

O governador Fernando Pimentel (PT) e o senador Antonio Anastasia (PSDB) trocaram novas farpas nos programas eleitorais por causa da crise financeira em Minas Gerais. Enquanto o petista acusou os tucanos de quebrarem o estado e procurou colar a imagem do senador A�cio Neves (PSDB) no advers�rio, o candidato do PSDB disse que o atual gestor do Pal�cio da Liberdade n�o tem recursos para pagar sal�rios porque gastou mal o dinheiro.
Seguindo a estrat�gia de nacionaliza��o da campanha, Pimentel (PT) atribuiu, no programa eleitoral – veiculado em r�dio, TV e redes sociais –, as realiza��es em Minas Gerais durante o governo A�cio Neves ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). O petista relembrou 2003, quando era prefeito de Belo Horizonte, A�cio governador e Lula presidente.
Pimentel seguiu dizendo que, em um momento de melhores condi��es financeiras, os governos de A�cio e de Anastasia, seu advers�rio nas elei��es, n�o aproveitaram para resolver os problemas do estado. “O governo A�cio/Anastasia quebrou o estado ao priorizar o projeto pessoal de um �nico mineiro”, disse, exibindo fotos de A�cio no programa.
Desgoverno
Anastasia atribuiu a atual crise financeira do estado ao que chamou de “desgoverno” de Fernando Pimentel. O tucano usou a �ltima propaganda para dizer que a “m� gest�o” do advers�rio petista levou a situa��es como os atrasos nos pagamentos de sal�rios em Minas. “O dinheiro gasto de forma equivocada hoje faz falta para pagar os sal�rios em dia, para manter a sa�de funcionando e as crian�as com aulas nas escolas”, afirmou.
Anastasia disse que a situa��o do estado � cr�tica e que o pr�ximo governador vai ter uma dif�cil tarefa “por causa do desgoverno da atual gest�o”. “Dinheiro mal gasto n�o traz retorno pra ningu�m”, afirmou. Segundo o candidato do PSDB, o estado assiste, no governo Pimentel, � “destrui��o” de a��es, programas e conquistas.
Na propaganda, o senador tucano segue na linha de dizer que toma suas pr�prias decis�es e se desvinculando do colega no Senado A�cio Neves (PSDB), de quem foi secret�rio, vice-governador e apadrinhado pol�tico. “Anastasia sempre foi Anastasia”. O candidato tucano disse que, se eleito, escolher� sua pr�pria equipe, com nomes t�cnicos. O principal padrinho pol�tico no passado, que agora concorre a deputado federal, ainda n�o apareceu no programa. A�cio � apenas citado como algu�m que “chamou Anastasia para resolver a crise”.
Campanha
Ontem foi dia agitado de campanha para Pimentel e Anastasia. O governador participaria � noite de evento com representantes da classe art�stica em apoio � chapa petista. No Teatro da Cidade, na Rua da Bahia, Regi�o Centro-Sul de BH, o petista contou com o apoio de Dilma Rousseff, candidata ao Senado, e de candidatos a deputado federal e estadual. Entre expoentes da m�sica, do teatro, da dan�a, do circo e das artes pl�sticas, foram ao evento a cantora Fernanda Takai, o rapper Fl�vio Renegado e o diretor teatral Pedro Paulo Cava.
J� o senador tucano reuniu cerca de 100 prefeitos do partido no comit� de campanha, em Belo Horizonte, e prometeu regularizar os repasses de verbas para os munic�pios caso seja eleito em 7 de outubro. “Os munic�pios n�o podem pagar pelos defeitos, inadimpl�ncia e m� administra��o do estado. Evidentemente o esfor�o maior ser�, se eleito, a partir de janeiro, que as prefeituras recebam imediatamente o que lhes � de direito e negociamos o para tr�s. Mas volto a dizer, n�o conhe�o a situa��o na inteireza dos n�meros de Minas Gerais”, afirmou Anastasia.
A Associa��o Mineira de Munic�pios (AMM) alega que o estado deve �s prefeituras em torno de R$ 8,1 bilh�es referentes a transfer�ncias que deixaram de ser feitas para a sa�de, transporte escolar, multas de tr�nsito, verbas de assist�ncia social e repasses constitucionais do ICMS e IPVA. No �ltimo dia 21, cerca de 500 prefeitos fizeram um protesto em Belo Horizonte. No mesmo dia, Pimentel sancionou lei que autoriza o governo a entregar a carteira da d�vida ativa do estado, de cerca de R$ 2,5 bilh�es, a uma institui��o financeira, por meio de licita��o, e receber o montante � vista. A previs�o � que as prefeituras recebam R$ 1 bilh�o.