O ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot prestar� depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF), como testemunha indicada pelas defesas de Joesley Batista, Wesley Batista e Ricardo Saud, delatores do Grupo J&F;, no processo que discute a rescis�o (invalida��o) dos seus respectivos acordos de colabora��o. O ministro-relator, Edson Fachin, autorizou nesta segunda-feira, 3, que Janot, o ex-procurador Marcello Miller e outras 16 pessoas sejam ouvidas a pedido dos advogados, que tentam salvar os acordos j� rescindidos pela PGR. A palavra final ser� do plen�rio do STF.
Apesar de ter sido o pr�prio Janot quem rescindiu o acordo de colabora��o de Joesley e de Ricardo Saud, al�m de ter pedido a pr�pria pris�o de ambos - cumprida h� cerca de um ano -, a defesa pretende demonstrar que os motivos que o ent�o procurador-geral alegou para pedir a pris�o e a rescis�o nunca existiram. A sucessora e atual procuradora-geral, Raquel Dodge, endossou a posi��o de Janot sobre Joesley e Saud e, indo al�m, rescindiu tamb�m os acordos de Wesley Batista e Francisco de Assis e Silva.
Al�m do ex-procurador-geral da Rep�blica, dois procuradores que fizeram parte do Grupo de Trabalho da Lava Jato na sua gest�o na PGR, Eduardo Pelella e Sergio Bruno Cabral Fernandes, tamb�m ir�o depor. Fachin sugeriu o dia 12 de novembro para o depoimento de Janot e de Sergio Bruno, na sala de audi�ncias do STF. Pelella, por sua vez, deve ser ouvido no dia 16 de outubro, na Justi�a Federal em S�o Paulo. Outra autoridade de �rg�o investigativo que ser� ouvida � o delegado da Pol�cia Federal Thiago Machado Delabary, a pedido da defesa de Ricardo Saud. O delegado conduz alguns inqu�ritos nos quais h� colabora��o de delatores da J&F.;
Figura central nos questionamentos que a PGR e que alguns ministros do Supremo fizeram sobre o acordo da JBS, o ex-procurador Marcello Miller teve negado o pedido que fez para poder fazer parte da discuss�o como uma esp�cie de assistente. Assim como Joesley e Assis, Miller se tornou r�u na Justi�a Federal do Distrito Federal em junho. A acusa��o sobre ele � de ter ajudado executivos do grupo J&F; a assinarem colabora��o premiada mesmo enquanto ainda estava formalmente ligado ao Minist�rio P�blico Federal, antes de se exonerar. O argumento da defesa para que Miller pudesse entrar como assistente no processo que discute a rescis�o das colabora��es � que, qualquer que seja a decis�o final do STF, ter� "influ�ncia direta" na a��o penal da qual � alvo.
Tamb�m r� na Justi�a Federal nesse mesmo processo, a advogada Esther Flesch ser� ouvida como testemunha indicada pelas defesas dos delatores. Outro depoimento agendado � o da advogada Fernanda T�rtima, que tamb�m foi investigada pelo MPF, mas n�o foi denunciada. Ela ser� ouvida no mesmo dia que Miller, 5 de novembro, no Rio.
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