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Estado de Minas POL�TICA

No Rio, candidatos s�o intimidados em �reas dominadas pelo tr�fico


postado em 06/10/2018 10:18

Na pol�tica h� 30 anos, o deputado federal Luiz S�rgio (PT), candidato � quinta reelei��o, nunca havia passado por um momento t�o delicado em uma campanha eleitoral quanto o que viveu em sua cidade natal, Angra dos Reis, no m�s passado. Em um cen�rio em que o munic�pio do litoral sul fluminense vive um conturbado cen�rio de viol�ncia, com uma guerra de fac��es pelo tr�fico, o parlamentar foi impedido de distribuir panfletos por emiss�rios de criminosos.

"Nunca tinha passado por este constrangimento. Estava no Camorim Grande, um dos locais mais conflagrados de Angra, e recebi um recado de que n�o poderia subir, que n�o era bem-vindo. Justo um lugar que ajudei a urbanizar quando fui prefeito (entre 1993 e 1996)", lamentou. "Isso � muito preocupante e gera indigna��o. Reflete uma realidade que n�o existia em elei��es passadas. � a nega��o da cidade".

Luiz S�rgio � apenas um dos candidatos a sofrer este tipo de intimida��o no Estado do Rio em territ�rios dominados por traficantes ou por milicianos. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) informou que n�o disp�e de n�meros de den�ncias deste pleito, tampouco das elei��es de 2016 e 2014. Na contram�o das reclama��es de candidatos, o presidente da Corte, desembargador Carlos Eduardo da Fonseca Passos, os trabalhos da chamada Coaliza��o Eleitoral, grupo integrado pela Corte, o Minist�rio P�blico Eleitoral e �rg�os de seguran�a, "t�m sido conduzidos em clima de total normalidade".

"N�o h� registro de qualquer intercorr�ncia de maior relev�ncia. N�o houve, at� o momento, qualquer a��o ostensiva de organiza��es criminosas envolvendo o processo eleitoral", afirmou. "A Coaliz�o Eleitoral foi formada justamente com objetivo de, mediante congrega��o de esfor�os e apoio m�tuo, garantir a legitimidade do processo eleitoral, e tem produzido resultados relevantes. A partir do momento em que organiza��es criminosas se imiscuem nos debates e na disputa eleitoral, certamente, haver� reflexos na pr�pria seguran�a do processo como um todo."

Nas elei��es de 2014, a estimativa das for�as de seguran�a era que em cerca de 40 comunidades a campanha era controlada por grupos de criminosos, inclusive com ocorr�ncia de voto de cabresto. No dia a dia da campanha, os candidatos t�m exclu�do de suas agendas �reas de influ�ncia forte de traficantes e milicianos, a fim de evitar coa��es e exposi��o de apoiadores a riscos.

"Estive na Vila Alian�a (zona oeste do Rio) e uma pessoa colocou uma pistola no meu vidro. Acho que pensou que eu era da Pol�cia. Isso � uma vergonha", disse um deputado estadual do PT, que pediu para n�o ter o nome publicado. "A gente recebe informa��es de que tem lugar proibido mesmo, na Vila Kennedy (zona oeste), em S�o Jo�o de Meriti (Baixada Fluminense). Quando marcamos em favela, temos que ter algu�m te esperando no acesso."

Presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis do Rio, Marcio Garcia (PSC), candidato a deputado estadual pela primeira vez, tamb�m toma cuidados. "Dou muitas entrevistas e posso ser reconhecido como policial. N�o vou a lugares que possam oferecer risco � minha vida. Existem regras veladas."

Conforme a Secretaria de Seguran�a, as �reas de Intelig�ncia do TRE e das pol�cias est�o mapeando e investigando toda as den�ncias envolvendo candidatos. Passado outubro, o TRE vai analisar a vota��o em �reas com suspeita de intimida��es. Em outra frente, para ajudar o eleitor, a secretaria incluiu den�ncias eleitorais em seu aplicativo de celular Emerg�ncia RJ, com garantia de anonimato. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


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