�ncia de colocar o p� na estrada. Texto divulgado na p�gina do PCdoB na internet faz uma compara��o entre a investida do candidato no interior de Minas e o revolucion�rio Luiz Carlos Prestes, o “cavalheiro da esperan�a”, que percorreu o pa�s � frente da “Coluna Prestes”.

“Mesmo com todas as dificuldades de ordem material e financeira, o professor T�lio Lopes (...) j� percorreu mais de 6 mil quil�metros no estado, levando as bandeiras por uma Minas Gerais mais justa, inclusiva, � disposi��o da juventude, que n�o se vende, nem trai o seu povo”, diz a publica��o.

O coronel reformado da Pol�cia Militar Elio Lacerda tem como proposta “resgatar a autoestima do povo mineiro” para fortalecer sua candidatura. Al�m disso, conforme divulga��o nas suas redes sociais, o candidato � “comprometido com a seguran�a p�blica”,  “a favor do porte de armas” e que “vai trabalhar para defender a fam�lia e seus valores”.

Na propaganda no r�dio e na TV,  o eleitor se deparou com um novo candidato ao Senado:  o deputado estadual F�bio Cherem (PDT), que ainda n�o aparece nas pesquisas. Ele entrou no p�reo na �ltima semana, pela coliga��o do candidato a governador Adalclever Lopes (MDB). Embora apare�a nas pesquisas, Jaime Martins desistiu da disputa.

Mem�ria

No Executivo e no Legislativo


Antes de Dilma Rousseff, quatro ex-presidentes concorreram e foram eleitos para o Senado ap�s ocupar o comando da Na��o: Juscelino Kubitschek, Jos� Sarney, Fernando Collor de Mello e Itamar Franco. Tr�s deles – JK, Sarney e Collor – exerceram mandatos no Legislativo e governaram seus estados antes de chegarem � Presid�ncia. Itamar tamb�m foi governador de Minas, mas ap�s passar pelo Pal�cio do Planalto. Como Sarney, ele foi senador antes e depois de presidir o pa�s. J� a petista nunca ocupou cadeira no Legislativo, sendo que, at� hoje, a �nica elei��o que ela disputou foi pela Presid�ncia da Republica, em 2010 e 2014.

 

 


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