Em ato durante o qual recebeu o apoio de artistas, na Cinel�ndia (centro do Rio), na noite desta segunda-feira, 01, o candidato do PT � Presid�ncia da Rep�blica, Fernando Haddad, criticou o advers�rio Jair Bolsonaro (PSL) e classificou como "anarquia jur�dica" a sequ�ncia de ordens judiciais autorizando e proibindo que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) conceda entrevista � imprensa. Haddad agendou uma entrevista coletiva antes do ato, ao lado do palanque, mas minutos antes decidiu cancelar - segundo sua assessoria, para respeitar uma recomenda��o da equipe respons�vel por sua seguran�a, devido � multid�o que estava na Cinel�ndia.
No discurso aos eleitores, o petista alertou para o que chamou de "riscos para a democracia": "Existe um despertar deste pa�s para os riscos que a nossa democracia est� correndo. Os direitos sociais, trabalhistas, pol�ticos, civis, todos eles est�o em risco. Nem liberdade de imprensa eles respeitam mais, porque impedem os ve�culos de comunica��o de fazer uma mera entrevista com Lula, como aconteceu agora, um bate cabe�a no Supremo Tribunal Federal, que a gente nem sabe mais o que � direito, o que � certo neste pa�s. N�o tem mais par�metros, estamos numa anarquia jur�dica. Isso traz inseguran�a para todo mundo", afirmou, referindo-se a uma sequ�ncia de decis�es judiciais que autorizou e desautorizou entrevista com Lula.
Haddad mencionou uma fala do candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mour�o, de que fam�lia onde n�o h� "pai ou av�", mas s� "m�e e av�", � "f�brica de desajustados que tendem a ingressar em narco-quadrilhas" e outra afirma��o feita por um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. "Ontem ou anteontem, o filho do Bolsonaro disse que as mulheres progressistas s�o mais feias e menos higi�nicas do que as mulheres de direita. Fico pensando o que passa na cabe�a dessas pessoas pra fazer pol�tica ofendendo as mulheres do Brasil, que carregam esse pa�s nas costas, com quatro jornadas de trabalho por dia", afirmou. "Essa conduta reiterada da turma do Bolsonaro de ofender as mulheres explica muito das manifesta��es do �ltimo s�bado", completou o petista.
Haddad fez outra cr�tica a Bolsonaro, esta indireta, ao dizer que n�o quer "m�os armadas", mas "uma carteira de trabalho numa m�o e um diploma na outra". O candidato do PSL defende maior liberdade para a compra e o porte de armas no Brasil.
Em outro trecho do discurso, Haddad afirmou que quando tornou mais f�cil o acesso �s universidades, enquanto ministro da Educa��o, ofendeu um grupo social mais rico, que n�o queria dividir os bancos escolares com a camada mais pobre da popula��o.
"Eles se incomodavam com a presen�a do povo na universidade, nos aeroportos, no restaurante", afirmou.
Participaram do ato artistas como a escritora Concei��o Evaristo, os atores S�rgio Mamberti e Bete Mendes e o diretor de teatro Jos� Celso Martinez Corr�a. Este entoou a m�sica "Tristeza", lan�ada em 1963 por Niltinho Tristeza e Haroldo Lobo, que diz "tristeza, por favor v� embora", embalando a multid�o que compareceu � Cinel�ndia.
Haddad chegou ao Rio na tarde desta segunda-feira e seguiu para as imedia��es da igreja da Candel�ria, no centro, onde foi recebido por militantes. Dali percorreu a avenida Rio Branco sobre uma caminhonete, acompanhado por outros pol�ticos, at� chegar � Cinel�ndia, onde ocorreu o com�cio. Nesta ter�a-feira (2) ele cumprir� outros compromissos no Rio e na Baixada Fluminense.
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POL�TICA
Haddad recebe apoio de artistas em ato no Rio
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