(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

A��o por uni�o de candidatos de centro pode influenciar pleito, diz Capobianco

Jo�o Paulo Capobianco � coordenador do programa de governo da candidata Marian Silva


postado em 26/09/2018 08:03 / atualizado em 26/09/2018 09:17

Marina Silva ao lado de João Paulo Capobianco(foto: Marcello Casal Jr/ABr - 11/02/2008)
Marina Silva ao lado de Jo�o Paulo Capobianco (foto: Marcello Casal Jr/ABr - 11/02/2008)

O coordenador do programa de governo da campanha da Rede, Jo�o Paulo Capobianco, disse que h� um movimento crescente pela uni�o de candidatos de centro, e reconhece que ele "pode ter influ�ncia na elei��o". Capobianco, por�m, defende que o nome ideal, caso haja essa converg�ncia, � o de Marina Silva.

Um dos assessores mais pr�ximos da candidata e coordenador-geral de sua campanha em 2014, Capobianco a representou numa reuni�o do chamado polo democr�tico e reformista - iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a uni�o de candidaturas do centro - em S�o Paulo, no fim de junho. Veja os principais trechos da entrevista:

Marina Silva come�ou a apresentar n�meros na campanha recentemente, como a cria��o de 2 milh�es de empregos. N�o pode ser visto como populismo?

Em princ�pio, n�s evitamos quantificar, a n�o ser em alguns casos que a gente tinha muito seguran�a, como no caso do emprego por energia renov�veis, em que v�rios estudos foram feitos. Agora, existe um meio termo, v�rios interlocutores passaram a solicitar um pouco mais de alcance dessas medidas. A Marina n�o iniciou a campanha prometendo acabar com o d�ficit p�blico em um ano, que a gente sabe que � invi�vel, n�o prop�s tirar as pessoas do SPC, porque � uma rela��o privada entre devedores e credores privados.

Isso coincidiu com a queda dela nas pesquisas...


Desde o in�cio, a Marina estava na faixa de 6%, 7%, ela subiu quando o Lula n�o era candidato. Agora que o (Fernando) Haddad � candidato (do PT), votam nele. Se olhar de fato a pesquisa, ela n�o caiu, oscilou na margem de erro. Isso aconteceu porque � a primeira elei��o que a gente tem de cinco a seis dentro do chamado centro. E dois polarizando, Bolsonaro e Haddad. Essa � a primeira elei��o que a Marina enfrenta nessa composi��o. Est� muito dividido o centro.

Tudo caminha para essa polariza��o. A campanha j� discute qual posi��o vai adotar no segundo turno?

N�o se trata de fazer a fala f�cil ou o me engana que eu gosto. Essa polariza��o est� assustando a sociedade. H� um movimento muito grande, de lideran�as importantes, de tentativa de buscar algu�m do centro. Essa discuss�o da alternativa est� acontecendo agora.

� poss�vel que candidatos concordem em desistir. H� disposi��o para isso ainda no primeiro turno?

Eu acho dif�cil. Nenhum candidato vai querer abrir m�o por voluntarismo. � dif�cil dizer como vai se dar. Seria uma coisa in�dita. O fato � que h� um movimento concreto, objetivo. Como essa m�gica se dar� eu n�o sei. Eu sou favor�vel que haja isso, desde que ela (Marina) seja a candidata. A Marina continua totalmente focada na campanha. N�o participou de nenhuma conversa desse tipo e n�o indicou ningu�m para represent�-la em conversas desse tipo. Mas muitas pessoas do setor empresarial mais progressista est�o insistindo muito nessa agenda.

Como viu o documento Democracia Sim, lan�ado no fim de semana e que alerta para a candidatura de Bolsonaro? Pode ser o vetor de aproxima��o do centro?

A proposta daquele manifesto � exatamente que haja uma converg�ncia. Que os players se disponham a oferecer uma alternativa pol�tica para o Brasil. Acho que seria �timo. A gente n�o pode subestimar a capacidade dessas lideran�as de influenciar atores pol�ticos. S�o nomes importantes, de v�rios nichos da sociedade. A polariza��o, tal como est� posta, � algo extremamente preocupante.

Mas os candidatos n�o parecem dispostos a dar o primeiro passo.

� um processo pol�tico. Quem vai definir a elei��o n�o s�o os candidatos, s�o os eleitores. Se cresce (esse movimento), se as pessoas que est�o propondo essa uni�o de centro, se isso cresce, � �bvio que vai influenciar a elei��o. N�o pode pedir para um candidato, um gesto de voluntarismo, abrir m�o da candidatura. Se essa preocupa��o com a polariza��o ultrapassar esse grupo de pessoas mais articuladas que est�o ali e ganhar densidade junto � sociedade, � �bvio que vai mexer na elei��o. Tem que ver isso vai acontecer em tempo, ganhar for�a. N�o sei.

Dentre os candidatos fora da polariza��o, Ciro � o que est� mais bem posicionado...

Ciro, at� agora, n�o tem apresentado propostas que nos animem. N�o quero que o Brasil entre num processo de fragilizar suas reservas internacionais. E ao lado do Ciro, voc� tem uma militante, n�o � uma pessoa que representa, da agenda do s�culo 20. Que usa da sua capacidade pol�tica para fragilizar, retroceder, acabar com todo o legado que o Brasil construiu a flancos e barrancos, no combate � desigualdade, sustentabilidade. Katia Abreu � um enorme problema. E o Ciro tem uma agenda desenvolvimentista. O s�culo 21 n�o � o s�culo do desenvolvimentismo. Ele tem outra vis�o de Pa�s.

Com quem o centro n�o teria dificuldade de compor?

Com a Marina. Ela n�o est� buscando ser uma representa��o do centro, mas se voc� olhar pro centro, vai ver que a �nica candidatura que circula entre todos. Ela � pr�-reforma, pr�-estabilidade econ�mica, pr�-responsabilidade fiscal, agrada todos os lados. Tem mais um fator: se o Ciro passa para o segundo turno, o PT vai apoi�-lo. As pessoas que querem alternativa ao PT v�o votar no Bolsonaro. A �nica candidatura que transita nesses campos e sinaliza claramente uma n�o compactua��o com o legado petista � a da Marina. Ela que diz que a Lava Jato tem que continuar, que tem que ficar preso, que � a favor de segunda inst�ncia. A �nica candidatura que, se for para o segundo turno, n�o ser� vista como instrumental do PT � a Marina.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)