(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Defesa sustenta que agressor de Bolsonaro agiu sozinho e refuta conspira��o

Adelio Bispo de Oliveira foi transferido neste s�bado para o pres�dio de seguran�a m�xima de Campo Grande


postado em 08/09/2018 11:16 / atualizado em 08/09/2018 11:26

O advogado de defesa do agressor do deputado Jair Bolsonaro, Fernando Magalhães fala à imprensa(foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
O advogado de defesa do agressor do deputado Jair Bolsonaro, Fernando Magalh�es fala � imprensa (foto: Tomaz Silva/Ag�ncia Brasil)

Advogados de defesa de Adelio Bispo de Oliveira dizem que ele agiu sozinho e de rompante quando decidiu esfaquear o deputado federal e candidato � Presid�ncia Jair Bolsonaro (PSL). A ideia surgiu tr�s dias antes, quando o criminoso arquitetou a tentativa de assassinato, movido contra o discurso de Bolsonaro referente a negros quilombolas.

A defesa refuta a ideia de uma teoria conspirat�ria, segundo a qual haveria outras pessoas envolvidas, possivelmente um mentor intelectual.

 Na noite de sexta-feira (7), o agressor foi ouvido novamente pela Pol�cia Federal (PF), que deseja esclarecer exatamente este ponto, para se certificar se o crime foi apenas fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada, como sustenta a defesa, ou se foi parte de um esquema maior, de tentativa de elimina��o de Bolsonaro.

Para resguardar a integridade f�sica do agressor, ele foi transferido, na manh� deste s�bado (8), para o pres�dio federal de seguran�a m�xima de Campo Grande (MS). “A pol�cia queria saber em especial sobre a participa��o de terceiras pessoas, se o plano foi engendrado, se havia outros envolvidos, interessados, se foi financiado ou n�o. Eu acredito que ele esclareceu que veio sozinho. Ele veio para praticar o ato, queria praticar o ato, mas sozinho”, sustentou o advogado Fernando Magalh�es, que acompanhou o depoimento de Adelio, durante uma hora e meia, � PF.

Sobre o fato de o criminoso ter morado em v�rios endere�os nos �ltimos meses, Magalh�es disse que era um h�bito. “� um cigano. Me parece que ele vai procurando oportunidades. Aqui ele aportou por acaso, como ele externou. Disse que o �dio nasceu tr�s dias atr�s, quando ouviu uma mensagem do presidenci�vel Jair Bolsonaro sobre a quest�o dos negros, dos quilombolas, ind�genas, e aquilo foi crescendo, no �ntimo dele, e ele n�o conseguiu segurar. Aquilo startou nele um sentimento de 'extremismo se trata com extremismo'. Saiu de casa para ceifar a vida de Jair Bolsonaro”, relatou Magalh�es.

O advogado disse que Adelio estava h� dias em Juiz de Fora, em busca de oportunidade de trabalho. “Ele reportou que seria uma busca de oportunidades [de trabalho] e que h� alguns dias ele soube que Bolsonaro estaria aqui. Mas ele � errante. Cada dia est� em um lugar, cada dia procurando um emprego, cada hora exercendo uma profiss�o, de gar�om ou qualquer coisa assim”, disse Magalh�es.

Medicamentos

Outro advogado de Adelio, Zanone Oliveira J�nior, disse que o criminoso j� fez, no passado, uso de medica��o controlada. “Parece que al�m de psiquiatra ele j� consultou com neurologista. Vamos verificar a possibilidade de instaurar um incidente de sanidade mental. A ju�za vai designar um corpo psiqui�trico para que fa�a um minucioso exame acerca da higidez mental do nosso cliente”, disse Zanone.

De acordo com o defensor, Adelio � politizado e consegue se manifestar bem, mas um perfil psicol�gico pode revelar quest�es de insanidade, sociopatia e at� psicopatia. Ele destacou, entretanto, que um laudo definitivo cabe aos psiquiatras. “Levando em considera��o tudo o que ele nos contou, principalmente esses tratamentos espec�ficos, n�s temos elementos robustos que d�o ensejo � deflagra��o desse incidente processual penal de insanidade mental”, disse Zanone.

Problema mental


O advogado disse que, se ele for classificado como preso com problema mental, o objetivo � que n�o cumpra pena em manic�mio judicial, mas no pr�prio sistema prisional. “A insanidade mental levaria � decreta��o de uma medida de seguran�a. E todo mundo sabe que o estado dos hospitais de cust�dia, que s�o os antigos manic�mios judici�rios, a pris�o � muito melhor que uma incurs�o dentro de um sanat�rio. Mas n�o podemos passar ao largo dessa informa��o”.

Para os defensores, n�o houve participa��o de outras pessoas no crime, segundo relatado por Adelio. “Para n�s, advogados, o passado pelo cliente foi: 'Agi sozinho. Por detr�s n�o tem ningu�m'. Se ele est� mentindo ou dizendo a verdade, n�s n�o temos bola de cristal. A chama que o guiou, a causa que o fez ostentar uma faca contra a v�tima, foram os discursos de �dio [de Bolsonaro]”, destacou Zanone.

Caso seja decretada insanidade mental de Adelio, o advogado disse que o processo seria suspenso e um curador nomeado. Ele poderia ser considerado inimput�vel ou semi-imput�vel. Os advogados n�o revelaram a pessoa que os contratou. Disseram apenas que � um fiel da igreja Testemunha de Jeov� de Montes Claros, relacionada � fam�lia de Adelio.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)