PT diz, em nota, que den�ncia do MP contra Haddad � 'falaciosa'

O PT divulgou nota assinada pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann, na qual afirma que a den�ncia contra o candidato a vice-presidente Fernando Haddad, feita na ter�a-feira, 4, pelo Minist�rio P�blico de S�o Paulo, � "falaciosa" e "mais uma prova do engajamento pol�tico e partid�rio de setores da institui��o escandalosamente vinculados ao PSDB".

O MP de S�o Paulo denunciou o ex-prefeito de S�o Paulo pelos crimes de corrup��o, lavagem de dinheiro e forma��o de quadrilha. A acusa��o formal da Promotoria � o terceiro desdobramento - desta vez, criminal - da dela��o premiada do ex-presidente da UTC Engenharia Ricardo Pessoa. Ele afirmou ter pagado uma d�vida de R$ 2,6 milh�es da campanha petista de 2012 � Prefeitura com recursos de caixa 2.

De acordo com a nota do PT, no entanto, essa � a "segunda den�ncia fabricada contra Haddad em apenas uma semana". "E mais uma vez a partir de antigas dela��es mentirosas, negociadas pelos promotores com um corrupto confesso, que j� foi desmentido oito vezes".

A nota faz um paralelo com o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, dizendo tratar-se do "mesmo tipo de ataque", com "os mesmos objetivos". Ainda segundo o texto, al�m de defender a inoc�ncia e a integridade pessoal de Fernando Haddad, o PT ir� representar mais uma vez ao Conselho Nacional do Minist�rio P�blico para denunciar um promotor que "manipula e desonra a institui��o".

A den�ncia, antecipada nesta ter�a-feira pela Coluna do Estad�o, foi oferecida pelo promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atua��o Especial de Repress�o � Forma��o de Cartel e � Lavagem de Dinheiro e de Recupera��o de Ativos do MP-SP.

Ele se vale da teoria do dom�nio do fato para afirmar que, em 2013, Haddad, rec�m-eleito prefeito, "detendo o poder de, em raz�o de suas fun��es, ainda que em perspectiva de hip�tese e mesmo que n�o se concretizasse, qualquer contrapartida para a empresa UTC Empreiteira S.A., solicitou e recebeu, indiretamente, vantagem indevida". "Depois, agiu por interpostas pessoas de forma a dissimular a natureza, a origem, a localiza��o e a movimenta��o dos valores provenientes, direta e indiretamente, daquela infra��o penal", diz a den�ncia.