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Estado de Minas

Bolsonaro e Haddad s�o alvos em pen�ltimo debate entre presidenci�veis

Oito candidatos participam do confronto na noite deste domingo: Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB), �lvaro dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota)


postado em 30/09/2018 22:01 / atualizado em 01/10/2018 00:14


A uma semana da elei��o de 7 de outubro, oito candidatos a presidente da Rep�blica participam na noite deste domingo (30) do pen�ltimo debate na televis�o, promovido pela Record. Participam Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (Psol), Henrique Meirelles (MDB), �lvaro dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota). O candidato Jair Bolsonaro (PSL) n�o p�de comparecer porque ainda se recupera da facada que levou em um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais, no �ltimo dia 6 de setembro.

O debate, que privilegia o confronto entre os candidatos, � uma das �ltimas oportunidades de o eleitor indeciso acompanhar as propostas dos candidatos, j� que a propaganda de r�dio e televis�o termina na quinta-feira (4). Neste mesmo dia, os presidenci�veis debater�o pela �ltima vez na TV Globo.

Bolsonaro alvejado


O primeiro bloco foi marcado por cr�ticas de quase todos ao candidato ausente Jair Bolsonaro, apontado como respons�vel pelo radicalismo, o �dio e a intoler�ncia na elei��o. Principalmente os que disputam o terceiro lugar nas pesquisas tentaram pregar contra o chamado voto �til, em que o eleitor escolhe algu�m n�o porque quer, mas para evitar que outro ven�a a elei��o.

O discurso foi de que n�o precisa ser “nem um, nem outro”. Empatado tecnicamente com Bolsonaro, Fernando Haddad preferiu ficar de fora e adotar a linha propositiva, sempre enaltecendo o padrinho pol�tico, o ex-presidente Lula.

Ciro questionou Marina Silva sobre a frase de Bolsonaro, de que n�o aceitaria como correto o resultado das elei��es caso ele n�o fosse o eleito, e questionou o fato de, ap�s alta m�dica, n�o ter comparecido ao debate.  Marina disse que Bolsonaro � autorit�rio, antidemocr�tico e desrespeita as mulheres, �ndios, negros e a popula��o brasileira. “Mas com essa frase (de que n�o aceita o resultado da elei��o) desrespeita a constitui��o e o jogo democr�tico.

Amarela


Marina Silva afirmou ainda que Bolsonaro “fala muito grosso mas tem momento que amarela”. Segundo ela, o candidato do PSL mostrou que “est� com medo da derrota que ser� dada pelo povo brasileiro”.  Ex-filiada ao PT, ela afirmou que h� dois lados autorit�rios no pleito, se referindo aos antigos companheiros. Segundo ela, o pa�s n�o precisa escolher entre “a espada da corrup��o e a cruz do autoritarismo”.

Ciro disse que todos precisam reafirmar o compromisso com a democracia e que ningu�m aguenta mais essa radicaliza��o. O candidato do PDT disse que foi ao �ltimo debate com uma sonda pendurada no corpo e criticou Bolsonaro por, ap�s 28 anos como deputado federal pelo Rio, se recusar a participar do encontro e dar declara��es anti-povo todos os dias.

Marina completou, dizendo que o PT tem a proposta de controlar a imprensa e o Judici�rio. Tamb�m citou o fato de o candidato Fernando Haddad ter dito que pretende fazer uma nova constituinte. “PT e Bolsonaro s�o cabos eleitorais um do outro”, afirmou. Marina disse que os eleitores brasileiros est�o sendo induzidos a votar pelo "medo" e que as pessoas deveriam escolher seu candidato por esperan�a.

Meirelles perguntou para Ciro sobre a radicaliza��o da campanha , apontando Jair Bolsonaro como o respons�vel. Ciro disse que considera esta quest�o a mais grave da reta final. “Nenhum pa�s suportar� o desdobramento que estamos vislumbrando sobre a sociedade brasileira”, disse, lembrando que os pol�ticos est�o brigando desde 2014, quando os perdedores n�o reconheceram o resultado da elei��o. Ciro pediu aos brasileiros que reflitam sobre a necessidade de retomar o di�logo.

Radicalismo


O candidato do MDB afirmou que os radicais tentam fugir dos problemas se escondendo atr�s do radicalismo e que o �dio gera desemprego e destrui��o. Segundo ele, o Brasil precisa de “algu�m com compet�ncia e resultado concreto para mostrar, para levar o pa�s na dire��o certa”. Ciro rebateu: ““Precisamos de serenidade, experi�ncia e autoridade, mas capacidade di�logo talvez ainda maior, para encerrar essa radicaliza��o”, disse Ciro.

O candidato do Podemos, �lvaro Dias, disse que o Brasil est� assistindo � “marcha da insensatez” na campanha eleitoral e que o Brasil est� assustado por “dois fantasmas”: o da extrema direita e o da extrema esquerda.

Mesmo sem serem questionados sobre Bolsonaro, os candidatos Geraldo Alckmin e Guilherme Boulos fizeram quest�o de falar sobre ele. Ambos enalteceram o movimento “Ele n�o”, das mulheres, que foram �s ruas no s�bado contra o candidato do PSL. “As mulheres deram um grande exemplo de civismo indo �s ruas contra o Bolsonaro”, disse o tucano. Na fala, Alckmin aproveitou para falar mal do PT, dizendo que o partido foi respons�vel pela cria��o de um ter�o das estatais para alojar a “companheirada do Lula”.

Propostas e Lula


O candidato do PT, Fernando Haddad, adotou a linha propositiva, perguntando sobre propostas para pessoas com defici�ncia. Antes, por�m, falou do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, ao ser questionado pelo candidato do Patriota Cabo Daciolo.

“Para mim, Lula foi o maior presidente da hist�ria do Brasil e � o maior estadista da hist�ria. Ele tem proje��o internacional”, disse.  Haddad disse que pretende revogar o teto de gastos aprovado pelo governo Temer e investir mais nos deficientes e idosos.

Amiguinhos batendo bola


Em um estilo mais bravo que o usual, Cabo Daciolo disse que iria denunciar a “farsa” do cen�rio eleitoral e que todos os candidatos estavam batendo bola para atacar Bolsonaro. “Os senhores s�o tudo amiguinhos jogando v�lei, um toca a bola e o outro corta. Tamb�m discordo do Bolsonaro em muita coisa, mas os senhores do PT est�o h� 13 anos no poder massacrando o povo”, afirmou.

Daciolo tamb�m partiu para cima de Haddad, perguntando quem era ele para querer a cadeira de presidente se “n�o fez nada” em S�o Paulo quando prefeito. “O Lula � um l�der, o senhor tem que aprender muito para ser um l�der”, disse.

Daciolo voltou a profetizar que ser� eleito com 51% dos votos e afirmou estar sendo “boicotado” por n�o ter sido convidado para partipar do debate da Globo.

 

Alian�as pol�ticas 

 

No segundo bloco do debate os candidatos continuaram trocando perguntas diretas entre si e as alian�as pol�ticas dos partidos em elei��es estaduais foram discutidas por Guilherme Boulos, Fernando Haddad e Ciro Gomes. O candidato do PSOL questionou o petista se mesmo ap�s o "golpe de 2016" o PT ainda espera ter como aliados pol�ticos do MDB. 

 

"Lutamos contra o desgoverno Temer e um dos erros do PT foi governar com essa turma. � inexplic�vel ver voc� com Renan Calheiros e Eun�cio de Oliveira", afirmou Boulos. Haddad afirmou que, assim como Boulos, defende as bandeiras democr�ticas e populares, contra reformas implementadas pelo MDB no governo federal. 

 

"O PT decidiu apoiar o governador de Alagoas, Renan Filho, e decidiu apoiar o governador do Cear�, Camilo Santana, do PT. Nesses estados a lideran�a � tamanha que eles receberam apoio de todos os partidos. No Cear�, o Ciro e o MDB apoiam nosso candidato. E isso n�o desmerece nosso governador. Mas eu tenho coliga��o a presidente com o PCdoB, da Manuela D'�vila, e do PROS, s�o os dois que est�o conosco", respondeu Haddad. Na pergunta seguinte, Ciro Gomes rebateu o candidato petista, dizendo que vetou uma alian�a com o senador Eun�cio Oliviera no Cear�. "Uma corre��ozinha Haddad. Eu vetei um acordo com Eun�cio. Ele � corrupto. Voc� foi la e acertou com ele", disse o candidato do PDT. 

 

Radicalismo e atraso pol�tico

 

Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles e �lvaro Dias voltaram a citar o radicalismo na pol�tica brasileira para alfinetar Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula. "O grande problema do pa�s hoje � o desemprego. E o pa�s n�o pode aturar mais um per�odo de radicalismos entre esquerda e direita. Para crescer � preciso unir o pa�s e voltar a movimentar a economia", afirmou o tucano, que citou a desregulamenta��o de alguns setores para incentivar a abertura de bancos e reduzir as taxas de juros para o cr�dito � popula��o. 

 

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, afirmou que Bolsonaro "n�o gosta do Bolsa Fam�lia e que desrespeita as mulheres". "O vice dele quer acabar com o d�cimo terceiro sal�rio e com o adicional de f�rias, o economista dele quer voltar com a CPMF", ressaltou Meirelles. Marina Silva, da Rede, tamb�m criticou Bolsonaro e afirmou que atos contra a classe trabalhadora � uma "afronta a todo o pa�s". "N�o � poss�vel tirar dinheiro dos trabalhadoras, que j� ganham pouco, em um pa�s com 13 milh�es de desempregados. Nunca vi na minha vida um candidato que diz que vai governar para os fortes. � uma pena que ele n�o esteja a� para explicar todas as coisas que tem dito", afirmou Marina. 

 

Cabo Daciolo questinou �lvaro Dias sobre o "sucateamento das for�as armadas" e criticou o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pela falta de investimentos nos setores da seguran�a do pa�s. O candidato do Podemos aproveitou o tempo para criticar o ex-presidente Lula: "L� da pris�o em Curitiba ele comanda a campanha do PT com bilhetes determinando que devem fazer", disse �lvaro Dias. Daciolo criticou as alian�as pol�ticas dos partidos e alfinetou os advers�rios dizendo que eles trocam ataques durante a campanha mas fazem parte do mesmo grupo que comanda o pa�s. 

Ciro confronta Haddad


O terceiro bloco come�ou com um confronto entre Ciro Gomes e Fernando Haddad. O candidato do PDT come�ou perguntando para Haddad sobre a proposta de fazer uma assembleia nacional constituinte. Haddad disse que as mudan�as s�o necess�rias porque a Constitui��o de 1988 j� tem mais de 100 emendas, e que Lula pensava em criar condi��es para uma regra mais moderna e enxuta, que reequilibrasse os poderes da rep�blica. Segundo ele, isso incluiria mudan�as nas regras tribut�rias e no sistema de Previd�ncia. “Se o Congresso decidir convocar uma assembleia exclusiva ou se assim n�o entender mas com a celeridade necess�ria para repactuar a rep�blica”.

Ciro disse que n�o existe poder constituinte no presidente da Rep�blica e que as reformas tem de ser feitas pelo rito. “Quero seguir a democracia porque � o meu compromisso de vida”, disse. Ciro disse que Haddad n�o acredita em uma palavra do que disse e est� encarregado de conduzir uma vingan�a e o comparou a General Mour�o, vice de Bolsonaro. Haddad disse que a proposta de Mour�o foi diferente, pois era de convocar not�veis e n�o submeteria a proposta � popula��o. “Repudio desde a juventude todos os governos autorit�rios, de direita e de esquerda, para mim tudo se resolve pelo voto”, disse Haddad.

O candidato do PT perguntou a Boulos o fato de Alckmin e Meirelles se apesentarem como moderados, mas apoiarem o governo Temer, que congelou gastos p�blicos e adotou medidas contra os trabalhadores. Pela primeira vez, Haddad falou de Bolsonaro, dizendo que as mulheres no s�bado se insurgiram contra isso. Boulos disse que na campanha est�o 50 tons de Temer e pediu o compromisso dos candidatos de revogarem as medidas anti-populares de Temer.

Haddad respondeu que o Brasil vai poder contar com algu�m para acabar com esse “entulho” de Temer que cassou direitos. O petista disse que o Brasil se insurgiu contra isso no protesto das mulheres. Segundo Haddad, o candidato do PSL quer aprofundar as pol�ticas de Temer com medidas como o fim do 13º sal�rio e a taxa��o dos pobres. Boulos chamou Bolsonaro de ditador e disse que as mulheres ser�o fundamentais para derrot�-lo.

Boulos perguntou a Meirelles sobre o �dio nas elei��es e as mortes dos LGBTs. Meirelles disse que a viol�ncia contra os gays, mulheres e se beneficiar�o com a melhora da seguran�a p�blica. Boulos disse que n�o � com pol�cia que vai se resolver esse problema e criticou o projeto da Escola sem partido. O candidato do PSOL disse que a fam�lia brasileira pode ter dois pais ou duas m�es e pediu: “Chega de preconceito. Temos que trazer esse debate para discutir desde a sala de aula”, disse. Meirelles disse que n�o � poss�vel admitir viol�ncia contra os LGBTs mas tamb�m contra as mulheres e as ra�as.

Meirelles disse que para o pa�s crescer � necess�rio confian�a nas pol�ticas p�blicas e perguntou a Alckmin o que fazer para retomar a confian�a no pa�s. Alckmin disse que s�o necess�rias reformas e pediu uma reflex�o pol�cia na �ltima semana antes da elei��o. “Chamar a aten��o como os radicais s�o parecidos. O PT votou contra o real e a quebra das telecomunica��es, Bolsonaro votou igual, o PT votou contra quebra do monop�lio do petr�leo, o Boslonaro tamb�m. � impressionante como o radicalismo se atrai, esse n�o � o caminho”, disse. O candidato tucano disse que a �ltima onda � a que vale e prometeu unir o Brasil para melhorar o emprego e renda da popula��o. Meirelles repetiu que a economia cresce quando se estabelece confian�a no pa�s.

Alckmin disse que o Brasil vive hoje um momento de carestia e perguntou a �lvaro Dias o que ele faria para retomar o emprego. Dias falou que pretende concentrar a tributa��o na renda e n�o nos produtos. Alckmin disse que pretende reduzir o pre�o do g�s e trabalhar junto �s pessoas. “Pol�tica � gostar de gente”, disse. �lvaro Dias disse que o candidato do PT diz que vai reduzir a carga tribut�ria mas, no poder, o partido “ficou ao lado dos banqueiros”.

O candidato do Podemos prometeu isentar brasileiros de baixa renda do imposto.
�lvaro Dias perguntou a Marina Silva sobre as mulheres, que exigem respeito aos seus direitos. Marina disse que as mulheres merecem homenagens e repetiu que o brasileiro n�o merece a cruz da corrup��o nem a espada do autoritarismo. “Estou propondo criar 2 milh�es de empregos na energia renov�vel para gerar energia tamb�m, que  gente possa investir no turismo para gerar empregos para as mulheres”, disse.


�lvaro Dias afirmou que gosta tanto das mulheres que � presidido por uma em seu partido. “As mulheres ficar�o felizes se acabarmos com o tempo do rouba mas faz. Chegou o tempo do fala e faz”, disse o candidato. Marina disse que o bolsa-empres�rio custou 5% do PIB e o Bolsa-fam�lia 0,5% do PIB.

Marina perguntou a Daciolo a proposta para recuperar os empregos. O candidato do Patriota aproveitou para “identificar os culpados” pelo desemprego, que disse ser Meirelles e Haddad. Segundo o cabo, os partidos investiram fora do pa�s para dar trabalho a pessoas de outra na��o. Daciolo disse que a arma do crist�o � a palavra de Deus e que n�o fala de religi�o, mas de amor. O candidato acusou os advers�rios de cara de pau por disputar a cadeira presidencial. “Da pr�xima vez vou trazer um �leo de peroba para honra e gl�ria do senhor Jesus”, disse.

Marina disse que mais de R$ 200 bilh�es foram desviados da corrup��o e que o dinheiro que vai para esse ralo poderia ser usado para investir em saneamento b�sico, emprego e renda. Daciolo prometeu baixar renda e tributos e investir no Brasil. 

O candidato disse que vai adorar o senhor sete dias e depois encaminhar os brasileiros para o mercado de trabalho. Pediu a Ciro Gomes para falar sobre fundo eleitoral. Ciro disse que o Brasil n�o pode continuar como est� e que a indigna��o de Daciolo representa o que sentem os brasileiros. Afirmou al�m das adora��es � preciso se debru�ar sobre os problemas do pa�s. “Esse neg�cio desse fundo eleitoral � uma vergonha para o Brasil”, disse.

Daciolo disse que s�o R$ 2,6 bilh�es para se perpetuar no poder enquanto o povo morre. Segundo ele, d� pra fazer campanha gastando R$ 700 reais, orando no monte e indo para o debate falar para o povo. “N�s aqui podemos mudar, eles est�o aqui h� 30 anos, somos diferentes”, disse o cabo. Ciro disse que nunca respondeu por nenhum malfeito na sua longa vida p�blica.

 

 


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