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Estado de Minas POL�TICA

Procuradoria denuncia Geddel, Cunha e Henrique Alves e pede R$ 3 bilh�es


postado em 05/10/2018 12:54

A Procuradoria da Rep�blica no Distrito Federal encaminhou quatro den�ncias � Justi�a relacionadas �s opera��es Cui Bono? e S�pssis, que apuram desvios em vice-presid�ncias da Caixa. S�o alvos das acusa��es os emedebistas Geddel Vieira Lima, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves e as empresas Marfrig, Bertin, J&F; e BR Vias e Oeste Sul, as duas �ltimas do grupo Constantino.

As pe�as de acusa��o foram encaminhadas � 10� Vara Federal em Bras�lia e ser�o analisadas pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira.

De acordo com os procuradores da for�a-tarefa Greenfield, que centraliza as investiga��es em Bras�lia, os denunciados v�o respondem pelos crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro. O MPF pede ainda o valor de R$ 3 bilh�es em multa e repara��es de danos.

De acordo com o MPF, o grupo criminoso que praticou os desvios na Caixa era dividido em n�cleos. O empresarial, interessado em comprar facilidades no banco, o dos funcion�rios p�blicos, que operavam na caixa e no fundo de investimento do FGTS, o grupo pol�tico, respons�vel por captar as empresas interessadas, e os operadores financeiros.

"Os agentes pol�ticos recebiam as informa��es privilegiadas e, assim, cooptavam as empresas que se dirigiam � entidade financeira para obter recursos. Havia ainda, em certos casos, outros agentes pol�ticos que se beneficiavam com o recebimento de propina, por terem liga��o com os agentes pol�ticos cooptadores e prestarem aux�lio permanente ao esquema", explica o MPF sobre a atua��o dos pol�ticos.

Um dos principais operadores financeiros, segundo o MPF, era o corretor L�cio Bolonha Funaro. Ap�s assinar um acordo de colabora��o premiada com a Justi�a, Funaro detalhou como recebia a propina das empresas e repassava aos pol�ticos

As companhias, segundo as den�ncias, repassavam os valores �s empresas de Funaro por meio de notas frias. Os valores, posteriormente, eram enviados aos pol�ticos por operadores e pelo pr�prio Funaro. "At� o momento, foi identificado o repasse de valores il�citos, por L�cio Funaro, de R$ 89,5 milh�es, no per�odo de 2011 a 2015, a Eduardo Cunha; R$ 17,9 milh�es, no per�odo de 2012 a 2015, a Geddel Vieira Lima; e R$ 6,7 milh�es, no per�odo de 2012 a 2014, a Henrique Alves", diz o MPF.

No caso da Marfrig, empresa do setor de prote�na, o pagamento de propina � Cunha, Geddel e Henrique Alves teria sido de R$ 9 milh�es para "libera��o de c�dula de cr�dito banc�rio (capital de giro) no valor de R$ 300 milh�es, e de c�dula de cr�dito banc�rio (conta garantida) no valor de R$ 50 milh�es."

A acusa��o contra os s�cios da Bertin � pelo repasse de R$ 57 milh�es em propina aos tr�s emedebistas com o objetivo de liberar R$ 2 bilh�es para financiamento da Concession�ria SPMAR S.A pelo BNDES.

As empresas do Grupo Constatino, segundo o MPF, teriam pago cerca de R$ 7 milh�es em propina para Cunha e Geddel visando obter R$ 300 milh�es para a Via Rondon, via FI-FGTS, e uma linha de uma c�dula de cr�dito banc�rio (capital de giro) de R$ 50 milh�es, em favor da Oeste Sul Empreendimentos Imobili�rios S.A.

A J&F;, dona da JBS, por sua vez, teria repassado R$ 120 milh�es ao grupo criminoso para conseguir aportes do Fi-FGTS. "Al�m de provas colhidas em opera��es, neste caso h� comprova��o de pagamento de propina para L�cio Funaro, mesmo ap�s sua pris�o, que foi recebida por interm�dio de seus irm�os Dante e Roberta Funaro. A entrega dos valores foi alvo de a��o controlada, na Opera��o Patmos", diz o MPF.

Defesas

A defesa da Marfrig se manifestou por meio de nota. "O assunto em pauta, Opera��o Cui Bono, em rela��o ao empres�rio Marcos Molina dos Santos, foi objeto de acordo com o Minist�rio P�blico Federal mediante formaliza��o de um termo de compromisso de repara��o de eventuais danos. N�o se trata de um acordo de colabora��o ou de dela��o e n�o h� admiss�o de qualquer culpa por parte do empres�rio, que mant�m suas atividades empresariais inalteradas. O acordo entre Marcos Molina dos Santos e o MPF protege a Marfrig Global Foods e seus executivos de quaisquer responsabilidades financeira ou jur�dica".

A defesa de Joesley Batista tamb�m se manifestou. "O MPF, corretamente, n�o ofereceu den�ncia contra Joesley Batista em obedi�ncia ao acordo de colabora��o firmado com a PGR e homologado pelo STF. Enquanto o Supremo n�o decidir sobre o pedido de rescis�o requerido pela PGR, este acordo continua v�lido e vigente. Assim, nenhuma den�ncia nesse interregno de tempo poder� ser oferecida contra o colaborador sob pena de o pr�prio MPF descumprir o acordo. A defesa acredita que o Supremo, seja pela validade ou pela efic�cia, manter� o acordo de colabora��o vigente".

O espa�o est� aberto para as manifesta��es de outros citados.


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