O senador Antonio Anastasia (PSDB) acusou nesta quarta-feira (5) o governador Fernando Pimentel (PT) de promover um “retrocesso” no estado. Tamb�m disse que o petista desrespeita o funcionalismo p�blico
ao fazer diferencia��o entre categorias no parcelamento de sal�rios e atrasar o pagamento dos contracheques.
A reuni�o foi a convite do Sindicato os Trabalhadores no Servi�o P�blico de Minas Gerais (Sindp�blicos), que comandou a pauta de reivindica��es.
Integrantes do funcionalismo simp�ticos ao candidato tucano fizeram v�rias cr�ticas ao governo Pimentel e, ap�s ouvi-las, Anastasia disse ter ficado impressionado com o “quadro dram�tico”.
O candidato tucano falou aos servidores que, quando governou, acabou, em 2004, com um escalonamento que j� durava 20 anos.
Salvador da p�tria
“Lamentavelmente tudo isso desmoronou como um castelo de cartas”, disse. � �poca, era secret�rio do ent�o governador A�cio Neves (PSDB).
O candidato disse ao funcionalismo considerar “ris�vel” o argumento de Pimentel, de que a dificuldade que levou aos atrasos nos pagamentos vem da gest�o anterior e repetiu que o deficit deixado pelo governador Alberto Pinto Coelho (PP), que o sucedeu no Pal�cio, foi de R$ 2 bilh�es. “Caso eleito, terei o p� no ch�o, n�o crio promessas, n�o sou m�gico nem salvador da p�tria”, afirmou.
Anastasia prometeu voltar a pagar no 5º dia �til, mas avisou que isso pode demorar de um a dois anos para ocorrer. “� imposs�vel dar um prazo”, disse.
Tratamento ison�mico
Questionado sobre a diferencia��o feita na escala atualmente, j� que categorias recebem valores de parcelas diferentes e os aposentados recebem por �ltimo, o candidato do PSDB afirmou que, se eleito, adotar� o tratamento “ison�mico” entre os servidores. “Se h� uma dificuldade grande, todos devem participar da solu��o de modo solid�rio”, disse.
Embora tenha dito que n�o iria ficar fazendo cr�ticas a Pimentel no evento, Anastasia condenou os atrasos promovidos pela gest�o do petista nas escalas anunciadas. “O governo faz a escala e ela � descumprida sem aviso. Se teve problemas, o que custa ao governador avisar com uns tr�s dias de anteced�ncia para que o servidor possa se programar? � a mais absurda falta de respeito”, afirmou.
Anastasia disse que a m�e � servidora p�blica aposentada do estado e houve um m�s em que recebeu apenas R$ 500 dos proventos devidos pelo estado.
“N�o vou fazer ilus�o, n�o vai ter como resolver imediatamente, mas vamos trabalhar integrados”, pediu aos sindicatos. Segundo ele, vai haver outros representantes de servidores “com vi�s ideol�gico” que estar�o contra.
Em discurso direcionado aos servidores, Anastasia tamb�m defendeu a meritocracia e defendeu corte de comissionados e medidas para economizar recursos. O candidato se comprometeu a dialogar e ser transparente. “No meu governo muitas coisas n�o foram feitas, mas n�o faltou conversa”, disse.
O candidato ao Senado do PHS Carlos Viana acompanhou Anastasia na agenda. Apesar de ter dois outros nomes na chapa concorrendo para o cargo – Dinis Pinheiro (SD) e Rodrigo Pacheco (DEM), Anastasia disse que ter Viana em Bras�lia ser� importante para dar suporte para um eventual governo tucano, caso seja eleito. Questionado sobre a situa��o – apenas dois podem ser eleitos para o cargo –, disse que s� pede votos para os nomes de sua coliga��o.