Ap�s a campanha do presidenci�vel tucano Geraldo Alckmin usar a maior parte de suas inser��es para atacar o deputado Jair Bolsonaro (PSL) na estreia do hor�rio eleitoral de r�dio e TV, sexta-feira passada, novos comerciais apontam a presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e o presidente Michel Temer (MDB) como respons�veis pela crise que o Brasil atravessa em diversas �reas. A ideia � associar Dilma a Temer.
O candidato do PSL continua como alvo principal em metade das propagandas - s�o 12 ao longo do dia. Os ataques mais duros s�o no r�dio. Mas um quarto dos comerciais de TV que come�ar�o a ser veiculados a partir de hoje usam o mote "O Brasil de Dilma e Temer � assim" ao mostrar dados sobre viol�ncia, educa��o e seguran�a p�blica.
Desde o in�cio da campanha presidencial, Alckmin vem sendo criticado pelos advers�rios por ter firmado uma alian�a com os partidos do Centr�o que formam a base de sustenta��o de Temer no Congresso.
A diferen�a em rela��o �s inser��es que atacam Bolsonaro � que nesse caso Alckmin aparece no fim das locu��es em off. Em uma delas, um locutor fala sobre os "13 milh�es de desempregados" registrados nos �ltimos quatro anos enquanto um casal toma caf�. "O desemprego � cruel. Faz a fam�lia toda sofrer. Economia tem que gerar emprego. O presidente tem que ser o comandante da boa economia", diz o ex-governador.
A cr�tica resvala no ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), que tem exaltado na campanha que foi presidente do Banco Central do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Segundo um dos coordenadores pol�ticos da campanha tucana, a ideia � abrir uma ofensiva para atrair eleitores antipetistas que devem come�ar a se descolar de Jair Bolsonaro.
Por isso a decis�o foi preservar Alckmin nos ataques a Bolsonaro, mas exp�-lo no caso do PT e de Temer. A ideia dos comerciais � fazer com que temas sens�veis aos olhos do eleitor deixem de ser associados exclusivamente a Temer, que foi vice de Dilma e assumiu ap�s sua deposi��o, e passem a ser tratados como "problemas nascidos no governo do PT".
Novos programas devem lembrar que a escolha do emedebista para o cargo de vice-presidente na chapa de Dilma foi do pr�prio PT - ligando o presidente ao partido de Lula, condenado no �mbito da Opera��o Lava Jato e preso na carceragem da Pol�cia Federal, em Curitiba (PR).
Pesquisas
Antes de elaborar os novos comerciais, a campanha de Alckmin fez uma rodada de pesquisas qualitativas ap�s as primeiras apari��es do tucano no programa eleitoral no r�dio e na TV, no s�bado, 1�.
Opini�es de eleitores de S�o Paulo, Goi�nia e Recife foram colhidas por uma empresa contratada pela campanha do ex-governador paulista, com a finalidade de entender regi�es distintas (Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste).
Ainda de acordo com interlocutores que tiveram acesso aos resultados da sondagem, o presidenci�vel do MDB, Henrique Meirelles, e a propaganda do PT, que n�o deixou claro para o p�blico se o candidato do partido � o ex-presidente Lula ou o ex-prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad, tamb�m agradaram aos eleitores que participaram das qualitativas contratadas pelo PSDB.
Efeito
Auxiliares e aliados de Alckmin acreditam que a pr�xima pesquisa Ibope/Estado de inten��o de voto sobre a elei��o presidencial, que ser� divulgada hoje, ainda n�o deve captar o resultado do hor�rio eleitoral no r�dio e TV.
Por isso seria precipitado mudar o cronograma original. A expectativa � de que os primeiros resultados comecem a aparecer ap�s dez dias de exibi��o dos comerciais. O ex-governador tucano conta com o maior tempo de TV e r�dio entre os 13 candidatos que disputam as elei��es para o Pal�cio do Planalto. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
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POL�TICA
Alckmin associa Dilma a Temer em propaganda na TV
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