Transferido na manh� da sexta-feira, 7, da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) para o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital, o candidato � Presid�ncia Jair Bolsonaro (PSL) segue internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas em boas condi��es cl�nicas e consciente. M�dicos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo acreditam que ser� dif�cil o deputado retomar atividades de campanha de rua antes do primeiro turno das elei��es, no dia 7 de outubro.
Filho mais velho de Bolsonaro, o deputado estadual Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ) disse na sexta que seu pai, "inevitavelmente", n�o vai poder mais fazer campanha de rua. Fl�vio admitiu a possibilidade de os filhos representarem o pai em agendas externas.
"Vou tratar disso com ele amanh� (s�bado), porque hoje (sexta) foi um dia cansativo para ele. Mas � inevit�vel, ele n�o vai mais poder fazer campanha em rua e vai usar os canais dele nas redes sociais", afirmou Fl�vio.
A equipe m�dica que cuida do presidenci�vel n�o deu estimativas de quando o pol�tico ter� alta ou poder� retomar suas atividades normais, mas cirurgi�es ouvidos pela reportagem avaliaram que ser� dif�cil voltar a fazer atos de rua antes da primeira fase da disputa presidencial. Isso porque, em casos similares, o paciente s� � liberado para retornar ao trabalho no per�odo de um a dois meses.
A cautela se justifica pela extens�o da cirurgia e pela realiza��o da colostomia (exterioriza��o do intestino grosso para a cria��o de uma sa�da para as fezes na parede abdominal), o que requer o uso de uma bolsa de coleta do material fecal. A equipe m�dica do candidato do PSL estima que ele dever� permanecer com a bolsa de colostomia por dois meses.
"Assumindo que tudo corra bem, o paciente costuma ficar pelo menos uma semana internado e cerca de um m�s afastado. No caso de um indiv�duo como ele, que estava fazendo agendas no meio da multid�o, acho dif�cil a retomada desse tipo de atividade antes de quatro semanas", disse Guilherme Cotti, cirurgi�o do Instituto do C�ncer do Estado de S�o Paulo.
O gastrocirurgi�o Eduardo Grecco, da Faculdade de Medicina do ABC, concordou que seria imprudente retomar agendas p�blicas antes do primeiro turno. "Ele dever� ficar um m�s em repouso, podendo sair para pequenos trajetos. Isso o impossibilitaria de fazer campanha at� o primeiro turno."
Remo��o
Na sexta-feira de manh�, Bolsonaro foi levado de jatinho de Juiz de Fora at� o aeroporto de Congonhas. De l�, foi de helic�ptero at� o Pal�cio dos Bandeirantes, no Morumbi (zona sul), de onde seguiu em uma ambul�ncia at� o Einstein, localizado no mesmo bairro.
Na noite de quinta-feira, ap�s a conclus�o da cirurgia de Bolsonaro na Santa Casa de Juiz de Fora, o m�dico Antonio Luiz Vasconcellos Macedo, um dos maiores especialistas em cirurgia do aparelho digestivo e membro do corpo cl�nico do hospital paulista, viajou �s pressas para a cidade mineira para avaliar as condi��es de sa�de do deputado e o melhor momento para a sua transfer�ncia.
Ap�s dar entrada no Einstein, �s 10h43, Bolsonaro passou por tomografia e exames de sangue. "Os exames n�o revelaram nenhuma doen�a que tenha complicado o caso. Todas as les�es s�o delicadas, mas foram corrigidas em Juiz de Fora", disse Macedo ao jornal O Estado S. Paulo.
Ele confirmou que o pol�tico sofreu les�es nos intestinos grosso e delgado e em vasos sangu�neos do �rg�o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.
POL�TICA