
A �ltima semana de campanha em busca do voto dos 15,7 milh�es de eleitores mineiros ser� de desafios diferentes para os dois candidatos que polarizam a briga pelo Pal�cio da Liberdade. � frente nas pesquisas, o senador Antonio Anastasia (PSDB) joga as �ltimas cartadas para tentar encerrar a fatura e ganhar a elei��o no primeiro turno. Do outro lado, o governador Fernando Pimentel (PT) trabalha para tirar votos do advers�rio e empurrar o pleito para uma decis�o em 28 de outubro. Com objetivos opostos, ambos v�o intensificar a presen�a nos munic�pios e investir pesado no recado passado nas redes sociais.
Nos �ltimos dias, Pimentel e Anastasia pediram � milit�ncia que reforce a busca por votos. Prefeitos e deputados estaduais e federais, que t�m forte apelo regional, est�o na linha de frente da empreitada. Ambas as campanhas acreditam em um crescimento de Pimentel na reta final, na esteira da campanha presidencial do petista Fernando Haddad, mas a expectativa dos tucanos em Minas � de conter isso com a atra��o dos votos anti-PT.
A avalia��o da campanha de Anastasia � de que a elei��o est� a tr�s ou quatro pontos percentuais de ser decidida em apenas um turno e tudo depende do desempenho do candidato do Novo, o empres�rio Romeu Zema, nas urnas. Articuladores da campanha do tucano avaliam que ele pode se favorecer com o clima de “voto �til”, que poderia reverter a op��o pelo candidato do Novo a favor do PSDB.
“Aquele eleitor cativo, militante do Novo, n�o muda, mas boa parte do eleitorado do Zema � o anti-PT. Praticamente metade dos votos do Zema n�o est�o consolidados e poderiam vir para n�s”, avalia uma fonte. O objetivo na reta final � conquistar o voto anti-petista, atrair o eleitorado do Zema e os indecisos.
Para isso, a propaganda vai manter a linha de apresentar Anastasia como o gestor que j� tirou o estado da crise e refor�ar o recado de que “Anastasia � Anastasia”, insistindo na desvincula��o com o tamb�m ex-governador e senador A�cio Neves, candidato a deputado federal pelo PSDB. A campanha pretende ainda refor�ar a import�ncia de que a elei��o termine no dia 7, para evitar o clima de acirramento de um eventual segundo turno.
Na campanha do PT, a avalia��o pelas pesquisas di�rias � que vai haver segundo turno, mas, como ainda h� um grande n�mero de indecisos, o trabalho permanece firme para tentar garantir uma margem de seguran�a. A aposta � na vincula��o com Fernando Haddad. Um grande desafio, segundo articuladores, � que a televis�o, antes fundamental para garantir os votos, n�o tem atra�do tanto os eleitores. Levantamentos internos mostram que 47% dos eleitores viram algo de programa de TV. No mesmo per�odo, em 2014, esse percentual era de 80%.
Para Pimentel, a televis�o seria um trunfo importante para tentar rebater as cr�ticas em rela��o � crise e os problemas financeiros do estado. Como ela n�o tem dado tanto resultado, a estrat�gia do petista � insistir nos esfor�os nas redes sociais e em mobiliza��es locais com popula��es circunscritas, como escolas, f�bricas, com�rcios, ou grandes vias.
Para os �ltimos dias, Pimentel fez inser��es espec�ficas para o Norte de Minas, abordando quest�es relativas � regi�o, como o fim do racionamento da �gua em Montes Claros, problemas de infraestrutura e agricultura familiar. “Estamos ocupando os espa�os, concentrando o esfor�o na grande BH, que tem um n�mero expressivo de eleitores, e nas regi�es que temos mais potencial de conseguir votos, como o Norte”, explica um dos coordenadores.
NO P�REO
Terceiro colocado nas pesquisas, o empres�rio Romeu Zema, do Partido Novo, pode definir se a elei��o vai ou n�o para o segundo turno, mas sem grandes chances de disput�-lo. A equipe de campanha, por�m, acredita que ele ainda est� no p�reo. A avalia��o das pesquisas qualitativas � que os mineiros rejeitam o ex e o atual governador e, na reta final, � quando o eleitor toma uma decis�o mais firme.Segundo o consultor de marketing pol�tico Leandro Groppo, que cuida da campanha, Zema tem o desafio de ser pouco conhecido, mas a taxa de convers�o dos que recebem sua mensagem � grande. “A gente ainda tem uma chance muito grande. Basta ver o n�mero de indecisos e votos brancos e nulo, porque rejeitam os dois candidatos que polarizam a disputa”, disse. Na �ltima semana, Zema vai concentrar a campanha no Tri�ngulo e Alto Parana�ba. O discurso ser� no sentido de combater o voto �til. “Vamos mostrar que o voto �til tem que ser a favor de Minas e n�o contra A ou B. Sen�o o resultado vai ser ficar reclamando mais quatro anos”, disse.
A avalia��o interna da campanha do presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (MDB), � que ela n�o alavancou porque come�ou tarde demais. Nos �ltimos dias a aposta ser� nos debates e viagens pelo Norte de Minas. A equipe tamb�m j� est� enviando as colinhas com os n�meros de urna para os candidatos nas chapas proporcionais ajudarem a divulgar.
O candidato da Rede, Jo�o Batista dos Mares Guia, percorreu 172 munic�pios no interior desde a pr�-campanha e na reta final vai priorizar a regi�o metropolitana, com caminhadas em cidades como Nova Lima, Sabar�, Betim e regi�es de periferia. Segundo a equipe, a linha de discurso continua sendo a de “nem um e nem outro”, pregando um nome fora do campo PT e PSDB.