Em defesa da nova legisla��o trabalhista, os representantes na �rea econ�mica das candidaturas � Presid�ncia de Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Jo�o Amoedo (Novo) se uniram num bloco contr�rio ao representante da candidatura de Fernando Haddad (PT), que quer a revoga��o da lei resultante da reforma implementada pelo atual governo de Michel Temer. Os representantes participam na manh� desta quarta-feira, 19, de debate no Centro de Integra��o empresa-escola (CIEE) sobre a inser��o do jovem no mercado de trabalho em S�o Paulo.
Pela candidatura petista, o economista M�rcio Pochmann criticou a nova lei trabalhista e atribuiu � legisla��o o contingente de desempregados no Brasil - que beira os 14 milh�es de trabalhadores. Segundo ele, h� cinco anos o Pa�s vivia a condi��o de pleno emprego no mercado de trabalho e nos �ltimos dois anos a situa��o se inverteu.
"H� cinco anos o Brasil tinha pleno emprego. Faltava m�o de obra qualificada. De dois anos para c� sobra m�o de obra qualificada porque n�o se cria empregos de boa qualidade", disse Pochmann. De acordo com o petista, a nova lei trabalhista caminha no sentido de agravar ainda mais a situa��o da Previd�ncia j� que, de acordo com ele, a nova lei contribui para a redu��o da arrecada��o previdenci�ria.
Christian Lohbauer, vice-presidente na chapa do Partido Novo, rebateu o economista petista dizendo n�o ser consequ�ncia dos dois �ltimos anos de gest�o o universo de 92 milh�es de trabalhadores vivendo de bicos no Pa�s. "N�o me venha com essa conversa de que o desemprego hoje � resultado de dois anos do governo Temer", rebateu Lohbauer.
Ele avaliou que o desemprego e os empregos de baixa qualidade no Brasil s�o resultado de escolhas equivocadas de pol�ticas econ�micas nos 13 anos de gest�o petista. "A revis�o da reforma trabalhista ser� um retrocesso porque o que precisamos � de flexibiliza��o, de menor burocracia para se abrir e fechar empresas aqui no Brasil", explicou.
Representando a candidatura de Alckmin, o economista Persio Arida disse que a "lei � boa e precisa ser cumprida". "Ela precisa ser aprofundada", defendeu o representante tucano. Segundo ele, o Brasil precisa crescer de 4% a 4,5% para reduzir o desemprego, que no Pa�s � na m�dia o dobro da m�dia global. "Capacitar o jovem n�o � dar a ele um diploma de bacharel. � capacit�-lo para o mercado de trabalho, para ele poder prestar servi�os a quem ele quiser", afirmou.
"A lei trabalhista � boa e precisa ser aprofundada", afirmou o professor Jos� M�rcio Camargo, economista da campanha do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB). Jos� M�rcio seguiu a mesma linha de pensamento de Arida e disse que a sa�da para o desemprego � a retomada do crescimento e a prepara��o do jovem para as r�pidas transforma��es em curso no mercado de trabalho.
Camargo tamb�m afirmou que no Brasil existe a ideia de que para gerar emprego � preciso acabar com empregos ruins. Isso, de acordo com ele, n�o ocorreu nos pa�ses asi�ticos.
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