Um dia ap�s ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Regi�o (TRF-2) a quatro anos e seis meses de pris�o por forma��o de quadrilha, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (atualmente no PRP), que concorre novamente ao Executivo estadual, realizou ato de campanha para reafirmar que continua como candidato. Por ter sido condenado por um �rg�o colegiado, ele pode ser considerado ineleg�vel pela Lei da Ficha Limpa.
Garotinho reuniu l�deres de partidos que formam sua coliga��o (que conta ainda com o PMB, PTC, Patriota e PRB) na sede do PRB, em Benfica, na zona norte do Rio. Ap�s o encontro, ele disse mais uma vez que ir� ao Superior Tribunal de Justi�a (STJ) para tentar derrubar a decis�o do TRF-2.
"A decis�o tem pelo menos 15 nulidades j� detectadas pelos meus advogados. N�s vamos recorrer, e temos absoluta convic��o de que, na Justi�a apropriada, n�s vamos reverter o caso", disse Garotinho. Na sequ�ncia, ele afirmou que "continuo candidato". "At� porque seria um absurdo, eu que quero tirar essa fac��o criminosa que est� no poder, comandada pelo PMDB (sic), chegar agora e desistir."
'Reuni�o'
Chamado de "reuni�o", o ato convocado por Garotinho, na verdade, foi um com�cio para seus correligion�rios. Cerca de 200 militantes lotaram o audit�rio do diret�rio do PRB. O ex-governador discursou por 55 minutos e, em sua fala, reafirmou ser inocente e disse que est� sendo perseguido por advers�rios pol�ticos. Garotinho afirmou ainda que sabia da senten�a do TRF-2 antes mesmo de ela ser proferida.
Garotinho havia sido condenado em primeira inst�ncia a dois anos e seis meses de pris�o, em regime aberto, por forma��o de quadrilha. O ex-governador recorreu da senten�a, que acabou ampliada no julgamento do TRF-2 realizado anteontem. Com a decis�o un�nime (3 votos a 0), n�o cabem mais recursos que possam mudar a pena. O TRF-2 informou que vai oficiar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio e o Minist�rio P�blico Eleitoral sobre a situa��o do ex-governador.
Na avalia��o de seus advogados, Garotinho n�o est� ineleg�vel porque o pedido de impugna��o da candidatura deveria ter sido feito, no m�ximo, cinco dias ap�s o registro - o que j� ocorreu. Desse modo, acrescentam eles, o ex-governador estaria ineleg�vel apenas para elei��es futuras. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.