Haddad usa gest�o de Marta Suplicy para pedir votos na periferia de S�o Paulo

Visitando uma regi�o que j� foi reduto petista mas que deu vit�ria a Jo�o Doria (PSDB) em 2016, o ex-prefeito e candidato do PT � Presid�ncia, Fernando Haddad, usou a gest�o de Marta Suplicy em S�o Paulo para pedir votos na corrida ao Planalto.

Em discurso para militantes em S�o Mateus, na regi�o leste da capital paulista, Haddad fez refer�ncias a programas de Marta sem citar o nome da ex-prefeita, que hoje � senadora e saiu do MDB ap�s ter migrado da legenda petista.

"Quem trouxe benef�cios para a zona leste foram os governos do PT, os CEUs s�o do PT, o bilhete �nico � do PT, as faixas de �nibus s�o do PT", discursou Haddad, ao lado do candidato ao Senado Jilmar Tatto, ex-secret�rio da gest�o de Marta. "S�o coisas que s�o marcas da nossa gest�o porque s�o marcas da periferia", afirmou o presidenci�vel.

Al�m disso, Haddad usou o nome do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para refor�ar seu discurso de campanha. Tanto em S�o Mateus como em Guarulhos, na regi�o metropolitana de S�o Paulo, o petista usou uma camiseta com a caricatura do ex-presidente embaixo de uma camisa rosa, se apresentou como o candidato de Lula e falou de programas educacionais e sociais do governo de seu padrinho pol�tico.

Bolsonaro

Em suas falas, Haddad evitou criticar advers�rios diretamente e disse que estava adotando uma campanha sem provoca��es, mas coube a aliados concentrar os ataques a Jair Bolsonaro (PSL), l�der nas pesquisas de inten��o de voto para o primeiro turno da disputa.

At� pechas que eram antes coladas em Geraldo Alckmin (PSDB) foram hoje vinculadas � imagem de Bolsonaro. No discurso do deputado estadual e candidato � reelei��o Jos� Am�rico (PT-SP), por exemplo, o candidato de Temer agora � o presidenci�vel do PSL.

"Bolsonaro vem para promulgar toda a explora��o do povo brasileiro e � por isso que o mercado financeiro est� fechado com Bolsonaro", disse Am�rico em Guarulhos.

A vereadora da capital paulista Juliana Cardoso, candidata a deputada federal, discursou em S�o Mateus afirmando que os eleitores n�o podem deixar "esse cara" ficar em primeiro lugar na elei��o presidencial. Outro que focou as cr�ticas contra Bolsonaro foi o presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. "Agora � a disputa da democracia contra a barb�rie."

Reservadamente, petistas aliados a Fernando Haddad consideram que, embora um segundo turno entre o petista e Jair Bolsonaro pare�a definido, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin (PSDB), pode recuperar for�as na reta final da disputa, como ocorreu com A�cio Neves (PSDB) na �ltima semana de campanha antes do primeiro turno em 2014, quando o tucano superou Marina Silva (Rede) e foi para a segunda etapa.