
No relat�rio final do inqu�rito sobre repasses de R$ 10 milh�es da Odebrecht para integrantes do MDB, a Pol�cia Federal concluiu pela exist�ncia de ind�cios de que o presidente Michel Temer cometeu crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro.
O documento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira, 5, e tamb�m indica a pr�tica dos mesmos crimes pelos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia). Outro citado � candidato ao governo de S�o Paulo pelo MDB, Paulo Skaf. No caso dele, a PF aponta ind�cio de pr�tica de caixa 2.
O caso est� relacionado com o jantar no Pal�cio do Jaburu, em 2014, e que foi detalhado nos acordos de dela��o de executivos da Odebrecht. Ent�o vice-presidente, Temer teria participado do encontro em que os valores foram solicitados.
No caso do presidente, a PF mapeou a entrega de R$ 1,4 milh�o para Jo�o Baptista Lima Filho, o coronel Lima, amigo do emedebista. Para sustentar a tese, a PF ouviu o doleiro Alvaro Novis, respons�vel pelas entregas, e anexou uma conversa em que o pr�prio Lima aparece em liga��o para a empresa de Novis em dias das entrega dos valores. "Pelo teor da conversa, resta inconteste que, ao ser informado sobre a chegada da encomenda, Jo�o Baptista Lima Filho informou que estava distante do local, solicitando que o hor�rio fosse remarcado para as 15h, informa��o que acabou se refletindo nos di�logos mantidos via Skype", diz trecho do relat�rio.
A liga��o para a empresa do doleiro foi �s 10h25 de 19 de mar�o de 2014. �s 11h35, Lima ligou para um celular em nome de Temer e, �s 11h37, o amigo de Temer recebeu outra liga��o da empresa do doleiros respons�vel pelas entregas. Logo ap�s esta conversa, �s 11h51, Lima voltou a ligar para Temer com quem falou cerca de 5 minutos.
Al�m na entrega no dia 19, a PF mapeou outras duas realizadas nos dias 20 e 21. Sobre Skaf, o relat�rio da PF aponta que o candidato recebeu R$ 5.169.160,00 em 2014 por meio de Duda Mendon�a como forma de custear gastos de campanha eleitoral n�o declarados.
O Pal�cio do Planalto afirmou que a conclus�o do inqu�rito "� um atentado � l�gica e � cronologia dos fatos". "A investiga��o se mostra a mais absoluta persegui��o ao presidente", diz a nota.
O ministro Eliseu Padilha disse que n�o comentaria. Moreira Franco informou que n�o solicitou valores � Odebrecht e que "as conclus�es da autoridade policial se baseiam em investiga��o marcada pela inconsist�ncia". Skaf afirmou que todas as doa��es est�o registradas na Justi�a Eleitoral. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.