Material de campanha com Lula candidato nas elei��es 2018 � apreendido no RS

Diret�rios estaduais do PT e do PCdoB ga�chos foram alvo de mandado de busca e apreens�o que determinou o recolhimento de materiais de campanha com refer�ncias � candidatura do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva nas elei��es 2018. O petista teve sua candidatura indeferida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ap�s ser condenado e preso pela Opera��o Lava Jato.

A medida foi executada a partir do dia 27 de setembro pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul a pedido do Minist�rio P�blico Eleitoral e estava sob segredo de justi�a at� esta segunda-feira, 1� de outubro. Segundo o MP, a a��o ocorreu ap�s o �rg�o "receber in�meras den�ncias de propaganda il�cita vinculando candidaturas regionais ao ex-presidente ainda na condi��o de candidato."

Na decis�o do juiz R�mulo Pizzolatti ficou determinado o recolhimento de todo o material de campanha que identifique Lula como candidato a presidente. Segundo o magistrado, "n�o h� d�vida, pois, da irregularidade do material e de sua distribui��o, em preju�zo da normalidade do pleito eleitoral". O TRE informou que n�o contabilizou todo o material apreendido pois a a��o ainda ocorria nesta segunda-feira.

No dia primeiro de setembro, Lula foi impedido pelo TSE de se candidatar e a Corte determinou que nenhum material de campanha deveria conter o ex-presidente como postulante ao Pal�cio do Planalto. No dia 11 do mesmo m�s, ficou decidido que Fernando Haddad (PT) seria o candidato � Presid�ncia e Manuela D��vila (PCdoB), a vice.

Al�m dos diret�rios, foram alvo da medida comit�s de campanha de candidatos da coliga��o "Por Um Rio Grande Justo" - integrada pelo PT e pelo PCdoB -, a Ag�ncia Central dos Correios da capital ga�cha e diret�rios municipais e ag�ncias dos Correios de mais oito cidades da regi�o metropolitana de Porto Alegre e do interior do Estado.

O juiz tamb�m determinou a expedi��o de of�cio para todos os ju�zes eleitorais do RS para que atentem � poss�vel distribui��o de material proibido. Os candidatos e os partidos foram notificados.

Segundo o presidente estadual do PT, deputado federal Pepe Vargas, a a��o "n�o causou nenhum problema ao partido", pois o material estaria guardado e n�o era mais distribu�do. Vargas afirma que os materiais gr�ficos recolhidos haviam sido produzidos � �poca que Lula era o candidato do PT nas elei��es 2018 e que, ap�s a decis�o do TSE, foi providenciada a produ��o de impressos j� com refer�ncias a Haddad.

O presidente estadual do PCdoB, Adalberto Frasson, considerou a medida "exagerada", mas afirmou "ser um direito da justi�a averiguar se os materiais est�o dentro da normalidade". Segundo ele, o que foi apreendido foram "restos da �poca em que Lula era candidato". "Algum material sobrou nas sedes e orientamos a n�o distribuir e ficaram l�", disse.