
Com a queda da candidata da Rede, Marina Silva, nas pesquisas, parte de seus apoiadores tentou articular uma aproxima��o com Ciro Gomes (PDT), mas a proposta foi vetada pela coordena��o-geral de campanha, antes mesmo de chegar � candidata.
Na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na segunda-feira, 1º, Ciro est� em terceiro lugar, com 11%, atr�s de Jair Bolsonaro (PSL), com 31%, e Fernando Haddad (PT) com 21%. Marina caiu de 6% para 4%.
Os integrantes do partido que fizeram o meio de campo pela aproxima��o entre Ciro e Marina acreditavam que ela "sairia maior" com o gesto. A ex-senadora demonstraria coer�ncia com o discurso contra a polariza��o e pelo futuro do Pa�s, disposta a apoiar um nome mais competitivo.
O posicionamento em favor de Ciro teria tamb�m outro ponto positivo: evitar que Marina tenha de se posicionar em um eventual segundo turno entre Bolsonaro e Haddad. Em 2014, ela optou por apoiar a candidatura de A�cio Neves (PSDB), investigado na Lava Jato, e ainda hoje � cobrada por isso.
Na campanha da Rede, a avalia��o geral � de que era necess�ria uma candidatura unificada de centro, mas que o movimento deveria ter sido feito antes. Marina e Ciro s�o amigos pr�ximos e trabalharam juntos como ministros durante o governo Lula. Neste ano, apesar de advers�rios, s� compartilham elogios em debates. Quando ela come�ou a cair nas pesquisas, parte da campanha tentou fazer com que adotasse um tom mais cr�tico ao pedetista, sem sucesso.
A reportagem apurou que a campanha de Ciro Gomes foi sondada de maneira informal. Internamente, o PDT avalia que o movimento teria pouco significado eleitoral, pois os eleitores de Marina n�o se alinhariam automaticamente e alguns destes votos j� est�o migrando para Ciro.
Um apoio formal de Marina ao pedetista ainda dependeria de adapta��es no programa de governo do candidato, com concess�es na �rea ambiental que minimizem, entre os apoiadores de Marina, o papel de sua vice, K�tia Abreu, ligada a setores ruralistas.