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Estado de Minas POL�TICA

Candidatos pagam por cr�ticas a advers�rios

At� o dia 24, segundo o TSE, j� foram gastos R$ 2 milh�es para impulsionamento de postagens na internet.


postado em 12/09/2018 12:30 / atualizado em 12/09/2018 13:04

Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro foram alvo, até o momento, do maior número de
Geraldo Alckmin e Jair Bolsonaro foram alvo, at� o momento, do maior n�mero de "propagandas negativas" (foto: Juarez Rodrigues/EM/ D.A Press e Gladyston Rodrigues/EM/ D.A Press)

Militantes e candidatos a cargos eletivos est�o pagando para impulsionar publica��es negativas contra presidenci�veis nas redes sociais. Os presidenci�veis Geraldo Alckmin (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSL) foram alvo, at� o momento, do maior n�mero de "propagandas negativas", segundo levantamento feito pelo Estad�o Dados. At� o dia 24, segundo o TSE, j� foram gastos R$ 2 milh�es para impulsionamento de postagens na internet.

Para o professor de ci�ncia pol�tica da FGV-SP Marco Antonio Teixeira, esse tipo de an�ncio acaba "pregando para convertidos". "� um espa�o em que h� pouca abertura para debate, tudo vira briga, acusa��o. O efeito no eleitor tende a ser residual", diz. Para ele, apesar desse tipo de an�ncio, o foco dos candidatos ainda est� no boca a boca. "Se isolarmos somente as redes sociais, n�o conseguimos explicar muita coisa. As pessoas est�o cada vez mais desconfiadas delas", disse.

Em n�meros absolutos, Bolsonaro � o que mais recebeu cr�ticas impulsionadas por candidaturas de partidos de esquerda - foram 47 at� o dia 10 de setembro. Ap�s o atentado contra a vida do presidenci�vel, no entanto, os an�ncios positivos e em solidariedade a ele se multiplicaram na rede, inclusive de pol�ticos de oposi��o, e praticamente fizeram sumir os negativos.

At� a manh� de quinta-feira, antes do ataque ao candidato em Juiz de Fora (MG), eram 380 an�ncios, no total, e agora foram 900, sendo que os coment�rios negativos representem somente 5,2% do total de men��es pagas. A reportagem contou ao menos 100 postagens pagas com men��o � palavra "atentado". O militar n�o bancou nenhum an�ncio em sua pr�pria p�gina at� o momento. Os dados foram coletados pelo Estad�o Dados na plataforma de an�ncios pol�ticos do Facebook.

A maior parte das cr�ticas pagas ao militar foi feita por pol�ticos do PSOL antes do atentado, como a candidata a deputada federal e ex-vereadora de S�o Paulo S�mia Bomfim. Ela direcionou pelo menos seis an�ncios do tipo no Facebook, em que ataca a quest�o da desigualdade salarial entre homens e mulheres. "O agiota Jo�o Amo�do e o troglodita Jair Bolsonaro j� deram declara��es favor�veis aos sal�rios menores para mulheres, o que demonstra que ainda � preciso muito enfrentamento para conquistarmos igualdade e respeito", diz o texto de um dos an�ncios.

Em outro, ela apela para o ponto fraco do candidato, o voto feminino. "A derrota de Jair Bolsonaro vir� da resist�ncia das mulheres. Nesse v�deo, mostro alguns motivos que nos fazem detestar esse babaca."

Depois do ataque, os an�ncios passaram a focar o combate � viol�ncia e intoler�ncia como um todo. "Nosso chamado � pela mais ampla participa��o popular. Para que todos repudiem a viol�ncia individual e ao mesmo tempo estejam vigilantes na defesa dos direitos dos trabalhadores, dos jovens e do povo pobre", disse o candidato a governador do Rio Grande do Sul pelo PSOL, Roberto Robaina, em an�ncio que trata do atentado contra Bolsonaro.

Outro cr�tico frequente � Ivan Valente, do PSOL, candidato � reelei��o na C�mara. Valente direcionou ataques a Bolsonaro, chamando-o de racista.

Tucano

Em termos proporcionais, Alckmin foi o que recebeu mais cr�ticas pagas - 9,6% dos an�ncios com men��es a seu nome s�o negativos. Foram 26, de um total de 270. Se exclu�dos os an�ncios pagos pelo pr�prio candidato tucano (200), quase metade seriam contra ele.

Um dos principais "algozes" de Alckmin em an�ncios pagos nas redes sociais � o candidato a deputado federal pelo partido Novo Vinicius Marini. O pol�tico usou a ferramenta para atacar um eventual apoio do tucano ao imposto sindical.

"Os sindicalistas j� est�o manobrando com a esquerda e com o Geraldo Alckmin pra voltar o imposto sindical de forma disfar�ada. Querem inventar uma tal 'contribui��o volunt�ria', que seria aprovada em 'assembleia' e for�aria a todos contribuir", diz a propaganda, publicada seis vezes.

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que embora n�o seja candidato por ter sido condenado em segunda inst�ncia, tem 28 an�ncios negativos, ou 4,6% do total. A decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de negar a candidatura do petista com base na Lei da Ficha Limpa tamb�m foi motivo de multiplica��o de men��es positivas ao pol�tico, o que acabou diluindo as cr�ticas.

Candidatos ligados � direita s�o os principais cr�ticos do petista - dois deles s�o ligados ao Movimento Brasil Livre (MBL): Kim Kataguiri e Artur do Val. Nas pe�as, Kataguiri afirma que recebeu mensagens de amea�a depois de impugnar a candidatura de Lula no TSE. J� Artur ironiza uma militante petista lembrando a ela que Lula est� preso e ineleg�vel.

Autopropaganda

Um ponto fora da curva � Henrique Meirelles (MDB), com a maior quantidade de an�ncios com seu nome publicados - 1100 - mas praticamente todos foram financiados por ele mesmo. Dos sete feitos por outras pessoas, dois s�o negativos, ambos de pol�ticos do PSOL. Um deles � do candidato a deputado federal Glauber Braga (RJ), que critica o fato de o emedebista ser a favor da reforma trabalhista. O segundo � do presidenci�vel Guilherme Boulos, que ironiza o jingle de Meirelles e diz que n�o vai "chamar" o Meirelles, mas sim tax�-lo. "Comigo rico vai pagar imposto", diz Boulos no an�ncio.

 


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