Aliado de Bolsonaro vai � PGR contra defesa de agressor do presidenci�vel do PSL

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), um dos principais aliados do deputado Jair Bolsonaro, e seu advogado, Ad�o Paiani, protocolaram nesta sexta-feira, 14, uma representa��o criminal na Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) contra os advogados de Ad�lio Bispo de Oliveira, o autor da facada que feriu o candidato � Presid�ncia pelo PSL nas elei��es 2018. A representa��o questiona o fato do grupo de advogados n�o declarar quem estaria pagando pela defesa de Ad�lio. Al�m disso, o documento sugere que, ap�s as devidas investiga��es, os advogados tamb�m respondam por organiza��o criminosa, crimes contra a seguran�a nacional, terrorismo e contra a ordem tribut�ria.

Os advogados de Ad�lio s�o Zanone Manuel de Oliveira J�nior, Fernando Costa Oliveira Magalh�es, Marcelo Manoel da Costa e Pedro Augusto de Lima Felipe e Possas.

No trecho mais forte do documento, os advogados s�o colocados como suspeitos de participarem de uma organiza��o criminosa: "Levanta suspeitas plaus�veis de que esses estejam atuando no caso n�o apenas na condi��o de advogados do autor do delito (�), mas como garantes de uma organiza��o criminosa respons�vel pela pr�tica de um atentado de natureza pol�tica".

Paiani, advogado de Lorenzoni, fez uma postagem sobre o caso em sua p�gina do Facebook. "Entendemos que os advogados, ao se negarem a revelar o nome de quem est� pagando os honor�rios da defesa do terrorista, al�m de cometeram obstru��o da justi�a, est�o se tornando c�mplices do delito", escreveu. E continuou: "Prender um z� ruela como Ad�lio Bispo � f�cil. Queremos na cadeia tamb�m os mandantes, os mentores intelectuais, os financiadores da a��o terrorista. Sejam eles quem forem, estejam onde estiverem. E n�o descansaremos enquanto isso n�o acontecer".

Para o advogado de Ad�lio, Zanone Manuel de Oliveira J�nior, a representa��o "tem car�ter pol�tico eleitoral". "Al�m disso, � uma tentativa de criminalizar a advocacia. Eu n�o apoio, eu condeno o que Ad�lio fez, mas ele tem o direito de ser defendido como qualquer um. E a confidencialidade do meu contratante � algo que eu n�o abro m�o".

O presidente da Comiss�o de Prerrogativas da OAB/Contagem-MG e presidente da ABRACRIM/MG (Associa��o Brasileira de Advogados Criminalistas), Marco Aur�lio de Souza Santos, tamb�m criticou a representa��o. "A classe dos advogados est� perplexa. Ora, n�o se pode mais defender um r�u? Est�o deixando as quest�es ideol�gicas prejudicarem uma avalia��o t�cnica. O direito de defesa � sagrado", comentou. A associa��o que Santos representa tamb�m divulgou uma nota de rep�dio. "O advogado n�o pode ser responsabilizado ou criminalizado pelos atos praticados por seu constituinte, mesmo que tais atos sejam tidos como repugnantes ou que traga como��o social".

O deputado Onyx Lorenzoni foi procurado, mas n�o respondeu � reportagem.