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Estado de Minas

Candidatos ao governo de Minas trocam acusa��es no �ltimo debate antes das elei��es

Seis concorrentes se enfrentam no debate promovido pela TV Globo, a cinco dias das elei��es


postado em 02/10/2018 21:20 / atualizado em 03/10/2018 00:35

Candidatos terão quatro blocos para apresentar propostas e questionar concorrentes(foto: Humberto Trajano/G1/Divulgação)
Candidatos ter�o quatro blocos para apresentar propostas e questionar concorrentes (foto: Humberto Trajano/G1/Divulga��o)

Na reta final para o primeiro turno das elei��es, os candidatos ao governo de Minas trocaram acusa��es pulverizadas. Eles participaram do �ltimo debate antes de os mineiros irem �s urnas, na TV Globo, na noite desta ter�a-feira.

Diferentemente dos demais debates em que a polariza��o entre PT e PSDB ficou marcada, desta vez, outros candidatos entraram no fogo cruzado, em especial Romeu Zema (Novo), estreante em pleitos e nos debates, e que foi bastante criticado.

 

Seis concorrentes foram convidados. S�o eles: Adalclever Lopes (MDB), Antonio Anastasia (PSDB), Claudiney Dulim (Avante), Dirlene Marques (PSOL), Fernando Pimentel (PT) e Romeu Zema (Novo). Todos j� se encontram no est�dio da emissora, em Belo Horizonte.

O debate foi dividido em quatro blocos. Os tr�s primeiros s�o com perguntas entre candidatos e o �ltimo voltado para perguntas e considera��es finais.

Entre todos os candidatos, o atual governador Fernando Pimentel (PT), foi o �ltimo a chegar. O PT � o �nico partido que conta com apoiadores na porta da emissora. Al�m deles, concursados da Pol�cia Civil que foram aprovados fazem manifesta��o pedindo pela nomea��o. Eles t�m marcado presen�a em todos os debates e est�o acampados em frente ao Pal�cio das Mangabeiras, resid�ncia oficial do governador.

Primeiro bloco

No primeiro bloco, candidatos escolheram advers�rios para fazer perguntas de temas livres. Primeiro a questionar, Pimentel bateu bola com o antigo aliado Adalclever Lopes (MDB), presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Ele pediu a opini�o de Adalclever sobre propaganda do advers�rio Antonio Anastasia (PSDB), que lidera as pesquisas e critica os demais concorrentes. “Estou no quarto mandato n�o fiz nenhuma composi��o com tucanos pela arrog�ncia e prepod�ncia de sempre. Acham que � curral eleitoral deles”, afirmou.

Nos �ltimos debates, Adalclever evitou confronto direto com Pimentel e sempre se colocou mais pr�ximo do petista. Pimentel aproveitou a r�plica para criticar tamb�m o governo de Michel Temer (MDB) e dizer que, se reeleitoo, vai governaar junto com o candidato � Presid�ncia Fernando Haddad (PT), nacionalizando o debate.

A candidata Dirlene Marques (Psol) abriu sua participa��o no debate refor�ando a manifesta��o #elen�o, que levou milhares �s ruas no �ltimo s�bado contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) ao Pal�cio do Planalto. Em contrapartida, ela foi com camisa com escrito #elasim. “Sou a �nica candidata mulher ao governo”, destacou.

Dirlene questionou Romeu Zema (Novo) sobre o genoc�dio da popula��o LGBTI. Em vez de responder � pergunta, Zema aproveitou para se colocar como o candidato que n�o � pol�tico e destacou sua trajet�ria como empres�rio. “Eu j� criei mais de 5 mil empregos”, disse, pregando o Estado m�nimo.

Zema questionou Anastasia sobre o fato de pregar corte de gastos, sendo que n�o agiu desta forma quando governou o estado. “O ex-governador diz que vai cortar despesas, mas lembro que aconteceu extamente o contr�rio. Um exemplo claro � a Cidade das �guas. O monumeto, a monstruosidade que foi constru�do e temos governantes que estao longe de zelar tratar o meu dinheiro e o seu com muito respeito”, afirmou.

Al�m de lembrar a reforma administrativa feita em seu governo em 2013, Anastasia citou que a obra da Cidade das �guas foi feita patrocinada pelas Na��es Unidas. Tamb�m retrucou afirmativa de Zema de que o candidato do Novo era �nico que pagava impostos. “Sou servidor p�blico e pago quase 27,5% em impostos. Quem n�o paga � o senhor que repassa os impostos nas suas lojas”, afirmou.

Em pergunta a Claduniey Dulim (Avante), Anastasia fala sobre desemprego e critica a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), chamando-a de “senadora paraquedista”. Dulim marcou posi��o de que o estado tem que dar condi��o para que a iniciativa privada crie empregos.

Segundo bloco


No segundo bloco, candidatos faziam perguntas para advers�rios a partir de temas sorteados. Quem abriu o bloco foi o candidato Anastasia, que questionou Zema sobre como tratar� as estatais. Zema prop�s uma divis�o de empresas como Cemig e Copasa para criar concorr�ncia. “Essas empresas est�o longe de oferecer bom servi�o ao consumidor”, afirmou.

Anastasia, que evitou confronto direto com seu principal advers�rio, Pimentel, afirmou que a Constitui��o impede que Zema leve adiante esses planos e enfatizou a necessidade de melhoria desses servi�os. Depois, foi a vez de Romeu Zema perguntar e o empres�rio escolheu Pimentel.

Embora a pergunta fosse sobre sa�de, ele enfatizou que o problema da crise do estado � a previd�ncia, que depende de solu��o federal, falando mais de uma vez de Haddad, que, segundo ele, j� se comprometeu. Disse tamb�m que o sal�rio dos servidores “n�o est� atrasado, est� parcelado”, disse Pimentel. Zema disse que, se eleito, n�o receber� sal�rio enquanto a situa��o n�o se regularizar, e questionou o porqu� Pimentel n�o faz o mesmo.

"Zema, n�o sou rico como voc�. Por mais que seja m�nimo o sal�rio de governador, preciso dele para sobreviver. Meu sal�rio recebo parcelado, como todo servidor do estado. Nosso problema � d�ficit da previd�ncia p�blica."

Ao perguntar para Dirlene Marques, Fernando Pimentel tratou sobre o sal�rio dos servidores, focando no piso nacional dos professores e se esquivando da quest�o do parcelamento. Ela, entretanto, refor�ou como a medida tem pesado sobre as fam�lia. “Atualmente, com esse parcelamento, a situa��o est� extremamente dif�cil”, disse Dirlene, refor�ando ainda a necessidade de regulamentar o piso para os professores.

No segundo bloco, o candidato Claudiney Dulim prop�s corte “hist�rico nas secretarias”, como parte de uma reforma administrativa que vai cortar 35% dos cargos de confian�a. Anastasia aproveitou para desviar do assunto e questionar afirmativa de Pimentel sobre a cria��o de empregos em Minas. “Voc�s est�o vendo tanto emprego assim?” Ao contr�rio: as pessoas demandam e empres�rios queixam que as empresas est�o saindo. O governo do PT, desastroso, trouxe desemprego e desesperan�a”.

Anastasia tamb�m afirmou que n�o h� previs�o no or�amento do Estado pagamento do piso nacional dos professores. No terceiro bloco, Pimentel retruca e disse haver previs�o.

Terceiro bloco

Mais quente entre os blocos, na terceira parte do debate entre candidatos ao governo de Minas, houve troca de acusa��es entre o governador Fernando Pimentel (PT) e o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB). Estreante na pol�tica, Zema, que est� no terceiro lugar nas pesquisas, tamb�m foi alvo de cr�ticas por parte dos advers�rios. "Collor acabou de chegar a Minas Gerais: o novo ca�ador de maraj�s", ironizou Claudiney Dulim a Zema.

"Eu estava nas ruas enquanto o senhor estava em Harvard. O senhor vive em uma realidade principesca, deitado sobre sua fortuna e, aos 53 anos, decidiu ser o �ltimo basti�o da moralidade", completa. Zema enfatizou sua experi�ncia de empres�rio e criticou o pagamento de impostos para uma m�quina p�blica pouco eficiente, em especial o ISS.

“N�o posso mudar a lei do munic�pio. Mas, n�o � porque n�o tenho como interferir, que n�o posso me indignar. Tem que acabar com essa pouca vergonha. Tem muito privil�gio que � o povo que passa fome que fica sustentando”, afirmou. Anastasia, que tenta conquistar eleitores identificados com o perfil liberal de Zema, tamb�m criticou o candidato, ironizando-o a respeito da burocracia que envolve obras p�blicas.

“Vou lhe ensinar isso. N�o se escolhe livremente quem ser� contratado”, afirmou. E aproveitou para provocar Pimentel ao justificar o porqu� algumas interven��es n�o foram conclu�das. “O que aconteceu � que o atual governador n�o deu continuidade �s obras ”, disse.

Assim que teve chance de falar, Pimentel n�o perdeu a oportunidade de falar da “heran�a maldito” do PSDB. “Quem n�o fez nada por Minas Gerais foi o senador Anastasia l� no Senado. N�s temos uma crise estrutural no governo, ficaram, 12 anos. Fizeram um monte de obras desnecess�rias. Um rombo criado no governo deles. A crise de Minas Gerais tem tudo a ver com a heran�a do governo do PSDB”, ressalta Pimentel, que, apesar declara��es, evitou confronto direto com Pimentel.

Quarto bloco
No quarto e �ltimo bloco, os candidatos voltaram a direcionar perguntas com temas sorteados. Logo na abertura, Claudiney Dulim voltou a atacar Zema. “Voc� precisam explicar o que est� fazendo aqui. Esse projeto de ser o “novo” discutem e n�o resolvem nada”, disse, Anastasia e Claudiney trocaram bola no debate, sem confronto direto e usando perguntas para enfatizar as pol�ticas que adotar�o no governo.

Questionado sobre desenvolvimento regional por Zema, Pimentel voltou a falar do governo que o antecedeu e ainda citou obras “sem necessidade” que tem rela��o direta com o senador A�cio Neves. “Um centro de conven��es fantasma em S�o Jo�o del Rey e um aeroporto em Cl�udio”, afirmou.

Anastasia retrucou: “Em algum momento deste debate, tive vontade rir. Foram tantas aberra��es faladas pelo Pimentel que pensei: em que mundo ele vive? Minas tem 853 munic�pios, fizemos estradas asfaltadas em 220. Faltaram cinco, que era responsabilidade federal e o PT n�o fez", afirma. Candidatos fizeram considera��es finais.


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