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Estado de Minas POL�TICA

'Campo reformista pode definir o 2� turno', diz Hartung


postado em 24/09/2018 10:20

O governador do Esp�rito Santo, Paulo Hartung (MDB), afirma que o compromisso com uma agenda democr�tica e reformista poder� ser decisivo para os candidatos que estiverem em eventual segundo turno da elei��o presidencial. Hartung � um dos expoentes do grupo suprapartid�rio lan�ado em meados deste ano em defesa de uma candidatura �nica de centro. Leia os principais trechos da entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou uma carta aos eleitores na qual fala em deter a 'marcha da insensatez'. Ainda � realmente poss�vel uma uni�o do centro nessa reta final da campanha?

Primeiro, uma quest�o conceitual: a gente nunca trabalhou uma candidatura de centro. O que a gente trabalhou � a ideia de uma agenda para o Pa�s, que cuide da quest�o fiscal, porque o Pa�s est� literalmente quebrado, e n�o � poss�vel ter futuro com essa desorganiza��o fiscal, que cuide da quest�o social do Pa�s. O foco � no combate � pobreza, na melhoria da educa��o b�sica e assim por diante, que cuide da competitividade da economia brasileira frente a essa economia mundial integrada. N�o � um movimento de centro. � uma agenda reformista para o Pa�s.

Essa proposta de compromisso com a agenda reformista � vi�vel ainda no primeiro turno?

Claro. Eu acho que o nosso papel � seguir em frente. � poss�vel unir alguma dessas candidaturas que t�m afinidades program�ticas? Poss�vel �, mas evidentemente que quando chega numa situa��o dessa na pol�tica � dif�cil quem d� o primeiro passo. Isso dificulta voc� diminuir o n�mero de candidaturas. O ambiente que foi criado no Brasil � muito prop�cio para discursos extremistas, mas mesmo assim os extremos est�o conseguindo dialogar com 56%, 57% do eleitorado brasileiro. Tem um espa�o, isso � indiscut�vel, que poderia ser ocupado por uma candidatura com uma boa agenda, com uma agenda correta para o Pa�s. O problema � que esse grupo ficou muito fragmentado. Ele n�o conseguiu impor um nome at� agora que virasse uma converg�ncia natural de quem tem esse pensamento. A racionalidade pol�tica, o caminho racional est� fragmentado. Enquanto isso voc� tem dois pontos extremos dialogando com esse ambiente desorganizado que est� o Pa�s.

A campanha de Geraldo Alckmin vinculou a polariza��o entre Bolsonaro e PT a um risco de o Pa�s se tornar uma Venezuela. Trata-se mesmo de um risco ou da reedi��o do discurso do medo?

A primeira coisa que a gente tem que olhar � o seguinte: o que essas candidaturas extremistas est�o defendendo para a economia. Deixando de lado um pouco a superficialidade da abordagem, quando voc� olha os projetos, eles n�o ficam de p�. N�o s�o consistentes. Eu acho que qualquer alerta nesse debate � bem-vindo. N�o acho que alertar os problemas � fazer a� a pol�tica do pavor, do medo, n�o vejo assim. As partes t�m que responder. T�m que dizer como � que v�o sobreviver mantendo esses privil�gios na Previd�ncia, por exemplo. N�o � poss�vel ter uma Previd�ncia que n�o tem idade m�nima para aposentar com a popula��o tendo a expectativa de vida cada vez maior. Essa conta n�o fecha.

Nessa polariza��o temos um candidato que foi alvo de um atentado a faca e que est� hospitalizado e outro um que tem como principal cabo eleitoral um ex-presidente que est� preso por corrup��o. Este cen�rio n�o dificulta o compromisso com essa agenda reformista?

Vamos at� o final tentar colocar um candidato que tenha conex�o com essa agenda reformista no segundo turno. A segunda coisa importante � que eu sou um democrata, eu respeito as candidaturas que est�o inscritas para participar do processo de disputa. Eu n�o flerto com atitudes de discrimina��o, n�o � minha praia. Minha praia � de respeitar a diferen�a. N�o vou ficar tentando desqualificar as candidaturas, elas est�o registradas, t�m direito de ser apresentadas, de pedir o voto, de ganhar o voto e de at� disputar o segundo turno.

O que esse campo reformista tem a oferecer?

O campo reformista no Brasil, mesmo no pior ambiente que n�s j� vivemos, ele individualmente � majorit�rio. Estamos vivendo uma recess�o econ�mica enorme, uma crise social de desemprego brutal, crise �tica da corrup��o, com tudo isso, um momento que � prop�cio para pescador de �guas turvas, prop�cio para o populismo. Mesmo nesse ambiente, o campo reformista � majorit�rio. � s� olhar os movimentos dos extremos e ver o que eles est�o captando de apoio e o que n�o est� indo para eles. Vamos lutar para ir para o segundo turno at� o �ltimo minuto. Se esse grupo ficar fora, ele tem for�a para definir o segundo turno. N�o existe um caminho sem sacrif�cio para a gente consertar o rumo do Pa�s.

O sr. desistiu de concorrer � reelei��o. At� que ponto a situa��o pol�tica e econ�mica do Pa�s pesou nessa decis�o?

Disputei oito elei��es, fui eleito oito vezes, e pela terceira vez sou governador do Esp�rito Santo. Fui prefeito da capital... A minha jornada na pol�tica do Esp�rito Santo est� bem constru�da. Nesse inferno que o Pa�s entrou, eu consegui manter o Estado organizado. E Pel� nos ensinou que � poss�vel parar numa boa. N�o pode esperar vir a coisa ruim que ela acaba batendo na sua porta. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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